Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FERREIRA, Iêda de Oliveira
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823
Resumo: As ocorrências de cristal de rocha da região de Xambioá, localizada na porção setentrional do Cinturão Araguaia, estão associadas principalmente a quartzitos da base da Formação Morro do Campo e a micaxistos da Formação Xambioá, ambas do Grupo Estrondo, do Proterozóico Superior. O cristal de rocha ocorre sobretudo na forma de bolsões irregulares e distribuídos aleatoriamente dentro de veios de quartzo leitoso a translúcido acinzentado. O veio a cristal de rocha do Garimpo da Lagoa ocorre encaixado em biotita — xistos da Formação Xambioá, apresenta direção geral submeridiana com espessura de até 5 m. O estudo petrográfico e microtermométrico deste veio revelou a presença de dois tipos de fluidos: 1) fluido aquo — carbônico supersaturado em inclusões pseudo — secundárias, contendo até 4 fases sólidas e 2) fluido aquoso de salinidade muito baixa a elevada. em inclusões secundárias, As IF aquo — carbônicas contêm CO, quase puro, com traços de N; fato provavelmente decorrente da presença na região de rochas carbonáticas e de xistos grafitosos,. A grande maioria das IF sofreu crepitação antes de atingir a Th. Mesmo assim, a temperatura mínima de aprisionamento nas IF foi estimada em 550 a 600º C. Estes fluidos seriam basicamente de origem metamórfica profunda mostrando, no entanto, uma forte contribuição de solução de origem magmática. Os fluidos aquosos foram encontrados em IF trifásicas (supersaturadas), bifásicas e monofásicas. As soluções contidas nas IF trifásicas revelaram uma salinidade de 30 a 40 % em peso de NaCl e uma temperatura mínima de aprisionamento entre + 182 e + 321º C. Teriam sido injetadas após os fluidos aquo - carbônicos e seriam de origem essencialmente magmática. Referente aos fluidos contidos nas IF aquosas bifásicas, estes foram divididos em soluções de salinidade baixa (1,23 a 11,81% em peso de NaCl) e temperatura mínima de aprisionamento entre + 123,8 e + 150,9, e soluções de salinidade elevada, elas mesmas sub-divididas em duas categorias (a) e (b) principalmente com base em sua morfologia. O tipo (a) revelou uma salinidade de cerca de 23% em peso de NaCl e temperatura mínima de aprisionamento entre +130 e 210ºC com maior fregiiência em + 160%, enquanto que o tipo (b) indicou uma salinidade de 20 a 25% em peso de NaCl e uma temperatura mínima de aprisionamento entre + 65 e + 114,5º C, com maior fregiência em + TOC. Os fluidos contidos nas IF monofásicas apresentaram uma salinidade de 1.91% a 18.22% em peso de NaCl. As soluções retidas nas IF bifásicas e monofásicas representariam injeções tardias de fluídos hidrotermais de origem magmática em processo de resfriamento, mostrando modificações composicionais de acordo com a importância da contribuição de águas mais superficiais (meteóricas, conatas, etc.) Durante a fase final da evolução do Cinturão Araguaia, em regime predominantemente distensivo, foram, de início, injetados fluidos aquo — carbônicas formando-se, nesta primeira etapa, um veio de quartzo hialino, pobre em TF. Posteriormente, na ocasião de múltiplas fases de fraturamento e fissuramento do veio, foram injetados soluções aquosas mostrando uma diminuição da temperatura e, de modo menos sistemático e menos acentuado, da salinidade. Essas diversas injeções tardias contribuíram de maneira variável à transformação do quartzo hialino original em quartzo translúcido ou leitoso. Apenas bolsões poupados por estas manifestações hidrotermais tardias permaneceram na forma de cristal de rocha. O cristal de rocha, principalmente na forma de lascas de terceira, é aproveitado como matéria prima para a fabricação do cristal sintético. Cristal em “ponta” e na forma de lascas de primeira é aproveitado no artesanato mineral para fabricação de peças de adorno, bolas, chaveiros e pedras lapidadas. O cristal de rocha é exportado principalmente para Belo Horizonte, Sete Lagoas, Governador Valadares, onde são compradas pedras já lapidadas, bem como para São Paulo e Rio de Janeiro, onde são comercializados cristais no seu estado bruto.
