Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Henrique Amorim Machado
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30147
Resumo: A variabilidade litolótigica atrelada a um densenvolvimento geomorfológico complexo, faz com que a região do Quadrilátero Ferrífero (QF), porção central do estado de Minas Gerais, possua uma uma rica diversidade de coberturas pedológicas. Dentre estas, destaca-se por sua unicidade os solos derivados de rochas com alto teor de ferro como os Itabiritos e couraças ferruginosas. Esta pesquisa se dedica ao estudo da formação e transformação das couraças ferruginosas do QF possuindo como objetivo central analisar como tais couraças se formam diretamente de rochas, como os itabiritos, e como evoluem se transformando em solos perférricos. As áreas de investigação foram escolhidas a partir de incursões de campo e auxílio de uma cartografia de base, sendo definidas duas áreas: a borda oeste do Sinclinal Moeda e o Maciço da Pedra Rachada. A partir disso o estudo se dedicou a algumas questões pontuais relacionadas a estes materiais, incluindo: i) relação dos solos perférricos com seu material de origem e com o contexto geomorfológico; ii) propriedades físicas como a textura, relacionada à natureza e composição eminentemente ferruginosa dos solos; iii) diversidade de fácies de alteração envolvida no processo de formação das couraças até se transformarem em solos e; iv) natureza e evolução das microestruturas tão características destes solos perférricos. Os resultados indicaram que: i) a formação dos Latossolos Perférricos dentro do QF ocorre preferencialmente a partir do acúmulo de material coluvial no sopé da vertente onde o desenvolvimento de anfiteatros na media-alta vertente facilita a desestabilização mecânica das couraças ferruginosas de topo e aumenta a quantidade de materiais transportados em superfície a partir de fluxos concentrados; ii) as técnicas de disperçãop de partículas que porporcionaram maior vibração sem aumentar o choque entre elas (abrasão) são as mais indicadas para separar as frações silte e argila; iii) a formação da couraça diretamente do itabirito é acompanhada por diversas variações morfológicas, com forte controle geomorfológico, além do controle litológico. Na Pedra Rachada um perfil laterítico foi identificado no font do hog back que caracteriza a área, sendo composto por F1 – itabirito não alterado; F2 – couraça placoidal estruturada; F3 – couraça placoidal estruturada com zonas de placas em fragmentação; F4 e F5 – couraça fragmentada com placas desorganizadas e F6 – canga. No reverso estão presentes apenas couraças fragmentadas com placas desorganizadas, podendo ser diferenciadas em R1 - couraça placoidal com fragmentação incipiente e, couraças fragmentadas com placas finas (R2), médias (R3) e grossas (R4) desorganizadas. A associação das variações morfológicas permitiu reconhecer a presença de três fácies de alteração geneticamente associadas: fácies couraça ferruginosa isalterítica, fácies couraça ferruginosa fragmentada e canga. Sua formação e evolução estão intimamente associadas a condicionantes lito-estruturais e geomorfológicos; iv) os microagregados nos solos perférricos são diversificados e incluem nódulos de couraças com núcleo interno ferruginoso e córtex de alteração ferro-aluminoso (goethita aluminosa), sendo mais adequados trata-los como micronódulos, microagregados com micromassa ferro-aluminosa, derivada da degradação dos micronódulos, com posterior arredondamento e microagregados termíticos formados pela atividade pedobioturbadora. Essa diversidaed mostra a complexidade genética das microestruturas em solos enriquecidos em ferro e a tendência ao arredondamento apresentada por estes materiais. No geral o estudo demonstrou que os solos perférricos do QF, independente de suas classificações taxonômicas, possuem influência tamanha dos seus respectivos materiais de origem e contextos geomorfológicos suficientes para adjetivação de endêmicos por sua unicidade e raridade no território nacional.
