Morfotectônica e evolução paleogeográfica da região da Calha do rio Amazonas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEMERGUY, Ruth Léa
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7894
Resumo: Esta tese constitui um exemplo intraplaca de aplicação do conceito atual da Geomorfologia Estrutural, que se traduz na caracterização das formas de relevo e dos padrões de drenagem em consonância com os elementos estruturais do quadro neotectônico da Amazônia. A concepção de neotectônica adotada é aquela que reúne dos vários conjuntos de estruturas, de seqüências sedimentares, de sistemas de relevo e de padrões e anomalias de drenagem desenvolvidos no Terciário Superior e no Quaternário. As discussões concentram-se na região da calha do Rio Amazonas, entre as cidades de Manaus e Belém, onde há amplas áreas de planície serpenteando entre áreas elevadas, além de enorme diversidade de padrões e anomalias de drenagem. O objetivo maior desta investigação é mostrar a relação entre as feições do complexo cenário geomorfológico com as estruturas decorrentes dos movimentos transcorrentes do Mioceno-Plioceno e do Pleistoceno Superior-Holoceno, que implica revisão dos modelos baseados em concepções estritamente morfoclimáticas ou em domínio de movimentos verticais. As dimensões das questões geomorfológicas selecionaram naturalmente os procedimentos da escala regional, os quais permitiram a individualização de seis compartimentos morfotectônicos com características próprias, a saber: Manaus-Nhamundá, Tupinambarana, Baixo-Tapajós; Comandaí, Gurupá e Marajoara. O Compartimento Manaus-Nhamundá é caracterizado por sistemas de serras e colinas com remanescentes de topo da superfície tabular erosiva que atingem cotas de até 200 m. Este relevo acha-se modelado nos sedimentos da formação Alter do Chão e é controlado por estruturas compressivas do Terciário Superior. O padrão de drenagem em treliça tem sentido de escoamento geral para sudeste e os rios principais são controlados por falhas normais NW-SE geradas no Quaternário. O Compartimento Tupinambarana tem a forma de um retângulo que se estende na direção NE-SW. Compreende baixos gradientes de relevo associados ao forte controle estrutural da drenagem registrado nos segmentos retos de rios, margens lineares de lagos e anomalias em arco e cotovelo decorrentes de lineamentos orientados na direção NE-SW que se ligam a outros menores de direção E-W. Os lineamentos de direções NE-SW e E-W foram interpretados como falhas transcorrentes dextrais e falhas normais, respectivamente; a movimentação principal desse evento foi atribuída ao Quaternário. O Compartimento Baixo Tapajós é caracterizado por relevos de cuestas, dômicos, vulcânicos e blocos soerguidos que representam relevos morto-estruturais em avançado estágio de erosão. O relevo e a drenagem são controlados por dois conjuntos de estruturas netoectônicas: as do Terciário Superior são representadas por dobras orientadas na direção NE-SW e ENE-WSW que impuseram o forte gradiente do relevo expresso por sistemas de serras com ampla distribuição areal, inclusive as cuestas e o domo de Monte Alegre e as estruturas do Quaternário são definidas por uma junção tríplice decorrente da propagação de falhas normais e transcorrentes. O Compartimento Comandai é composto por sistemas de serras na margem esquerda do rio Amazonas com expressivas variações morfológicas entalhadas pelo Rio Jarau e seus tributários, que a cortam transversalmente e refletem o padrão em treliça. A outra feição é dada por um conjunto de serras isoladas com topos tabulares nivelados a 300 m e entalhadas por vales encaixados, onde os cursos dos rios têm forte controle estrutural expresso por anomalias em arco e cotovelo. Na margem direita, o sistema colinoso constitui uma superfície tabular erosiva ao nível de 100 m, dissecada em escarpas curtas e retas, compondo o padrão de drenagem dendrítico-retangular. O controle do relevo e da drenagem e as anomalias do curso do Rio Amazonas são atribuídos ao ramo transcorrente da junção tríplice do Baixo Tapajós. Uma outra interpretação considera que as serras representariam testemunhos do Arco de Gurupá, portanto, associadas às falhas normais do Mesozóico. O Compartimento Gurupá tem como principal feição morfológica na Planície Amazônica, o arquipélago formado na foz do Rio Amazonas que imprime o padrão anastomótico ao seu curso. As ilhas são orientadas na direção NE-SW e têm formas retangulares. No continente o relevo é formado por interflúvios extensos e tabulares modelados nos arenitos da formação Alter do Chão, e do Grupo Barreiras. A drenagem é organizada