id UFPA_fade12a67f7547f27703664b72f0fb4d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/11823
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2019-09-24T12:02:51Z2019-09-24T12:02:51Z2000-08-31FERREIRA, Iêda de Oliveira. Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO. Orientador: Basile Kotschoubey.2000. 86 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823As ocorrências de cristal de rocha da região de Xambioá, localizada na porção setentrional do Cinturão Araguaia, estão associadas principalmente a quartzitos da base da Formação Morro do Campo e a micaxistos da Formação Xambioá, ambas do Grupo Estrondo, do Proterozóico Superior. O cristal de rocha ocorre sobretudo na forma de bolsões irregulares e distribuídos aleatoriamente dentro de veios de quartzo leitoso a translúcido acinzentado. O veio a cristal de rocha do Garimpo da Lagoa ocorre encaixado em biotita — xistos da Formação Xambioá, apresenta direção geral submeridiana com espessura de até 5 m. O estudo petrográfico e microtermométrico deste veio revelou a presença de dois tipos de fluidos: 1) fluido aquo — carbônico supersaturado em inclusões pseudo — secundárias, contendo até 4 fases sólidas e 2) fluido aquoso de salinidade muito baixa a elevada. em inclusões secundárias, As IF aquo — carbônicas contêm CO, quase puro, com traços de N; fato provavelmente decorrente da presença na região de rochas carbonáticas e de xistos grafitosos,. A grande maioria das IF sofreu crepitação antes de atingir a Th. Mesmo assim, a temperatura mínima de aprisionamento nas IF foi estimada em 550 a 600º C. Estes fluidos seriam basicamente de origem metamórfica profunda mostrando, no entanto, uma forte contribuição de solução de origem magmática. Os fluidos aquosos foram encontrados em IF trifásicas (supersaturadas), bifásicas e monofásicas. As soluções contidas nas IF trifásicas revelaram uma salinidade de 30 a 40 % em peso de NaCl e uma temperatura mínima de aprisionamento entre + 182 e + 321º C. Teriam sido injetadas após os fluidos aquo - carbônicos e seriam de origem essencialmente magmática. Referente aos fluidos contidos nas IF aquosas bifásicas, estes foram divididos em soluções de salinidade baixa (1,23 a 11,81% em peso de NaCl) e temperatura mínima de aprisionamento entre + 123,8 e + 150,9, e soluções de salinidade elevada, elas mesmas sub-divididas em duas categorias (a) e (b) principalmente com base em sua morfologia. O tipo (a) revelou uma salinidade de cerca de 23% em peso de NaCl e temperatura mínima de aprisionamento entre +130 e 210ºC com maior fregiiência em + 160%, enquanto que o tipo (b) indicou uma salinidade de 20 a 25% em peso de NaCl e uma temperatura mínima de aprisionamento entre + 65 e + 114,5º C, com maior fregiência em + TOC. Os fluidos contidos nas IF monofásicas apresentaram uma salinidade de 1.91% a 18.22% em peso de NaCl. As soluções retidas nas IF bifásicas e monofásicas representariam injeções tardias de fluídos hidrotermais de origem magmática em processo de resfriamento, mostrando modificações composicionais de acordo com a importância da contribuição de águas mais superficiais (meteóricas, conatas, etc.) Durante a fase final da evolução do Cinturão Araguaia, em regime predominantemente distensivo, foram, de início, injetados fluidos aquo — carbônicas formando-se, nesta primeira etapa, um veio de quartzo hialino, pobre em TF. Posteriormente, na ocasião de múltiplas fases de fraturamento e fissuramento do veio, foram injetados soluções aquosas mostrando uma diminuição da temperatura e, de modo menos sistemático e menos acentuado, da salinidade. Essas diversas injeções tardias contribuíram de maneira variável à transformação do quartzo hialino original em quartzo translúcido ou leitoso. Apenas bolsões poupados por estas manifestações hidrotermais tardias permaneceram na forma de cristal de rocha. O cristal de rocha, principalmente na forma de lascas de terceira, é aproveitado como matéria prima para a fabricação do cristal sintético. Cristal em “ponta” e na forma de lascas de primeira é aproveitado no artesanato mineral para fabricação de peças de adorno, bolas, chaveiros e pedras lapidadas. O cristal de rocha é exportado principalmente para Belo Horizonte, Sete Lagoas, Governador Valadares, onde são compradas pedras já lapidadas, bem como para São Paulo e Rio de Janeiro, onde são comercializados cristais no seu estado bruto.The crystal rock occurrences from Xambioá region, situated in the northem part of the Araguaia Belt, are associated with quartzites of the base of the Morro do Campo Formation and schists of the Xambioá Formation, both of the Upper Proterozoic Estrondo Group. The crystal rock occurs mainly as irregular pockets within milky to grayish translucent quartz veins. The “Garimpo da Lagoa” crystal rock vein is hosted by biotite - schists of the Xambioá Formation, displays a general sub-meridian direction and is up to 5 m thick. Petrography and microthermometry of vein samples revealed the presence of two distinct fluids