A Planície Costeira Bragantina (NE do Pará): influência das variações do nível do mar na morfoestratigrafia costeira durante o holoceno
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Data de Publicação: | 1995 |
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Resumo: | A Planície Costeira Bragantina, com uma área aproximada de 1.570 Km2 está localizada na Bacia Costeira Cretácea de Bragança-Viseu (NE do Pará). A arquitetura da bacia e sua paleotopografia, associada a movimentações tectônicas recentes tem controlado a distribuição e a espessura dos depósitos terciários e quaternários. Esta planície costeira constitui um sistema deposicional denominado por macromaré (6m), desenvolvido sob condições de um clima equatorial quente e úmido, com uma estação chuvosa e outra seca bem definidas e precipitação média anual equivalente a 3.000 mm. A geomorfologia da área é compartimentada em três padrões morfológicos: (1) planície aluvial, com canal fluvial, levees e planície de inundação; (2) planície estuarina, com canal estuarino compartimentado em funil estuarino, segmento retilíneo e meandrante e canal de curso superior, córregos de marés e planície de inundação e; (3) planície costeira, com ambientes de pântano salino (interno e externo), planície de maré (manguezais de supramaré, intermaré e planície arenosa com baixios de marés), chenier, dunas costeiras e praias. O estudo da morfoestratigrafia permitiu a caracterização de 11 unidades morfoestratigráficas: (1) planície de inundação, (2) levees, (3) barra de canal, (4) manguezal de supramaré, (5) pântano salino, (6) manguezal de intermaré, (7) planície arenosa, (8) barra em pontal, (9) dunas costeiras, (10) chenier e (11) praias e 4 fácies estratigráficos: (1) areia fluvial, (2) areia e lama marinha/estuarina, (3) areia e lama com estratificação heterolítica e (4) areia lamosa mosqueada. A análise estratigráfica permitiu a individualização de três seqüências estratigráficas: (1) marinha transgressiva basal (S1), com ambientes fluvial, pantanoso e fase praial (“shoreface”); (2) marinha regressiva (S2), com ambientes fluvial, planície de maré, chenier e pântano salino e; (3) marinha transgressiva atual (S3) com ambiente estuarino e litorâneo. A evolução desse sistema deposicional na Planície Costeira Bragantina está associada às oscilações do nível do mar durante o Holoceno Superior. No máximo da tansgressão holocênica (6.000 anos A.P.), uma elevação do nível do mar invadiu as áreas costeiras, erodindo o Planalto Costeiro (Grupo Barreiras). Após este evento, ocorreu a progradação da planície lamosa, sob condições regressivas ou do nível de mar estável, sobre o lençol arenoso transgressivo basal. Portanto, períodos erosivos, provavelmente, relacionados a rápidas subidas do nível do mar ou a mudanças climáticas, afetaram a descarga dos rios, permitindo a formação de cheniers. Atualmente, novos depósitos arenosos migram sobre a planície lamosa. |
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2022-11-03T14:31:42Z2022-11-03T14:31:42Z1995-11-20SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e. A Planície Costeira Bragantina (NE do Pará): influência das variações do nível do mar na morfoestratigrafia costeira durante o holoceno. Orientador: Maâmar El-Robrini. 1995. 123 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1995. Disponível em:http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14930 . Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14930A Planície Costeira Bragantina, com uma área aproximada de 1.570 Km2 está localizada na Bacia Costeira Cretácea de Bragança-Viseu (NE do Pará). A arquitetura da bacia e sua paleotopografia, associada a movimentações tectônicas recentes tem controlado a distribuição e a espessura dos depósitos terciários e quaternários. Esta planície costeira constitui um sistema deposicional denominado por macromaré (6m), desenvolvido sob condições de um clima equatorial quente e úmido, com uma estação chuvosa e outra seca bem definidas e precipitação média anual equivalente a 3.000 mm. A geomorfologia da área é compartimentada em três padrões morfológicos: (1) planície aluvial, com canal fluvial, levees e planície de inundação; (2) planície estuarina, com canal estuarino compartimentado em funil estuarino, segmento retilíneo e meandrante e canal de curso superior, córregos de marés e planície de inundação e; (3) planície costeira, com ambientes de pântano salino (interno e externo), planície de maré (manguezais de supramaré, intermaré e planície arenosa com baixios de marés), chenier, dunas costeiras e praias. O estudo da morfoestratigrafia permitiu a caracterização de 11 unidades morfoestratigráficas: (1) planície de inundação, (2) levees, (3) barra de canal, (4) manguezal de supramaré, (5) pântano salino, (6) manguezal de intermaré, (7) planície arenosa, (8) barra em pontal, (9) dunas costeiras, (10) chenier e (11) praias e 4 fácies