no padrão subdendrítico. A atividade tectônica nesse compartimento é registrada desde o Mesozóico através de falhas transcorrentes dextrais de direção NE-SW, ao longo das quais se instalaram bacias "pull apart"; essa movimentação prosseguiu até o Terciário Superior. A paisagem atual também resultou da propagação de sistemas transcorrentes dextrais com as falhas mestras orientadas na direção NE-SW e as falhas normais de direção ENE-WSW. O Compartimento Marajoara inclui a Ilha de Marajó e parte da região nordeste do Estado do Pará, engloba feições típicas de estuário e esteve sujeita a movimentos tectônicos subsidentes desde o Mesozóico. No Terciário Superior formaram-se falhas normais de direção NW-SE, que controlaram a instalação da seqüência Pirabas-Barreiras, relacionadas a falhas transcorrrentes dextrais E-W. Essa movimentação transtensiva prosseguiu no Quaternário e responde pela morfologia do litoral. O desenvolvimento desses compartimentos não tem relação direta com a evolução das bordas norte e oeste da placa Sul-Americana, e sua abordagem pauta-se na deformação progressiva intraplaca através da Segunda metade do Cenozóico.
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spelling 2017-03-17T12:32:34Z2017-03-17T12:32:34Z1997-09-15BEMERGUY, Ruth Léa. Morfotectônica e evolução paleogeográfica da região da Calha do rio Amazonas. Orientador: João Batista Sena Costa. 1997. 200 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1997. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/7894. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7894Esta tese constitui um exemplo intraplaca de aplicação do conceito atual da Geomorfologia Estrutural, que se traduz na caracterização das formas de relevo e dos padrões de drenagem em consonância com os elementos estruturais do quadro neotectônico da Amazônia. A concepção de neotectônica adotada é aquela que reúne dos vários conjuntos de estruturas, de seqüências sedimentares, de sistemas de relevo e de padrões e anomalias de drenagem desenvolvidos no Terciário Superior e no Quaternário. As discussões concentram-se na região da calha do Rio Amazonas, entre as cidades de Manaus e Belém, onde há amplas áreas de planície serpenteando entre áreas elevadas, além de enorme diversidade de padrões e anomalias de drenagem. O objetivo maior desta investigação é mostrar a relação entre as feições do complexo cenário geomorfológico com as estruturas decorrentes dos movimentos transcorrentes do Mioceno-Plioceno e do Pleistoceno Superior-Holoceno, que implica revisão dos modelos baseados em concepções estritamente morfoclimáticas ou em domínio de movimentos verticais. As dimensões das questões geomorfológicas selecionaram naturalmente os procedimentos da escala regional, os quais permitiram a individualização de seis compartimentos morfotectônicos com características próprias, a saber: Manaus-Nhamundá, Tupinambarana, Baixo-Tapajós; Comandaí, Gurupá e Marajoara. O Compartimento Manaus-Nhamundá é caracterizado por sistemas de serras e colinas com remanescentes de topo da superfície tabular erosiva que atingem cotas de até 200 m. Este relevo acha-se modelado nos sedimentos da formação Alter do Chão e é controlado por estruturas compressivas do Terciário Superior. O padrão de drenagem em treliça tem sentido de escoamento geral para sudeste e os rios principais são controlados por falhas normais NW-SE geradas no Quaternário. O Compartimento Tupinambarana tem a forma de um retângulo que se estende na direção NE-SW. Compreende baixos gradientes de relevo associados ao forte controle estrutural da drenagem registrado nos segmentos retos de rios, margens lineares de lagos e anomalias em arco e cotovelo decorrentes de lineamentos orientados na direção NE-SW que se ligam a outros menores de direção E-W. Os lineamentos de direções NE-SW e E-W foram interpretados como falhas transcorrentes dextrais e falhas normais, respectivamente; a movimentação principal desse evento foi atribuída ao Quaternário. O Compartimento Baixo Tapajós é caracterizado por relevos de cuestas, dômicos, vulcânicos e blocos soerguidos que representam relevos morto-estruturais em avançado estágio de erosão. O relevo e a drenagem são controlados por dois conjuntos de estruturas netoectônicas: as do Terciário Superior são representadas por dobras orientadas na direção NE-SW e ENE-WSW que impuseram o forte gradiente do relevo expresso por sistemas de serras com ampla distribuição areal, inclusive as cuestas e o domo de Monte Alegre e as estruturas do Quaternário são definidas por uma junção tríplice decorrente da propagação de falhas normais e transcorrentes. O