types: 1) oversaturated aqua - carbonic fluids in pseudo - secondary inclusions, containing up to 4 solid phases and 2) aqueous fluids of low to high salinity in secondary inclusions. The aqua — carbonic fluid inclusions contain almost pure CO», with traces of N; due probably due to the presence of carbonatic rocks and graphite in the area. Most fluid inclusions underwent crepitation before they reached Th. Even so, the minimum trapping temperature for these fluids was estimated in 550 to 600º C. It is believed that fluids are basically of deep metamorphic origin, though they also show significant contribution of magma derived solutions. The aqueous fluids were found in three-phase oversaturated, two-phase and monophase inclusions. The solutions contained in the three-phase inclusions revealed a salinity from 30 to 40% in weight of NaCl and a minimum trapping temperature between + 182 and + 321ºC. K is believed that these fluids were injected after the aqua — carbonic ones and were essentially of magmatic origin. Concemning the fluids contained in the two-phase inclusions, were distinguished solutions of low salinity (1,23 to 11,81% in weight of NaCl) and a minimum trapping temperature from + 123,8 to + 150,9ºC, and solutions of high salinity, sub-divided in two categories (a) and (b), mainly based on their morphology. The (a) type revealed a salinity of about 23% in weight of NaCl and a minimum trapping temperature between +130 and 210%, more frequently at + 160ºC, while the (b) type indicated a salinity ffom 20 to 25% in weight of NaCl and a minimum trapping temperature from + 65 to + 114,Sth C, more frequently at + 70ºC. The fluids contained in the monophase inclusions displayed a salinity of 1.91% to 18.22% in weight of NaCl. The solutions trapped in two-phase and monophase inclusions would represent late injections of hydrothermal fluids of magmatic origin, which underwent progressive cooling and composition modifications in agreement with the importance of the contribution of more superficial (meteoric, conate, etc.) waters. During the final phase of the Araguaia Belt evolution, in predominantly distensive conditions, at first aqua — carbonic fluids were injected, that resulted, in formation of a hyaline quartz vein, poor in fluid inclusions. Later on, the vein suffered multiple fracturing phases and aqueous solutions were injected showing a progressive lowering of the temperature and, in a less systematic and less regular way, of the salinity. These late injections were responsible in variable degree for the transformation of the original hyaline quartz into translucent or milky quartz. Pockets which were not affected by these late hydrothermal displays remained as crystal rock. Crystal rock, mainly as third quality chips is used as raw material for production of synthetic crystal. Prismatic, well developped quartz crystals and first quality chips are used in mineral craft for production of adornment pieces, balls, key rings and cut stones. Crystal rock is mainly exported to Belo Horizonte, Sete Lagoas, Governador Valadares, where already cut stones are commercialized , and to São Paulo and Rio de Janeiro, where raw crystals are mainly appreciated.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASGEOQUÍMICA E PETROLOGIAGeologiaXambioá - TORochasGeologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisKOTSCHOUBEY, Basilehttp://lattes.cnpq.br/0096549701457340http://lattes.cnpq.br/5460744557575293FERREIRA, Iêda de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdfDissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdfapplication/pdf37262548http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/1/Dissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdf57ac6ca9108455eaf9921856ebe751b0MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/5/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD55TEXTDissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdf.txtDissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdf.txtExtracted texttext/plain96http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/6/Dissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdf.txt03b46578e1ba903ccacb696fcdcb7917MD562011/118232019-09-25 02:27:46.534oai:repositorio.ufpa.br:2011/11823TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-09-25T05:27:46Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
title Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
spellingShingle Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
FERREIRA, Iêda de Oliveira
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
Geologia
Xambioá - TO
Rochas
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
title_short Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
title_full Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
title_fullStr Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
title_full_unstemmed Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
title_sort Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO.