id UFMG_f3f795e2cd0d35f17fe3bda371ebed6d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30147
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Cristiane Valéria de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/8210497374767386http://lattes.cnpq.br/8900640531410311Henrique Amorim Machado2019-09-30T13:43:07Z2019-09-30T13:43:07Z2018-07-04http://hdl.handle.net/1843/30147A variabilidade litolótigica atrelada a um densenvolvimento geomorfológico complexo, faz com que a região do Quadrilátero Ferrífero (QF), porção central do estado de Minas Gerais, possua uma uma rica diversidade de coberturas pedológicas. Dentre estas, destaca-se por sua unicidade os solos derivados de rochas com alto teor de ferro como os Itabiritos e couraças ferruginosas. Esta pesquisa se dedica ao estudo da formação e transformação das couraças ferruginosas do QF possuindo como objetivo central analisar como tais couraças se formam diretamente de rochas, como os itabiritos, e como evoluem se transformando em solos perférricos. As áreas de investigação foram escolhidas a partir de incursões de campo e auxílio de uma cartografia de base, sendo definidas duas áreas: a borda oeste do Sinclinal Moeda e o Maciço da Pedra Rachada. A partir disso o estudo se dedicou a algumas questões pontuais relacionadas a estes materiais, incluindo: i) relação dos solos perférricos com seu material de origem e com o contexto geomorfológico; ii) propriedades físicas como a textura, relacionada à natureza e composição eminentemente ferruginosa dos solos; iii) diversidade de fácies de alteração envolvida no processo de formação das couraças até se transformarem em solos e; iv) natureza e evolução das microestruturas tão características destes solos perférricos. Os resultados indicaram que: i) a formação dos Latossolos Perférricos dentro do QF ocorre preferencialmente a partir do acúmulo de material coluvial no sopé da vertente onde o desenvolvimento de anfiteatros na media-alta vertente facilita a desestabilização mecânica das couraças ferruginosas de topo e aumenta a quantidade de materiais transportados em superfície a partir de fluxos concentrados; ii) as técnicas de disperçãop de partículas que porporcionaram maior vibração sem aumentar o choque entre elas (abrasão) são as mais indicadas para separar as frações silte e argila; iii) a formação da couraça diretamente do itabirito é acompanhada por diversas variações morfológicas, com forte controle geomorfológico, além do controle litológico. Na Pedra Rachada um perfil laterítico foi identificado no font do hog back que caracteriza a área, sendo composto por F1 – itabirito não alterado; F2 – couraça placoidal estruturada; F3 – couraça placoidal estruturada com zonas de placas em fragmentação; F4 e F5 – couraça fragmentada com placas desorganizadas e F6 – canga. No reverso estão presentes apenas couraças fragmentadas com placas desorganizadas, podendo ser diferenciadas em R1 - couraça placoidal com fragmentação incipiente e, couraças fragmentadas com placas finas (R2), médias (R3) e grossas (R4) desorganizadas. A associação das variações morfológicas permitiu reconhecer a presença de três fácies de alteração geneticamente associadas: fácies couraça ferruginosa isalterítica, fácies couraça ferruginosa fragmentada e canga. Sua formação e evolução estão intimamente associadas a condicionantes lito-estruturais e geomorfológicos; iv) os microagregados nos solos perférricos são diversificados e incluem nódulos de couraças com núcleo interno ferruginoso e córtex de alteração ferro-aluminoso (goethita aluminosa), sendo mais adequados trata-los como micronódulos, microagregados com micromassa ferro-aluminosa, derivada da degradação dos micronódulos, com posterior arredondamento e microagregados termíticos formados pela atividade pedobioturbadora. Essa diversidaed mostra a complexidade genética das microestruturas em solos enriquecidos em ferro e a tendência ao arredondamento apresentada por estes materiais. No geral o estudo demonstrou que os solos perférricos do QF, independente de suas classificações taxonômicas, possuem influência tamanha dos seus respectivos materiais de origem e contextos geomorfológicos suficientes para adjetivação de endêmicos por sua unicidade e raridade no território nacional.The litolithic variability, coupled with a complex geomorphological development, makes the region of the Quadrilátero Ferrífero (QF) have a rich diversity of soil cover. Among these, the soils derived from rocks with high iron content such as Itabiritos and iron crusts stand out for their unicity. This research is dedicated to the study of the formation and transformation of iron crusts of the QF, with the central objective of analyzing how these iron crusts are formed directly from rocks, such as itabirites, and how they evolve into soils with high iron