Compartimento Comandai é composto por sistemas de serras na margem esquerda do rio Amazonas com expressivas variações morfológicas entalhadas pelo Rio Jarau e seus tributários, que a cortam transversalmente e refletem o padrão em treliça. A outra feição é dada por um conjunto de serras isoladas com topos tabulares nivelados a 300 m e entalhadas por vales encaixados, onde os cursos dos rios têm forte controle estrutural expresso por anomalias em arco e cotovelo. Na margem direita, o sistema colinoso constitui uma superfície tabular erosiva ao nível de 100 m, dissecada em escarpas curtas e retas, compondo o padrão de drenagem dendrítico-retangular. O controle do relevo e da drenagem e as anomalias do curso do Rio Amazonas são atribuídos ao ramo transcorrente da junção tríplice do Baixo Tapajós. Uma outra interpretação considera que as serras representariam testemunhos do Arco de Gurupá, portanto, associadas às falhas normais do Mesozóico. O Compartimento Gurupá tem como principal feição morfológica na Planície Amazônica, o arquipélago formado na foz do Rio Amazonas que imprime o padrão anastomótico ao seu curso. As ilhas são orientadas na direção NE-SW e têm formas retangulares. No continente o relevo é formado por interflúvios extensos e tabulares modelados nos arenitos da formação Alter do Chão, e do Grupo Barreiras. A drenagem é organizada no padrão subdendrítico. A atividade tectônica nesse compartimento é registrada desde o Mesozóico através de falhas transcorrentes dextrais de direção NE-SW, ao longo das quais se instalaram bacias "pull apart"; essa movimentação prosseguiu até o Terciário Superior. A paisagem atual também resultou da propagação de sistemas transcorrentes dextrais com as falhas mestras orientadas na direção NE-SW e as falhas normais de direção ENE-WSW. O Compartimento Marajoara inclui a Ilha de Marajó e parte da região nordeste do Estado do Pará, engloba feições típicas de estuário e esteve sujeita a movimentos tectônicos subsidentes desde o Mesozóico. No Terciário Superior formaram-se falhas normais de direção NW-SE, que controlaram a instalação da seqüência Pirabas-Barreiras, relacionadas a falhas transcorrrentes dextrais E-W. Essa movimentação transtensiva prosseguiu no Quaternário e responde pela morfologia do litoral. O desenvolvimento desses compartimentos não tem relação direta com a evolução das bordas norte e oeste da placa Sul-Americana, e sua abordagem pauta-se na deformação progressiva intraplaca através da Segunda metade do Cenozóico.This work constitutes an example of intraplate application of the modern concept of Structural Geomorphology, which characterizes landforms and drainage patterns within the framework of the neotectonics of the Amazon region. The neotectonics conception adopted here comprises the various structural systems, the sedimentary 'sequences, the land systems and the pattern and anomalies of drainage which were developed during the Upper Terciary and Quatemary. Controversy is particularly intensive over the channel of the Amazon river, between the cities of Manaus and Belém, where plains are found in uplifted areas and also a large diversity of drainage patterns and anomalies. The main goal of the work is to establish a correlation between the complex geomorphological patterns and the structures derived from the transcurrent movements of the Miocene-Pliocene and Upper Pleistocene-Holocene. This implies in a revision of the concepts based on morphoclimatic conditions or domain of vertical movements. The scale of the geomorphological problems dictated the methodology, on a regional basis, which led to the characterization of six morphotectonic compartments as follows: Manaus-Nhamundá, Tupinambarana, Baixo Tapajós, Comandai, Gurupá e Marajoara. 1. The Manaus-Nhamundá compartment shows system landforms with hills where remnants of an erosion surface are present; it is found in the sediments of the Alter do Chão Formation and is controlled by compressive structures of the Upper Terciary. The trellis-type drainage pattern dips southeastward and the more important rivers follow NW-SE normal faults of Quatemary age. 2. The Tupinambarana compartment has a NE-SW rectangular shape. It comprises low relief gradients associated to a strong structural control of the drainage seen on the linear channels of rivers, linear borders of lakes and anomalies of the arch- and elbow of capture types which are derived from the NE-SW lineaments connected to less developed E-W lineaments. The NE-SW lineaments are interpreted as dextral strike-slip faults while the E-W lineaments represent normal faults, both as Quatemary age. 3. The Baixo-Tapajós compartment is characterized by relief of various types - cuesta, dome, volcanic and uplifted blocks which are morphostructures in advanced stages of erosion. Relief and drainage show control by two neotectonic systems: NE-SW and ENE-WSW folds of Upper Terciary age which gave rise to a strong relief gradient shown in landform systems with a widespread regional distribution including cuestas and the Monte Alegre dome. The Quaternary structures are defined by triple junctions of normal and strike-slip faults. 