Avaliação da toxicidade e das atividades analgésicas e anti-inflamatória do extrato etanólico de Lychnophora pinaster (Arnica).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Simone Aparecida
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3561
Resumo: As Lychnophoras (Asteraceae) são espécies nativas do Brasil, popularmente conhecidas como “arnica” e utilizadas na medicina popular em preparações alcoólicas e hidroalcóolicas como analgésicas, anti-inflamatórias, antirreumáticas, contusões e picadas de insetos. A espécie Lychnophora pinaster Mart. é uma das mais usadas pela população. Estudos prévios (GUZZO et al., 2008) mostraram a potencial atividade desta espécie. Entretanto, estudos adicionais são necessários para comprovar sua segurança e propriedades terapêuticas. Assim foi escolhida para avaliação da toxicidade aguda e das atividades antiinflamatória e analgésica. As atividades anti-inflamatórias tópicas do extrato etanólico e das frações hexânica, diclorometânica, acetato de etila e metanólica (5% p/p) de L. pinaster foram avaliadas pelo método de edema de pata induzido por carragenina. A fração acetato de etila (∆% 17,78 ± 1,79) apresentou baixa atividade. O extrato etanólico bruto (∆% 12,35 ± 2,24) e as frações: hexânica (∆% 10,61 ± 1,53), diclorometânica (∆% 9,77 ± 1,28) e metanólica (∆% 7,63 ± 0,79) promoveram redução do edema de pata em comparação aos controles [emulgel base (∆% 36,13 ± 1,08) e Sham (∆% 3,10 ± 0,59)] e padrões [diclofenaco (Cataflam®) (∆% 6,92 ± 0,51) e diclofenaco SIGMA (formulado em emulgel, ∆% 5,18 ± 1,02)], demonstrando boa atividade anti-inflamatória. A fração metanólica foi a mais ativa e teve efeito anti-inflamatório similar ao medicamento cataflam. O extrato etanólico de L. pinaster foi avaliado após a administração oral em camundongos Swiss quanto ao efeito antinociceptivo pelo método da placa quente. O extrato na dose de 500 mg/kg apresentou atividade antinociceptiva (19,86 ± 3,36 s) semelhante ao observado após a administração da morfina (20,63 ± 3,42 s). A dose de 750 mg/kg apresentou efeito semelhante à dipirona, sendo 10,19 ± 1,22 s e 12,70 ± 0,92 s, respectivamente. Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico bruto foi administrado por via oral nas doses de 125; 250 e 500 mg/kg em camundongos Swiss, machos e fêmeas. As três doses administradas não causaram prejuízo motor aos animais, pois não alteraram o tônus muscular destes, mas as doses de 250 e 500 mg/kg causaram sedação sendo que reduziram significativamente a locomoção espontânea no método de campo aberto. As doses 125; 250 e 500 mg/kg não produziram alterações nas dosagens bioquímicas, hematológicas e no consumo de água e ração de camundongos machos e fêmeas. Com relação ao peso corporal somente os machos apresentaram diferenças significativas no ganho de peso corporal em relação ao grupo controle. Para o peso relativo dos órgãos houve diferenças estatísticas entre os rins e fígado de machos e fêmeas tratados e o grupo controle. Na avaliação histopatológica, o extrato provocou alterações celulares nos rins e fígado em todas as doses avaliadas (125; 250 e 500 mg/kg), tais como degeneração vacuolar e inflamação. A análise morfométrica do fígado mostrou que o extrato não possui efeito hepatotóxico dose dependente, mas o efeito observado era maior nas fêmeas do que nos machos. O trabalho realizado mostrou que as partes aéreas de L. pinaster possuem atividade anti-inflamatória e analgésica significativa. As análises de toxicidade mostraram que existem substâncias potencialmente tóxicas ao fígado e aos rins nesta planta, mas que estudos adicionais devem ser realizados para verificar se as alterações são reversíveis e provar que a via oral é ou não indicada para o uso da população.
