Níveis e padrões do diferencial de mortalidade por sexo no município de São Paulo, 1920-2005

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pamila Cristina Lima Siviero
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/AMSA-7UTLAM
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar, sistematicamente, o diferencial de mortalidade entre os sexos no município de São Paulo, de 1920 a 2005. Em primeiro lugar, foram realizadas análises de período dos níveis e padrões do hiato na mortalidade entre os sexos. Em seguida, observou-se a experiência das coortes. Para cumprir este objetivo, examinou-se o diferencial por meio de três indicadores: hiato na esperança de vida ao nascer; razão de sexo entre taxas específicas de mortalidade; e a contribuição das distintas idades no hiato na esperança de vida ao nascer, com base na utilização de um método de decomposição. De uma maneira geral, as tendências de período observadas no município de São Paulo foram semelhantes àquelas verificadas em países desenvolvidos, com algumas especificidades. No que diz respeito à tendência de longo prazo do nível do diferencial na mortalidade por sexo, observou-se uma defasagem temporal de 30 a 50 anos. O início do processo de transição do padrão etário da mortalidade diferencial entre homens e mulheres foi tardio mas, recentemente, as mudanças observadas foram semelhantes às dos países desenvolvidos. A contribuição das distintas idades para o hiato na esperança de vida ao nascer por sexo indicou que uma grande desvantagem masculina não implica, necessariamente, em uma grande parcela de contribuição para o hiato na esperança de vida. A redução do diferencial observada no último qüinqüênio foi explicada, principalmente pela redução da mortalidade masculina nas idades jovens. Entretanto, adultos e idosos também contribuíram com uma parcela significativa. As análises dos padrões etários das coortes indicam que há uma tendência de rejuvenescimento da desvantagem masculina de uma coorte para outra. Esta tendência é semelhante àquela descrita para os países desenvolvidos, nos períodos, e não parece haver, entre as coortes, a defasagem temporal observada nos padrões de período em São Paulo.
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