4. The Comandai compartment is observed on the northern margin of the Amazon river with cuestas systems, a morphology defined by the channels of the Jaraú river and its tributaries which cut those structures giving a trellis-type pattern.. The other important feature of this compartment is the residual hills system with flat tops at about 300 m and intrenched streams which channels are modelled by structures giving anomalies of the arch- and elbow of capture types. The landform hills forro a planation surface at 100 m with rectilinear slopes giving a dendritic-rectangular pattern of drainage. Structural control of the relief and drainage as well as the anomalies in the channel of the Amazon river are found to be related to the transcurrent branch of the Baixo-Tapajós triple junction. The other interpretation of those structures relates to the origin of the hills to remnants of the Gurupá Arch therefore associated to normal faults of Mesozoic age. 5. The Gurupá compartment shows, as an important feature in the Amazon plain, the archipelago in the mouth of the Amazon river with an anastomotic pattern. Islands here show NE-SW orientation and are rectangular in shape. In the continent, relief is the flat interfluvial surface type in the sandstones of the Alter do Chão Formation and in the sediments of the Barreiras Group. Drainage shows a subdendritic pattern. Tectonic activity is registered since the Mesozoic with NE-SW dextral strike-slip faults along which pull-apart basins were formed. These tectonics were active until the Upper Terciary. The landscape is modelled by dextral strike-slip systems with orientation NE-SW and ENE-WSW normal faults. 6. The Marajoara compartment comprises the Marajó Island and the northeastern region of the State of Pará with estuarine morphology and was subjected to subsidence tectonics since the Mesozoic. NW-SE normal faults were developed during the Upper Terciary and these and dextral strike-slip faults controlled the deposition of the Pirabas-Barreiras sequences. These movements were active still in the Quatemary and explain the coastal landforms. The development of these compartments is not directly related to the evolution of the northern and westem borders of the South-American plate.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOMORFOLOGIAGeologia estruturalGeomorfologiaRio AmazonasPlanície amazônicaMorfotectônica e evolução paleogeográfica da região da Calha do rio Amazonasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCOSTA, João Batista Senahttp://lattes.cnpq.br/0141806217745286http://lattes.cnpq.br/7541107485220549BEMERGUY, Ruth Léainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALTese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdfTese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdfapplication/pdf21861883http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7894/1/Tese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf925b778d17f21fd61577b144cd76e050MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7894/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7894/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7894/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7894/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55TEXTTese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf.txtTese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf.txtExtracted texttext/plain227http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/7894/6/Tese_MorfotectonicaEvolucaoPaleogeografica.pdf.txte810a4ffff3466a32cd09a364c40e4b9MD562011/78942019-03-29 14:10:50.872oai:repositorio.ufpa.br:2011/7894TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-03-29T17:10:50Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
