Capoeira: sobrevivência e resistência na sociedade do capital
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15936 |
Resumo: | O presente estudo traz no seu escopo apontamentos que delineiam as configurações da Capoeira na atualidade e suas funções na conjuntura social cotidiana. Partindo do princípio de que a Capoeira é uma prática originada na diáspora, como forma de se contrapor a um sistema opressor (ABIB, 2004), e foi consolidada no Brasil ainda no período escravagista (Rego, 1968), a mesma ainda se mantém e possui abrangência nacional e internacional, fazendo-se presente em mais de 150 países nos cinco continentes segundo o último levantamento do IPHAN (2014). Assim, o problema da presente pesquisa é entender como uma prática secular oriunda da época da escravização mantém-se frente ao sistema vigente (o capitalista), que segundo Mészáros (2005), transforma tudo em mercadoria. Nessa busca foram utilizadas como referências deste trabalho: Marx (2007, 2008, 2011, 2013), Mészáros (2005, 2015), Antunes (2009), Vasquez (2011) dentre outros, que forneceram subsídios para compreender como funciona o sistema supracitado. No que tange a Capoeira, foram utilizados os trabalhos de Rego (1968), Brito e Granada (2021), Khol (2014), Araújo (2006, 2008), Campos (2001, 2009), Falcão (2004, 2011), Abib (2004) dentre outros, que delineiam as condições e demais aspectos que Capoeira vivenciou enquanto prática desportiva e cultural, (re)existindo ao tempo e as mudanças estruturais impulsionadas pelo capitalismo. Com o objetivo de entender como a Capoeira mantém-se até a atualidade e quais suas interfaces, foi buscado no âmbito nacional e internacional, pessoas capoeiristas que estão na prática há no mínimo 10 anos e lhes foi-lhes indagado acerca da maneira como a Capoeira faz-se presente em seus respectivos ambientes. Como resultado, verificou-se que houveram inúmeras mudanças nessa prática desde os primórdios, mas foi sua capacidade de se metamorfosear que a permitiu adaptar-se as demandas sociais transformando-se em uma prática plural. Entretanto, foi apontada sua condição enquanto mercadoria como preponderante, sendo esse caminho que garantiu outras possibilidades de sobrevivência frente ao sistema capitalista, sendo o trabalho (tanto no seu sentido formativo quanto no laboral, de subsistência) o pavimento que viabilizou sua longevidade e permanência até a atualidade, ratificando a condição embrionária da Capoeira enquanto resistências as mais diversas situações. |
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2023-09-25T12:46:25Z2023-09-25T12:46:25Z2023-08-14SILVA, Francisco Márcio Costa da. Capoeira: sobrevivência e resistência na sociedade do capital. Orientador: Élido Santiago da Silva . 2023. 105 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Cultura) - Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura, Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Universidade Federal do Pará, Cametá, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15936. Acesso em:.https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15936O presente estudo traz no seu escopo apontamentos que delineiam as configurações da Capoeira na atualidade e suas funções na conjuntura social cotidiana. Partindo do princípio de que a Capoeira é uma prática originada na diáspora, como forma de se contrapor a um sistema opressor (ABIB, 2004), e foi consolidada no Brasil ainda no período escravagista (Rego, 1968), a mesma ainda se mantém e possui abrangência nacional e internacional, fazendo-se presente em mais de 150 países nos cinco continentes segundo o último levantamento do IPHAN (2014). Assim, o problema da presente pesquisa é entender como uma prática secular oriunda da época da escravização mantém-se frente ao sistema vigente (o capitalista), que segundo Mészáros (2005), transforma tudo em mercadoria. Nessa busca foram utilizadas como referências deste trabalho: Marx (2007, 2008, 2011, 2013), Mészáros (2005, 2015), Antunes (2009), Vasquez (2011) dentre outros, que forneceram subsídios para compreender como funciona o sistema supracitado. No que tange a Capoeira, foram utilizados os trabalhos de Rego (1968), Brito e Granada (2021), Khol (2014), Araújo (2006, 2008), Campos (2001, 2009), Falcão (2004, 2011), Abib (2004) dentre outros, que delineiam as condições e demais aspectos que Capoeira vivenciou enquanto prática desportiva e cultural, (re)existindo ao tempo e as mudanças estruturais impulsionadas pelo capitalismo. Com o objetivo de entender como a Capoeira mantém-se até a atualidade e quais suas interfaces, foi buscado no âmbito nacional e internacional, pessoas capoeiristas que estão na prática há no mínimo 10 anos e lhes foi-lhes indagado acerca da maneira como a Capoeira faz-se presente em seus respectivos ambientes. Como resultado, verificou-se que houveram inúmeras mudanças nessa prática desde os primórdios, mas foi sua capacidade de se metamorfosear que a permitiu adaptar-se as demandas sociais transformando-se em uma prática plural. Entretanto, foi apontada sua condição enquanto mercadoria como preponderante, sendo esse caminho que garantiu outras possibilidades de sobrevivência frente ao sistema capitalista, sendo o trabalho (tanto no seu sentido formativo quanto no laboral, de subsistência) o pavimento que viabilizou sua longevidade e permanência até a atualidade, ratificando a condição embrionária da Capoeira enquanto resistências as mais diversas situações.The present study within its scope brings forth notes that outline the current configurations of Capoeira and its functions in the everyday social context. From the premise that Capoeira is a practice originating from the diaspora as a means to resist an oppressive system (ABIB, 2004), and it was consolidated in Brazil during the period of slavery (Rego, 1968), it still endures and