Urbe melancólica: espectros de Eros na metrópole

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: André Pereira da Souza
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/LETR-B8WGSF
Resumo: O objetivo deste estudo é analisar alguns aspectos do termo melancolia na contemporaneidade. Essa palavra que possui uma tradição histórica desde a Grécia no campo da medicina e da filosofia sobreviveu por séculos como o principal diagnóstico de perturbação mental, quando no século XX, com a ascensão da psiquiatria, passou a designar certos sintomas mais específicos. Na filosofia ela foi parcialmente suplantada pela noção de angústia. Acreditamos, no entanto, que essas especificações e substituições representam uma perda da dimensão que o termo continha historicamente. E que apontava na direção do que falha na hora da representação. Ao que tudo indica, onde o termo melancolia melhor sobrevive hodiernamente como prática reflexiva parece ser na inflexão da história da arte rumo ao tipo de ciência sem nome pensada por Aby Warburg. Isso significa que pensar a melancolia é um pensar sobre as imagens. Tendo como efeito o fazer falar dos fantasmas em um tempo de fantasmagoria absoluta, no qual, frente às inúmeras fraturas do que se apresenta como realidade, o risco de desabamento generalizado das estruturas se apresenta como uma ameaça real.
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