Expressão do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) como fator prognóstico no colangiocarcinoma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigo Vieira Gomes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AMNLLH
Resumo: O colangiocarcinoma (CCA) é um tumor maligno originado no epitélio dos ductos biliares, tem mau prognóstico e pouca resposta à quimioterapia. É considerado o segundo câncer primário mais comum no fígado. Com o aumento em sua incidência associado à falta de tratamento eficaz, pesquisas tem sido realizadas para identificarfatores que possam interferir no prognóstico e descobrir novos alvos terapêuticos. Estudos internacionais já demonstraram que a expressão do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é fator relacionado a pior prognóstico no CCA, porém os resultados ainda são controversos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a expressão do EGFR, por meio de imunohistoquímica, e verificar sua associação comfatores prognósticos e a sobrevida dos pacientes. Foram coletados dados clínicos e laboratoriais de pacientes com diagnóstico de colangiocarcinoma no período de 2008 a 2015, e as peças de resseção cirúrgica (n=30) ou biópsias (n=11) desses pacientes foram submetidas a exame histológico e estudo imunohistoquímico para avaliar a expressão do EGFR. Não houve diferença significativa na proporção entre homens (n=22) e mulheres (n=19). A média de idade dos pacientes foi de 58 anos, variando de 28 a 83 anos. Houve menor proporção de tabagistas, etilistas e de cálculos biliares. A expressão do EGFR foi considerada positiva em 28,6% dos casos e não esteve associada à classificação anatômica e nem à arquitetura polipóide ou não-polipóide. Entre os 17 casos de CCA polipóides, 5 (29,4%) forampositivos para o EGFR e 12 (70,6%) foram negativos. A expressão do EGFR esteve associada aos casos mais avançados (estádios III e IV) e à menor sobrevida dos pacientes (média de 14,4 meses nos positivos para o EGFR e 41,8 meses nos negativos). A sobrevida global foi de 30,5 meses e a sobrevida em 12, 24 e 36 meses foi de 78,3%, 48,9% e 21,1%, respectivamente. Outros fatores que se associaram a menor sobrevida foram a localização intra-hepática dos tumores e obaixo nível sérico de bilirrubina (0 a 4 mg/dL). Concluímos que a expressão do EGFR nos colangiocarcinomas esteve associada a pior prognóstico, mas serão necessários estudos multicêntricos com maior número de casos para confirmar tal achado e avaliar a real importância desse receptor como alvo terapêutico.
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Foram coletados dados clínicos e laboratoriais de pacientes com diagnóstico de colangiocarcinoma no período de 2008 a 2015, e as peças de resseção cirúrgica (n=30) ou biópsias (n=11) desses pacientes foram submetidas a exame histológico e estudo imunohistoquímico para avaliar a expressão do EGFR. Não houve diferença significativa na proporção entre homens (n=22) e mulheres (n=19). A média de idade dos pacientes foi de 58 anos, variando de 28 a 83 anos. Houve menor proporção de tabagistas, etilistas e de cálculos biliares. A expressão do EGFR foi considerada positiva em 28,6% dos casos e não esteve associada à classificação anatômica e nem à arquitetura polipóide ou não-polipóide. Entre os 17 casos de CCA polipóides, 5 (29,4%) forampositivos para o EGFR e 12 (70,6%) foram negativos. A expressão do EGFR esteve associada aos casos mais avançados (estádios III e IV) e à menor sobrevida dos pacientes (média de 14,4 meses nos positivos para o EGFR e 41,8 meses nos negativos). A sobrevida global foi de 30,5 meses e a sobrevida em 12, 24 e 36 meses foi de 78,3%, 48,9% e 21,1%, respectivamente. Outros fatores que se associaram a menor sobrevida foram a localização intra-hepática dos tumores e obaixo nível sérico de bilirrubina (0 a 4 mg/dL). Concluímos que a expressão do EGFR nos colangiocarcinomas esteve associada a pior prognóstico, mas serão necessários estudos multicêntricos com maior número de casos para confirmar tal achado e avaliar a real importância desse receptor como alvo terapêutico.Cholangiocarcinoma is a malignant tumor originated in the epithelium of the bile ducts. Is the second commonest primary hepatic cancer. It shows poor prognosis and poor response to chemotherapy. Today, with the increase in incidence and the lack of effective treatment, there is an increased interest of research centers to identify factors that may influence the prognosis of patients and to find possible targets for cancer treatment. The expression of epidermal growth factor receptor (EGFR) in these tumors has proved as bad prognostic factor in some internationalstudies, but the results are still controversial. The aim of this study was to evaluate the expression of EGFR in patients with CCA, and its association with prognostic factors and survival. Clinical and laboratory data and surgical specimens, resection (n = 30) or biopsy (n = 11), of patients with CCA were analyzed. EGFR expression was assessed by immunohistochemistry. There was no significant difference in theproportion of men (n = 22) and women (n = 19). The average age of patients was 58 years, ranging from 28 to 83 years. There was a lower proportion of smokers, alcoholics and gallstones. Overexpression of EGFR has occurred in 28.6% of cases. The EGFR expression was not associated with anatomical classification nor the papillary architecture or non-papillary. Among 17 cases of papillary CCA, 5 (29.4%) were positive for EGFR and 12 (70.6%) were negative. The EGFR expression wasassociated with more advanced cases (stages III and IV) and lower patient survival (median 14.4 months in positive for EGFR and 41.8 months in the negative). Overall survival was 30.5 months and survival at 12, 24 and 36 months was 78.3%, 48.9% and 21.1%, respectively. Other factors that were associated with lower survival were intrahepatic location of tumors and low serum bilirubin levels (0-4 mg / dL). In conclusion, EGFR expression in cholangiocarcinoma was associated with worseprognosis, but will be necessary multicentric studies with larger number of cases to confirm this finding and to assess the real importance of this receptor as a therapeutic target.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPrognósticoNeoplasias do sistema biliarColangiocarcinomaMedicinaReceptor do fator de crescimento epidérmicoSobrevidaReceptor do fator decrescimento epidérmicoPrognósticoColangiocarcinomaCâncer do trato biliarSobrevidaExpressão do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) como fator prognóstico no colangiocarcinomainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_vers_o_final.pdfapplication/pdf16603561https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMNLLH/1/disserta__o_vers_o_final.pdf78bce8bac4a0e97e695253282b0d90bfMD51TEXTdisserta__o_vers_o_final.pdf.txtdisserta__o_vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain73255https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMNLLH/2/disserta__o_vers_o_final.pdf.txt57e2aa0912c7c73c3a5a64590dd89edcMD521843/BUBD-AMNLLH2019-11-14 11:10:21.511oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AMNLLHRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:10:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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