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O objetivo maior desta investigação é mostrar a relação entre as feições do complexo cenário geomorfológico com as estruturas decorrentes dos movimentos transcorrentes do Mioceno-Plioceno e do Pleistoceno Superior-Holoceno, que implica revisão dos modelos baseados em concepções estritamente morfoclimáticas ou em domínio de movimentos verticais. As dimensões das questões geomorfológicas selecionaram naturalmente os procedimentos da escala regional, os quais permitiram a individualização de seis compartimentos morfotectônicos com características próprias, a saber: Manaus-Nhamundá, Tupinambarana, Baixo-Tapajós; Comandaí, Gurupá e Marajoara. O Compartimento Manaus-Nhamundá é caracterizado por sistemas de serras e colinas com remanescentes de topo da superfície tabular erosiva que atingem cotas de até 200 m. Este relevo acha-se modelado nos sedimentos da formação Alter do Chão e é controlado por estruturas compressivas do Terciário Superior. O padrão de drenagem em treliça tem sentido de escoamento geral para sudeste e os rios principais são controlados por falhas normais NW-SE geradas no Quaternário. O Compartimento Tupinambarana tem a forma de um retângulo que se estende na direção NE-SW. Compreende baixos gradientes de relevo associados ao forte controle estrutural da drenagem registrado nos segmentos retos de rios, margens lineares de lagos e anomalias em arco e cotovelo decorrentes de lineamentos orientados na direção NE-SW que se ligam a outros menores de direção E-W. Os lineamentos de direções NE-SW e E-W foram interpretados como falhas transcorrentes dextrais e falhas normais, respectivamente; a movimentação principal desse evento foi atribuída ao Quaternário. O Compartimento Baixo Tapajós é caracterizado por relevos de cuestas, dômicos, vulcânicos e blocos soerguidos que representam relevos morto-estruturais em avançado estágio de erosão. O relevo e a drenagem são controlados por dois conjuntos de estruturas netoectônicas: as do Terciário Superior são representadas por dobras orientadas na direção NE-SW e ENE-WSW que impuseram o forte gradiente do relevo expresso por sistemas de serras com ampla distribuição areal, inclusive as cuestas e o domo de Monte Alegre e as estruturas do Quaternário são definidas por uma junção tríplice decorrente da propagação de falhas normais e transcorrentes. O Compartimento Comandai é composto por sistemas de serras na margem esquerda do rio Amazonas com expressivas variações morfológicas entalhadas pelo Rio Jarau e seus tributários, que a cortam transversalmente e refletem o padrão em treliça. A outra feição é dada por um conjunto de serras isoladas com topos tabulares nivelados a 300 m e entalhadas por vales encaixados, onde os cursos dos rios têm forte controle estrutural expresso por anomalias em arco e cotovelo. Na margem direita, o sistema colinoso constitui uma superfície tabular erosiva ao nível de 100 m, dissecada em escarpas curtas e retas, compondo o padrão de drenagem dendrítico-retangular. O controle do relevo e da drenagem e as anomalias do curso do Rio Amazonas são atribuídos ao ramo transcorrente da junção tríplice do Baixo Tapajós. Uma outra interpretação considera que as serras representariam testemunhos do Arco de Gurupá, portanto, associadas às falhas normais do Mesozóico. O Compartimento Gurupá tem como principal feição morfológica na Planície Amazônica, o arquipélago formado na foz do Rio Amazonas que imprime o padrão anastomótico ao seu curso. As ilhas são orientadas na direção NE-SW e têm formas retangulares. No continente o relevo é formado por interflúvios extensos e tabulares modelados nos arenitos da formação Alter do Chão, e do Grupo Barreiras. A drenagem é organizada no padrão subdendrítico. A atividade tectônica nesse compartimento é registrada desde o Mesozóico através de falhas transcorrentes dextrais de direção NE-SW, ao longo das quais se instalaram bacias "pull apart"; essa movimentação prosseguiu até o Terciário Superior. A paisagem atual também resultou da propagação de sistemas transcorrentes dextrais com as falhas mestras orientadas na direção NE-SW e as falhas normais de direção ENE-WSW. O Compartimento Marajoara inclui a Ilha de Marajó e parte da região nordeste do Estado do Pará, engloba feições típicas de estuário e esteve sujeita a movimentos tectônicos subsidentes desde o Mesozóico. No Terciário Superior formaram-se falhas normais de direção NW-SE, que controlaram a instalação da seqüência Pirabas-Barreiras, relacionadas a falhas transcorrrentes dextrais E-W. Essa movimentação transtensiva prosseguiu no Quaternário e responde pela morfologia do litoral. O desenvolvimento desses compartimentos não tem relação direta com a evolução das bordas norte e oeste da placa Sul-Americana, e sua abordagem pauta-se na deformação progressiva intraplaca através da Segunda metade do Cenozóico.
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