A medalha e seu reverso: fantástico e desfantasticização em contos de Machado de Assis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8Y3H2W |
Resumo: | Esta dissertação se dedica a estudar a produção de Machado de Assis no âmbito da literatura fantástica, identificando as suas principais linhas de força. Para isso, selecionamos onze contos do escritor carioca, os quais compreendem um vasto período de sua carreira: 'O país das quimeras' (1962); 'O anjo das donzelas' (1864); 'Uma excursão milagrosa' (1866); 'A vida eterna' (1870); 'O capitão Mendonça' (1870); 'Rui de Leão' (1872); 'Decadência de dois grandes homens' (1873); 'A chinela turca' (1875); 'Sem olhos' (1876); 'O imortal' (1882); e 'Entre santos' (1886). Inicialmente, traçamos os aspectos gerais da literatura fantástica, entendida, aqui, como uma manifestação literária inscrita no espaço e no tempo (Europa, entre fins do século XVIII e fins do século XIX) que mimetiza questões e tensões próprias de sua época. Em seguida, realizamos um breve panorama da produção de cunho fantástico no Brasil século XIX, observando sua escassa incidência no romantismo brasileiro e mapeando suas influências mais notáveis. Consagramos os dois capítulos seguintes às reflexões em torno do fantástico machadiano, levantando seus temas e imagens mais recorrentes (a viagem fantástica, o sonho, a figura deslocada do cientista, dentre outros) e seus traços mais relevantes - como o fato de, em geral, o fenômeno fantástico ser atribuído à ilusão ou ao sonho, não se estabelecendo no plano real nem sendo atribuído à loucura. Por fim, destacamos e analisamos alguns elementos dos contos fantásticos machadianos que desestabilizam a sólida estrutura da narrativa fantástica - desencadeando o que chamamos, aqui, de 'desfantasticização', o que enseja questionamentos acerca do fantástico, da obra machadiana e da literatura brasileira |
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