content. The areas of investigation were chosen from field incursions and assistance of a base cartography, being defined two areas: the western edge of the Sinclinal Moeda and the Hogback of the Pedra Rachada. In order to characterize the physical constituents of the Serra da Moeda soil, a method was developed for the dispersion of particles with high Fe2O3 content, concluding that due to genetic characteristics of the material itself, a method that provides higher vibration for the particles that do not promote too much abrasion is best suited for obtaining safe results from fine fractions such as silt and clay. The formation of oxisols rocks with high iron content within the QF is due to the accumulation of colluvial material at the foot of the slope where the development of erosive amphitheaters in the mid-high slope facilitates the mechanical destabilization of the top iron crusts and increases the amount of surface transported materials from of concentrated flows. Thanks a detailed study in Pedra Rachada, northern portion of the QF, the following morphological variations were found in the front: F1 - itabirito not altered; F2 - Structured placoidal iron crust; F3 - structured placoidal iron crust with zones of plates in fragmentation; F4 and F5 - fragmented iron crust with disorganized plates and F6 - canga. On the reverse only fragmented breastplates with disorganized plaques are present, and can be differentiated into R1 - placoidal iron crust with incipient fragmentation and, fragmented iron crust with fine plates (R2), medium (R3) and thick (R4) disorganized. The association of the morphological variations allowed to recognize the presence of three facies of genetically associated alteration: facies isalteritic iron crust, facies fragmented iron crust and facies canga. Its formation and evolution are closely associated with lithostructural and geomorphological conditions. When analyzing the micro aggregates of the soil with high iron content it could be noted that morphologically the breast nodules present a ferruginous inner nucleus and a ferro-alumino alteration cortex. Considering the mineral chemical composition, the values found indicate the presence of hematite and goethite as the main minerals of these internal nuclei and aluminous goethite in the cortex. When analyzing the aggregates, the same compositional variation and zoning of the harnesses is not observed. The genesis of these microaggregates seems to bear witness to a more complex trajectory than in other soils with this structure. This is evidenced by the existence of distinct organizations that may be incorporated in this category and by the fact that these soils differ from the others by eminently ferruginous composition.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIACouraça FerruginosaCangaItabiritoSolos PerférricosAlteraçãoQuadrilátero FerríferoMicro agregaçãoCouraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE FINAL PARA IMPRESSAO.pdfTESE FINAL PARA IMPRESSAO.pdfAbertoapplication/pdf16856191https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30147/1/TESE%20FINAL%20PARA%20IMPRESSAO.pdfc142393af5f0a9382392204eab304cadMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30147/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTTESE FINAL PARA IMPRESSAO.pdf.txtTESE FINAL PARA IMPRESSAO.pdf.txtExtracted texttext/plain359396https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30147/3/TESE%20FINAL%20PARA%20IMPRESSAO.pdf.txt4bd8f3575122b965a0274affa202c78fMD531843/301472020-01-24 16:26:09.792oai:repositorio.ufmg.br:1843/30147TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-24T19:26:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
title Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
spellingShingle Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
Henrique Amorim Machado
Couraça Ferruginosa
Canga
Itabirito
Solos Perférricos
Alteração
Quadrilátero Ferrífero
Micro agregação
title_short Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
title_full Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
title_fullStr Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
title_full_unstemmed Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
title_sort Couraças ferruginosas e solos associados em diferentes ambientes do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil
author Henrique Amorim Machado
author_facet Henrique Amorim Machado
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cristiane Valéria de Oliveira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8210497374767386
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8900640531410311
dc.contributor.author.fl_str_mv Henrique Amorim Machado
contributor_str_mv Cristiane Valéria de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Couraça Ferruginosa
Canga
Itabirito
