Associação entre o aleitamento materno exclusivo e a posição canguru em recém-nascidos pré-termo: um estudo de coorte

• Autor(a) principal: Thalyta Magalhães Rodrigues
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36228
• topic: Recém-nascido pré-termo; Método Canguru; Aleitamento materno; Recém-Nascido Prematuro; Método Canguru; Aleitamento Materno; Idade Gestacional

Introdução: anualmente nascem milhares de recém-nascidos pré-termos no mundo. Os índices de morbidade e mortalidade são elevados nessa população. Estabelecer o aleitamento materno em recém-nascidos é um processo complexo, devidos às morbidades ocasionadas pelo nascimento prematuro, afastamento da díade mãe-bebê, imaturidade destes recém-nascidos e situações de vulnerabilidade familiar. A posição canguru tem sido uma estratégia de cuidado humanizado neonatal que juntamente com outras práticas favorece o aleitamento materno. Entretanto há poucos estudos que associam o tempo de exposição à posição canguru durante internação com a prevalência de aleitamento materno exclusivo à alta e em longo prazo na população de recém-nascidos pré-termo. Objetivo: verificar a associação entre o início e tempo de exposição à posição canguru durante internação, com a prevalência de aleitamento materno exclusivo de recém-nascidos pré-termo à alta e mês a mês até o sexto mês de idade gestacional corrigida. Métodos: trata-se de um estudo prospectivo, observacional, do tipo coorte, realizado com recém-nascidos com idade gestacional ao nascimento menor ou igual 32 semanas, nascidos em duas maternidades públicas referências para o Método Canguru. O estudo foi realizado entre julho de 2016 a setembro de 2018. Os recém-nascidos pré-termos foram acompanhados do nascimento até os seis meses de idade corrigida. O estudo foi composto de três etapas. A primeira consistiu na abordagem dos pais e coleta de dados maternos e do nascimento. A segunda etapa no acompanhamento da internação e preenchimento da ficha canguru pela equipe. A terceira etapa ocorreu após alta hospitalar, via contato telefônico com preenchimento do protocolo com dados referentes à alimentação e saúde dos recém-nascidos pré-termos. Resultado: um total de 132 recém-nascidos pré-termos foram acompanhados, o aleitamento materno exlusivo teve associação estatisticamente significativa com a porcentagem de posição canguru realizada durante internação, no primeiro mês (p=0,016), terceiro mês (p=0,009) e no quarto mês (p=0,012) de idade gestacional corrigida, aumentando a chance de aleitamento materno exclusivo em 20%, 23% e 24%, respectivamente. A frequência da posição canguru foi associada no sexto mês (p=0,036) de idade gestacional corrigida com o aleitamento materno exclusivo, sendo que um aumento de 10 min/dia de posição canguru aumentou em 10% a chance de sua ocorrência. O início da posição canguru não foi associado ao aleitamento materno exclusivo. Conclusão: houve associação estatisticamente significativa entre frequência e porcentagem de realização da posição canguru durante internação e o aleitamento materno exclusivo em longo prazo em recém-nascidos pré-termos.