Freqüência de auto-anticorpos e dosagem de complemento sérico em pacientes com diagnóstico de leishmaniose cutânea ou visceral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Horimoto, Alex Magno Coelho
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/297
Resumo: A leishmaniose é uma doença infecciosa crônica que pode variar de um espectro que inclui acometimento cutâneo isolado com manifestação oligossintomática até acometimento sistêmico com manifestações clínicas importantes. O desenvolvimento de infecção em cada tipo de leishmaniose (visceral ou tegumentar) depende da interação complexa e intrigante entre fatores de virulência do patógeno e resposta imunológica do hospedeiro. Análises de soros de pacientes infectados por leishmaniose demonstraram a existência de auto-anticorpos contra componentes celulares e humorais. Imunocomplexos circulantes e anticorpos contra imunoglobulina G (fator reumatóide) têm sido identificados em pacientes com leishmaniose visceral e cutâneo-mucosa. Pacientes com leishmaniose visceral podem apresentar sintomas que mimetizam o quadro clínico encontrado em pacientes com diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), dificultando o diagnóstico precoce e tratamento. Desse modo, objetivou-se estudar o perfil imunológico destes pacientes, através da dosagem de autoanticorpos e complemento no soro de 90 pacientes, sendo 45 deles com leishmaniose visceral e 45 com a forma tegumentar. Os auto-anticorpos estatisticamente significantes presentes em pacientes com leishmaniose visceral foram: Fator Anti-nuclear (FAN) positivo (4,4%) ou em baixa titulação (8,9%) e anticorpo anti-cardiolipina do tipo IgG positivo (17,8%) ou indeterminado (8,9%). Encontrou-se, além disso, diminuição do complemento sérico C3 em 17,8% dos pacientes e anticorpo anti-Leishmania >1/80 positiva em todos os pacientes com leishmaniose visceral. Conclui-se que a forma visceral de leishmaniose pode se correlacionar positivamente com a presença de auto-anticorpos, possivelmente pelo desencadeamento de uma resposta sistêmica predominantemente humoral do Tipo Th2.
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Pacientes com leishmaniose visceral podem apresentar sintomas que mimetizam o quadro clínico encontrado em pacientes com diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), dificultando o diagnóstico precoce e tratamento. Desse modo, objetivou-se estudar o perfil imunológico destes pacientes, através da dosagem de autoanticorpos e complemento no soro de 90 pacientes, sendo 45 deles com leishmaniose visceral e 45 com a forma tegumentar. Os auto-anticorpos estatisticamente significantes presentes em pacientes com leishmaniose visceral foram: Fator Anti-nuclear (FAN) positivo (4,4%) ou em baixa titulação (8,9%) e anticorpo anti-cardiolipina do tipo IgG positivo (17,8%) ou indeterminado (8,9%). Encontrou-se, além disso, diminuição do complemento sérico C3 em 17,8% dos pacientes e anticorpo anti-Leishmania >1/80 positiva em todos os pacientes com leishmaniose visceral. Conclui-se que a forma visceral de leishmaniose pode se correlacionar positivamente com a presença de auto-anticorpos, possivelmente pelo desencadeamento de uma resposta sistêmica predominantemente humoral do Tipo Th2.porAutoanticorposLeishmanioseLeishmaniose VisceralLúpus Eritematoso SistêmicoFreqüência de auto-anticorpos e dosagem de complemento sérico em pacientes com diagnóstico de leishmaniose cutânea ou visceralFrequency of auto antibodies and serum complement in patients with diagnosis of visceral or cutaneous Leishmaniasisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCosta, Izaías Pereira daHorimoto, Alex Magno Coelhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILAlex Magno Coelho Horimoto.pdf.jpgAlex Magno Coelho Horimoto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1359https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/297/4/Alex%20Magno%20Coelho%20Horimoto.pdf.jpgc7aa980e5b429e54857241fccf26ab85MD54TEXTAlex Magno Coelho Horimoto.pdf.txtAlex Magno Coelho Horimoto.pdf.txtExtracted texttext/plain165654https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/297/3/Alex%20Magno%20Coelho%20Horimoto.pdf.txt1565862d8eb6bf56d832db29afd77f47MD53ORIGINALAlex Magno Coelho Horimoto.pdfAlex Magno Coelho Horimoto.pdfapplication/pdf328244https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/297/1/Alex%20Magno%20Coelho%20Horimoto.pdf6b21da988ce82a3cefc1656814bdffd5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/297/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/2972024-06-17 09:21:39.089oai:repositorio.ufms.br:123456789/297Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-06-17T13:21:39Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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