Gerações e atitudes políticas: uma análise da adesão à democracia na América Latina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rafael Oliveira Paulino
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A8BN3G
Resumo: O presente trabalho busca mostrar a relevância da socialização política em novas democracias. Examina-se a dimensão geracional da formação de atitudes políticas, mais especificamente a adesão à democracia. A pesquisa tem como objetivo principal identificar se existem diferenças entre os que possuem experiências de vida em diferentes regimes e os que foram socializados e só viveram em um regime democrático. Para esse propósito, são utilizados os dados do Barômetro das Américas relativos ao ano de 2012 e analisados 17 países latino-americanos com uma análise particular para o Brasil. Anteriormente, o estudo também utiliza dados do World Values Survey para um breve levantamento acerca dos possíveis e concorrentes efeitos do ciclo de vida. A partir da discussão de estudos, sobretudo, na área de geração e comportamento político, as gerações políticas são operacionalizadas nos países latino-americanos e no Brasil, além de indicadores para o legado democrático e autoritário desses países. Os resultados apontam a presença de efeitos geracionais sobre a adesão democrática para a América Latina, pois a geração que vivenciou os dois regimes apresenta, em geral, maior adesão à democracia na região. Por outro lado, a análise sugere que o legado democrático e o legado autoritário do país, medidos em termos do tempo e da qualidade dos regimes políticos, não afetam as gerações de forma distinta. Ainda, nota-se em análise especifica para o caso brasileiro que há um efeito geracional para medida simples de adesão, mas quando se leva em conta uma medida mais robusta de apoio ao regime os efeitos desaparecem. Isso parece indicar uma complexidade do efeito geracional, que varia em relação a medida de apoio utilizada. A primeira medida coloca em evidência a comparação entre regimes (democrático e autoritário) e talvez por isso favoreça apoios distintos por parte das gerações.
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A partir da discussão de estudos, sobretudo, na área de geração e comportamento político, as gerações políticas são operacionalizadas nos países latino-americanos e no Brasil, além de indicadores para o legado democrático e autoritário desses países. Os resultados apontam a presença de efeitos geracionais sobre a adesão democrática para a América Latina, pois a geração que vivenciou os dois regimes apresenta, em geral, maior adesão à democracia na região. Por outro lado, a análise sugere que o legado democrático e o legado autoritário do país, medidos em termos do tempo e da qualidade dos regimes políticos, não afetam as gerações de forma distinta. Ainda, nota-se em análise especifica para o caso brasileiro que há um efeito geracional para medida simples de adesão, mas quando se leva em conta uma medida mais robusta de apoio ao regime os efeitos desaparecem. Isso parece indicar uma complexidade do efeito geracional, que varia em relação a medida de apoio utilizada. A primeira medida coloca em evidência a comparação entre regimes (democrático e autoritário) e talvez por isso favoreça apoios distintos por parte das gerações.This study examines the importance of political socialization in "new" democracies. It investigates the generational dimension of the political attitudes formation, specifically the support for democracy. The research aims to identify whether there are differences between those who have life experiences in different regimes and those who have been socialized and only lived in a democratic regime. For this purpose, the article uses the Americas Barometer 2012 data and analyzes 17 Latin American countries with a particular analysis for Brazil. Previously the study also uses data from the World Values Survey (1994-1999) for a brief review on the possible and concurrent life-cycle effect. Based on studies, especially in the area of generations and political behavior, political generations were operationalized in Latin American and Brazil, as well as indicators for the democratic and authoritarian legacy of these countries. The results show the presence of generational effects on democratic support in Latin America as the generation that experienced the two regimes has, in general, greater support for democracy in the region. On the other hand, the analysis suggests that the democratic legacy and the authoritarian legacy of the country, measured in terms of time and quality of political regimes, do not affect generations differently. Also, in analysis specific to the Brazilian case there was a generational effect for the simple measure of support for democracy, but when taking into account a more robust measure of regimes support the effects disappear. This seems to indicate a complexity of the generational effect, which varies according to the support measure used. The first measure highlights the comparison between regimes (democratic and authoritarian) and may therefore favor different support by the generations. 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