estratigráficos: (1) areia fluvial, (2) areia e lama marinha/estuarina, (3) areia e lama com estratificação heterolítica e (4) areia lamosa mosqueada. A análise estratigráfica permitiu a individualização de três seqüências estratigráficas: (1) marinha transgressiva basal (S1), com ambientes fluvial, pantanoso e fase praial (“shoreface”); (2) marinha regressiva (S2), com ambientes fluvial, planície de maré, chenier e pântano salino e; (3) marinha transgressiva atual (S3) com ambiente estuarino e litorâneo. A evolução desse sistema deposicional na Planície Costeira Bragantina está associada às oscilações do nível do mar durante o Holoceno Superior. No máximo da tansgressão holocênica (6.000 anos A.P.), uma elevação do nível do mar invadiu as áreas costeiras, erodindo o Planalto Costeiro (Grupo Barreiras). Após este evento, ocorreu a progradação da planície lamosa, sob condições regressivas ou do nível de mar estável, sobre o lençol arenoso transgressivo basal. Portanto, períodos erosivos, provavelmente, relacionados a rápidas subidas do nível do mar ou a mudanças climáticas, afetaram a descarga dos rios, permitindo a formação de cheniers. Atualmente, novos depósitos arenosos migram sobre a planície lamosa.The Bragantina Coastal Plain, with an approximate area of 1,570 Km2, is located in the Cretaceous Coastal Basin of Bragança-Viseu (NE of Pará). The architecture of the basin and its paleotopography, associated with recent tectonic movements, have controlled the distribution and thickness of tertiary and quaternary deposits. This coastal plain is a depositional system called macrotidal (6m), developed under conditions of a hot and humid equatorial climate, with a well-defined rainy and dry season and an average annual precipitation equivalent to 3,000 mm. The geomorphology of the area is compartmentalized into three morphological patterns: (1) alluvial plain, with fluvial channel, levees and floodplain; (2) estuarine plain, with estuarine channel compartmentalized in estuarine funnel, straight and meandering segment and upper course channel, tidal streams and floodplain; (3) coastal plain, with saline marsh environments (internal and external), tidal plain (supratidal, intertidal and sandy plain with tidal flats), chenier, coastal dunes and beaches. The study of morphostratigraphy allowed the characterization of 11 morphostratigraphic units: (1) floodplain, (2) levees, (3) channel bar, (4) supratidal mangrove, (5) saline marsh, (6) intertidal mangrove , (7) sandy plain, (8) bar in point, (9) coastal dunes, (10) chenier and (11) beaches and 4 stratigraphic facies: (1) river sand, (2) marine/estuarine sand and mud, (3) sand and mud with heterolithic bedding and (4) mottled muddy sand. The stratigraphic analysis allowed the individualization of three stratigraphic sequences: (1) basal transgressive marine (S1), with fluvial, marshy and shoreface environments; (2) regressive marine (S2), with fluvial, tidal flat, chenier and saline marsh environments and; (3) current transgressive marine (S3) with estuarine and coastal environment. The evolution of this depositional system in the Bragantina Coastal Plain is associated with the sea level oscillations during the Late Holocene. At the height of the Holocene transgression (6,000 years B.P.), a rise in sea level invaded coastal areas, eroding the Coastal Plateau (Barreiras Group). After this event, the muddy plain prograded, under regressive or stable sea level conditions, on the basal transgressive sandy sheet. Therefore, erosive periods, probably related to rapid sea level rises or climate change, affected the discharge of rivers, allowing the formation of cheniers. Currently, new sandy deposits are migrating over the muddy plain.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAGEOLOGIA MARINHA E COSTEIRAGEOLOGIANível do marGeologia-Período QuaternárioGeologia-Regiões Costeiras-Bragança (PA)A Planície Costeira Bragantina (NE do Pará): influência das variações do nível do mar na morfoestratigrafia costeira durante o holocenoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEL-ROBRINI, Maâmarhttp://lattes.cnpq.br/5707365981163429http://lattes.cnpq.br/3282736820907252SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins eCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14930/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14930/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD53ORIGINALDissertacao_PlanicieCosteiraBragantina.pdfDissertacao_PlanicieCosteiraBragantina.pdfapplication/pdf120786786http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14930/1/Dissertacao_PlanicieCosteiraBragantina.pdfc0f155e9a907c99779189d521cab4a6aMD512011/149302022-11-03 11:32:06.491oai:repositorio.ufpa.br:2011/14930TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232022-11-03T14:32:06Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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