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Assim foi escolhida para avaliação da toxicidade aguda e das atividades antiinflamatória e analgésica. As atividades anti-inflamatórias tópicas do extrato etanólico e das frações hexânica, diclorometânica, acetato de etila e metanólica (5% p/p) de L. pinaster foram avaliadas pelo método de edema de pata induzido por carragenina. A fração acetato de etila (∆% 17,78 ± 1,79) apresentou baixa atividade. O extrato etanólico bruto (∆% 12,35 ± 2,24) e as frações: hexânica (∆% 10,61 ± 1,53), diclorometânica (∆% 9,77 ± 1,28) e metanólica (∆% 7,63 ± 0,79) promoveram redução do edema de pata em comparação aos controles [emulgel base (∆% 36,13 ± 1,08) e Sham (∆% 3,10 ± 0,59)] e padrões [diclofenaco (Cataflam®) (∆% 6,92 ± 0,51) e diclofenaco SIGMA (formulado em emulgel, ∆% 5,18 ± 1,02)], demonstrando boa atividade anti-inflamatória. A fração metanólica foi a mais ativa e teve efeito anti-inflamatório similar ao medicamento cataflam. O extrato etanólico de L. pinaster foi avaliado após a administração oral em camundongos Swiss quanto ao efeito antinociceptivo pelo método da placa quente. O extrato na dose de 500 mg/kg apresentou atividade antinociceptiva (19,86 ± 3,36 s) semelhante ao observado após a administração da morfina (20,63 ± 3,42 s). A dose de 750 mg/kg apresentou efeito semelhante à dipirona, sendo 10,19 ± 1,22 s e 12,70 ± 0,92 s, respectivamente. Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico bruto foi administrado por via oral nas doses de 125; 250 e 500 mg/kg em camundongos Swiss, machos e fêmeas. As três doses administradas não causaram prejuízo motor aos animais, pois não alteraram o tônus muscular destes, mas as doses de 250 e 500 mg/kg causaram sedação sendo que reduziram significativamente a locomoção espontânea no método de campo aberto. 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As análises de toxicidade mostraram que existem substâncias potencialmente tóxicas ao fígado e aos rins nesta planta, mas que estudos adicionais devem ser realizados para verificar se as alterações são reversíveis e provar que a via oral é ou não indicada para o uso da população.Lychnophoras (Asteraceae) are native plants from Brazil, popularly known as "arnica" and used in folk medicine in alcoholic and hydro-alcoholic preparations for the treatment of bruise, inflammation, pain, rheumatism and for insect bites. The species Lychnophora pinaster Mart. it is one of the more used by the population. Previous studies (GUZZO et al., 2008) showed potential activity of this species. However, additional studies are necessary to prove your safety and therapeutic properties. Like this, the species L. pinaster was chosen for the acute toxicity and of the anti-inflammatory and analgesic activities evaluation. The anti-inflammatory topical activities of the ethanolic extract and fractions hexane, dichloromethane, ethyl acetate, and methanolic (5% p/p) of L. pinaster were evaluated for the method of paw edema induced by carragenina. The ethyl acetate fraction (∆% 17,78 ± 1,79) did it present low activity. The crude ethanolic extract (∆% 12,35 ± 2,24) and the fractions: hexane (∆% 10,61 ± 1,53), dichloromethane (∆% 9,77 ± 1,28) and methanolic (∆% 7,63 ± 0,79) did they promote reduction of the paw edema in comparison with the controls [emulgel base (∆% 36,13 ± 1,08) and Sham (∆% 3,10 ± 0,59)] and patterns [diclofenac (Cataflam®) (∆% 6,92 ± 0,51) and diclofenac SIGMA (done formulate in emulgel ∆% 5,18 ± 1,02)], demonstrating good anti-inflammatory activity. The methanolic fraction was the more active and it had similar anti-inflammatory effect to the medicine cataflam. The ethanolic extract of L. pinaster was evaluated after the oral administration in mice Swiss with relationship to the antinociceptive effect for the method of the hot plate. The extract in the dose of 500 mg/kg presented antinociceptive activity (19,86 ± 3,36 s) similar to the observed after the administration of the morphine (20,63 ± 3,42 s). The dose of 750 mg/kg presented effect similar to the dipyrone, being 10,19 ± 1,22 s and 12,70 ± 0,92 s, respectively. For evaluation of the acute toxicity, the doses of 125; 250 and 500 mg/kg of the crude ethanolic extract were administered to mice Swiss orally, males and females. The three administered doses didn't cause motor incoordination to the animals, because they didn't alter the muscular force of these, but the doses of 250 and 500 mg/kg caused sedation and they reduced significantly the spontaneous locomotor activity in the method of open field. The doses 125; 250 and 500 mg/kg didn't produce alterations in the biochemical and hematological dosages, in the consumption of water and food of male and female mice. With relationship to the corporal weight only the males presented significant differences in the body weight gain in relation to control group. For the relative weight of the organs there were statistical differences between the kidneys and liver of males and females treated and the group control. In the evaluation histopathological, the extract provoked cellular alterations in the kidneys and liver in all the evaluated doses (125; 250 and 500 mg/kg), such as vacuolar degeneration and inflammation. The morphometric analysis of the liver showed that the extract doesn't possess hepatotoxic effect dose dependent manner, but the effect observed was larger in the females than in the males. This work showed that the aerial parts of L. pinaster possess anti-inflammatory and analgesic activities significant. The toxicity analyses showed that the plant possesses substances potentially toxicant to the liver and the kidneys, but that additional studies should be accomplished to verify the alterations they are reversible and to prove that the oral route is or non appropriate for the use of the population.FármacosToxicidadeAgentes anti-inflamatóriosArnicaAvaliação da toxicidade e das atividades analgésicas e anti-inflamatória do extrato etanólico de Lychnophora pinaster (Arnica).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de detentor dos direitos autorais, de acordo com a lei nº 9610/98, autorizo a Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP a disponibilizar gratuitamente, sem ressarcimento dos direitos autorais, o texto integral da publicação supracitada, em meio eletrônico, na BDTD - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Repositório Institucional da UFOP, no formato especificado, para fins de leitura, impressão e/ou download pela Internet a título de divulgação da produção científica gerada pela Universidade a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3561/5/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD55CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3561/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-821936http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3561/3/license_text857e977a5e036de6446a2f4e3371a986MD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-822190http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3561/4/license_rdf19e8a2b57ef43c09f4d7071d2153c97dMD54ORIGINALDISSERTAÇÃO_AvaliaçãoToxicidadeAtividade.pdfDISSERTAÇÃO_AvaliaçãoToxicidadeAtividade.pdfapplication/pdf3005974http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3561/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_Avalia%c3%a7%c3%a3oToxicidadeAtividade.pdfe9ee9f9f6fb55a2d5114d7486badaf62MD51123456789/35612019-04-29 12:17:43.637oai:localhost:123456789/3561Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-04-29T16:17:43Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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