has both national and international reach, being present in over 150 countries across the five continents according to the latest survey by IPHAN (2014). The central concern of this research endeavor lies in comprehending the resilience of a longstanding practice stemming from the era of enslavement in the context of the contemporary capitalist system. As posited by Mészáros (2005), which commodifies all aspects of existence. References employed for this study include Marx (2007, 2008, 2011, 2013), Mészáros (2005, 2015), Antunes (2009), Vasquez (2011), and various others, thereby providing foundational insights into the workings of the aforementioned system were used. Regarding Capoeira, this study draws upon the works of Rego (1968), Brito and Granada (2021), Khol (2014), Araújo (2006, 2008), Campos (2001, 2009), Falcão (2004, 2011), Abib (2004), among others, to elucidate the conditions and various facets through which Capoeira has evolved as a sporting and cultural practice, persevering over time and in response to structural changes driven by capitalism. In pursuit of comprehending how Capoeira endures to the present day and the dimensions it encompasses, an extensive search was conducted both nationally and internationally to engage with individuals who have been practitioners of Capoeira for a minimum of ten years. They were queried about the ways in which Capoeira manifests itself within their respective contexts. As a result, it was observed that there have been numerous changes in this practice since its inception. However, it is its ability to undergo metamorphosis that has enabled it to adapt to social demands, transforming itself into a pluralistic practice. However, its condition as a commodity was emphasized as predominant. This path has ensured other possibilities for survival within the capitalist system, with labor (both in its formative and subsistence aspects) serving as the foundation that has facilitated its longevity and continuity to the present day, reaffirming Capoeira's embryonic role as a form of resistance in diverse circumstances.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Educação e CulturaUFPABrasilCampus Universitário do Tocantins/CametáDisponível na internet via correio eletrônico: bibcameta@ufpa.brreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASPOLÍTICAS E SOCIEDADESEDUCAÇÃO E CULTURACapoeiraResistênciaSobrevivênciaMercadoriasCapitalismoResistanceSurvivalCommoditiesCapitalismCapoeira: sobrevivência e resistência na sociedade do capitalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSILVA, Élido Santiago dahttp://lattes.cnpq.br/3584642268601018https://orcid.org/0000-0003-2545-0860http://lattes.cnpq.br/6022011143280307SILVA, Francisco Márcio Costa dainfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_CapoeiraSobrevivenciaresistencia.pdfDissertacao_CapoeiraSobrevivenciaresistencia.pdfapplication/pdf1079891https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15936/1/Dissertacao_CapoeiraSobrevivenciaresistencia.pdfb2a19825b01c1cd7734761561f7bd6d8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15936/2/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD522011/159362023-09-25 10:25:15.675oai:repositorio.ufpa.br:2011/15936TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232023-09-25T13:25:15Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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O presente estudo traz no seu escopo apontamentos que delineiam as configurações da Capoeira na atualidade e suas funções na conjuntura social cotidiana. Partindo do princípio de que a Capoeira é uma prática originada na diáspora, como forma de se contrapor a um sistema opressor (ABIB, 2004), e foi consolidada no Brasil ainda no período escravagista (Rego, 1968), a mesma ainda se mantém e possui abrangência nacional e internacional, fazendo-se presente em mais de 150 países nos cinco continentes segundo o último levantamento do IPHAN (2014). Assim, o problema da presente pesquisa é entender como uma prática secular oriunda da época da escravização mantém-se frente ao sistema vigente (o capitalista), que segundo Mészáros (2005), transforma tudo em mercadoria. Nessa busca foram utilizadas como referências deste trabalho: Marx (2007, 2008, 2011, 2013), Mészáros (2005, 2015), Antunes (2009), Vasquez (2011) dentre outros, que forneceram subsídios para compreender como funciona o sistema supracitado. No que tange a Capoeira, foram utilizados os trabalhos de Rego (1968), Brito e Granada (2021), Khol (2014), Araújo (2006, 2008), Campos (2001, 2009), Falcão (2004, 2011), Abib (2004) dentre outros, que delineiam as condições e demais aspectos que Capoeira vivenciou enquanto prática desportiva e cultural, (re)existindo ao tempo e as mudanças estruturais impulsionadas pelo capitalismo. Com o objetivo de entender como a Capoeira mantém-se até a atualidade e quais suas interfaces, foi buscado no âmbito nacional e internacional, pessoas capoeiristas que estão na prática há no mínimo 10 anos e lhes foi-lhes indagado acerca da maneira como a Capoeira faz-se presente em seus respectivos ambientes. Como resultado, verificou-se que houveram inúmeras mudanças nessa prática desde os primórdios, mas foi sua capacidade de se metamorfosear que a permitiu adaptar-se as demandas sociais transformando-se em uma prática plural. Entretanto, foi apontada sua condição enquanto mercadoria como preponderante, sendo esse caminho que garantiu outras possibilidades de sobrevivência frente ao sistema capitalista, sendo o trabalho (tanto no seu sentido formativo quanto no laboral, de subsistência) o pavimento que viabilizou sua longevidade e permanência até a atualidade, ratificando a condição embrionária da Capoeira enquanto resistências as mais diversas situações. |
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