Aptidão física e qualidade de vida em crianças e adolescentes com excesso de peso e obesidade

• Autor(a) principal: Rebouças, Diane Nocrato Esmeraldo
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
• Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/109528
• topic: Crianças - Obesidade; Adolescente - Obesidade; Aptidão física; Qualidade de vida

A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões, caso nada seja feito. A aptidão física é a capacidade de desempenhar trabalho muscular de modo satisfatório, apresentando como componentes a capacidade cardiorrespiratória, força/resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Alterações nos hábitos de estilo de vida provocadas pela modernização, em especial na população infantil, promovem um aumento no sedentarismo e um declínio dos níveis satisfatórios de aptidão física entre crianças e jovens. A prática de atividades físicas proporciona muito mais que apenas o treinamento da aptidão física, esta promove inúmeros benefícios à saúde, entre estes, a sensação de bem-estar e a prevenção de diversas doenças relacionadas ao sedentarismo. Este estudo tem por objetivo avaliar a aptidão física e a qualidade de vida em crianças e adolescentes com excesso de peso e obesidade participantes do projeto de iniciação esportiva oferecido pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) a comunidade do Dendê. Estudo observacional, do tipo transversal, com grupo de comparação, propósito analítico e abordagem quantitativa. Participaram do estudo crianças e adolescentes com idade entre 08 a 12 anos inscritos da Escola de Esportes da UNIFOR, onde foram aplicados testes e medidas do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) contendo teste de flexibilidade, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória e índice de massa corporal (IMC), e qualidade de vida dos participantes através do PedsQLTM 4.0. Verificou-se resultados positivos para o grupo denominado Saudável e índices expressivos com relação ao grupo de Risco à Saúde, evidenciando menor nível de aptidão física relacionada à saúde (diferença percentual entre grupo de Risco à Saúde X Saudável ¿ IMC 7,4%; perímetro da cintura 9,2%; flexibilidade -19,25%; força/resistência abdominal -24,9% e resistência geral - 6,2%) e qualidade de vida (saúde -5,9%; sentimentos -10,6%; convívio -2,1%; escola -10,1%; geral -6,9%) destes participantes. Os resultados indicaram que as crianças classificadas com excesso de peso e obesidade se encontram com comprometimento da sua saúde, não apenas nos seus aspectos físicos, mas também no que diz respeito a sua qualidade de vida, especificamente em relação a sua percepção de saúde, seus sentimentos, convívio e bem-estar na escola.