Solos Perférricos
Alteração
Quadrilátero Ferrífero
Micro agregação
topic Couraça Ferruginosa
Canga
Itabirito
Solos Perférricos
Alteração
Quadrilátero Ferrífero
Micro agregação
description A variabilidade litolótigica atrelada a um densenvolvimento geomorfológico complexo, faz com que a região do Quadrilátero Ferrífero (QF), porção central do estado de Minas Gerais, possua uma uma rica diversidade de coberturas pedológicas. Dentre estas, destaca-se por sua unicidade os solos derivados de rochas com alto teor de ferro como os Itabiritos e couraças ferruginosas. Esta pesquisa se dedica ao estudo da formação e transformação das couraças ferruginosas do QF possuindo como objetivo central analisar como tais couraças se formam diretamente de rochas, como os itabiritos, e como evoluem se transformando em solos perférricos. As áreas de investigação foram escolhidas a partir de incursões de campo e auxílio de uma cartografia de base, sendo definidas duas áreas: a borda oeste do Sinclinal Moeda e o Maciço da Pedra Rachada. A partir disso o estudo se dedicou a algumas questões pontuais relacionadas a estes materiais, incluindo: i) relação dos solos perférricos com seu material de origem e com o contexto geomorfológico; ii) propriedades físicas como a textura, relacionada à natureza e composição eminentemente ferruginosa dos solos; iii) diversidade de fácies de alteração envolvida no processo de formação das couraças até se transformarem em solos e; iv) natureza e evolução das microestruturas tão características destes solos perférricos. Os resultados indicaram que: i) a formação dos Latossolos Perférricos dentro do QF ocorre preferencialmente a partir do acúmulo de material coluvial no sopé da vertente onde o desenvolvimento de anfiteatros na media-alta vertente facilita a desestabilização mecânica das couraças ferruginosas de topo e aumenta a quantidade de materiais transportados em superfície a partir de fluxos concentrados; ii) as técnicas de disperçãop de partículas que porporcionaram maior vibração sem aumentar o choque entre elas (abrasão) são as mais indicadas para separar as frações silte e argila; iii) a formação da couraça diretamente do itabirito é acompanhada por diversas variações morfológicas, com forte controle geomorfológico, além do controle litológico. Na Pedra Rachada um perfil laterítico foi identificado no font do hog back que caracteriza a área, sendo composto por F1 – itabirito não alterado; F2 – couraça placoidal estruturada; F3 – couraça placoidal estruturada com zonas de placas em fragmentação; F4 e F5 – couraça fragmentada com placas desorganizadas e F6 – canga. No reverso estão presentes apenas couraças fragmentadas com placas desorganizadas, podendo ser diferenciadas em R1 - couraça placoidal com fragmentação incipiente e, couraças fragmentadas com placas finas (R2), médias (R3) e grossas (R4) desorganizadas. A associação das variações morfológicas permitiu reconhecer a presença de três fácies de alteração geneticamente associadas: fácies couraça ferruginosa isalterítica, fácies couraça ferruginosa fragmentada e canga. Sua formação e evolução estão intimamente associadas a condicionantes lito-estruturais e geomorfológicos; iv) os microagregados nos solos perférricos são diversificados e incluem nódulos de couraças com núcleo interno ferruginoso e córtex de alteração ferro-aluminoso (goethita aluminosa), sendo mais adequados trata-los como micronódulos, microagregados com micromassa ferro-aluminosa, derivada da degradação dos micronódulos, com posterior arredondamento e microagregados termíticos formados pela atividade pedobioturbadora. Essa diversidaed mostra a complexidade genética das microestruturas em solos enriquecidos em ferro e a tendência ao arredondamento apresentada por estes materiais. No geral o estudo demonstrou que os solos perférricos do QF, independente de suas classificações taxonômicas, possuem influência tamanha dos seus respectivos materiais de origem e contextos geomorfológicos suficientes para adjetivação de endêmicos por sua unicidade e raridade no território nacional.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-07-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-30T13:43:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-30T13:43:07Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30147
url http://hdl.handle.net/1843/30147
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30147/1/TESE%20FINAL%20PARA%20IMPRESSAO.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30147/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30147/3/TESE%20FINAL%20PARA%20IMPRESSAO.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c142393af5f0a9382392204eab304cad
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
4bd8f3575122b965a0274affa202c78f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589559959683072