author FERREIRA, Iêda de Oliveira
author_facet FERREIRA, Iêda de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv KOTSCHOUBEY, Basile
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0096549701457340
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5460744557575293
dc.contributor.author.fl_str_mv FERREIRA, Iêda de Oliveira
contributor_str_mv KOTSCHOUBEY, Basile
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
Geologia
Xambioá - TO
Rochas
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
dc.subject.por.fl_str_mv Geologia
Xambioá - TO
Rochas
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
description As ocorrências de cristal de rocha da região de Xambioá, localizada na porção setentrional do Cinturão Araguaia, estão associadas principalmente a quartzitos da base da Formação Morro do Campo e a micaxistos da Formação Xambioá, ambas do Grupo Estrondo, do Proterozóico Superior. O cristal de rocha ocorre sobretudo na forma de bolsões irregulares e distribuídos aleatoriamente dentro de veios de quartzo leitoso a translúcido acinzentado. O veio a cristal de rocha do Garimpo da Lagoa ocorre encaixado em biotita — xistos da Formação Xambioá, apresenta direção geral submeridiana com espessura de até 5 m. O estudo petrográfico e microtermométrico deste veio revelou a presença de dois tipos de fluidos: 1) fluido aquo — carbônico supersaturado em inclusões pseudo — secundárias, contendo até 4 fases sólidas e 2) fluido aquoso de salinidade muito baixa a elevada. em inclusões secundárias, As IF aquo — carbônicas contêm CO, quase puro, com traços de N; fato provavelmente decorrente da presença na região de rochas carbonáticas e de xistos grafitosos,. A grande maioria das IF sofreu crepitação antes de atingir a Th. Mesmo assim, a temperatura mínima de aprisionamento nas IF foi estimada em 550 a 600º C. Estes fluidos seriam basicamente de origem metamórfica profunda mostrando, no entanto, uma forte contribuição de solução de origem magmática. Os fluidos aquosos foram encontrados em IF trifásicas (supersaturadas), bifásicas e monofásicas. As soluções contidas nas IF trifásicas revelaram uma salinidade de 30 a 40 % em peso de NaCl e uma temperatura mínima de aprisionamento entre + 182 e + 321º C. Teriam sido injetadas após os fluidos aquo - carbônicos e seriam de origem essencialmente magmática. Referente aos fluidos contidos nas IF aquosas bifásicas, estes foram divididos em soluções de salinidade baixa (1,23 a 11,81% em peso de NaCl) e temperatura mínima de aprisionamento entre + 123,8 e + 150,9, e soluções de salinidade elevada, elas mesmas sub-divididas em duas categorias (a) e (b) principalmente com base em sua morfologia. O tipo (a) revelou uma salinidade de cerca de 23% em peso de NaCl e temperatura mínima de aprisionamento entre +130 e 210ºC com maior fregiiência em + 160%, enquanto que o tipo (b) indicou uma salinidade de 20 a 25% em peso de NaCl e uma temperatura mínima de aprisionamento entre + 65 e + 114,5º C, com maior fregiência em + TOC. Os fluidos contidos nas IF monofásicas apresentaram uma salinidade de 1.91% a 18.22% em peso de NaCl. As soluções retidas nas IF bifásicas e monofásicas representariam injeções tardias de fluídos hidrotermais de origem magmática em processo de resfriamento, mostrando modificações composicionais de acordo com a importância da contribuição de águas mais superficiais (meteóricas, conatas, etc.) Durante a fase final da evolução do Cinturão Araguaia, em regime predominantemente distensivo, foram, de início, injetados fluidos aquo — carbônicas formando-se, nesta primeira etapa, um veio de quartzo hialino, pobre em TF. Posteriormente, na ocasião de múltiplas fases de fraturamento e fissuramento do veio, foram injetados soluções aquosas mostrando uma diminuição da temperatura e, de modo menos sistemático e menos acentuado, da salinidade. Essas diversas injeções tardias contribuíram de maneira variável à transformação do quartzo hialino original em quartzo translúcido ou leitoso. Apenas bolsões poupados por estas manifestações hidrotermais tardias permaneceram na forma de cristal de rocha. O cristal de rocha, principalmente na forma de lascas de terceira, é aproveitado como matéria prima para a fabricação do cristal sintético. Cristal em “ponta” e na forma de lascas de primeira é aproveitado no artesanato mineral para fabricação de peças de adorno, bolas, chaveiros e pedras lapidadas. O cristal de rocha é exportado principalmente para Belo Horizonte, Sete Lagoas, Governador Valadares, onde são compradas pedras já lapidadas, bem como para São Paulo e Rio de Janeiro, onde são comercializados cristais no seu estado bruto.
publishDate 2000
dc.date.issued.fl_str_mv 2000-08-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-24T12:02:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-24T12:02:51Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FERREIRA, Iêda de Oliveira. Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO. Orientador: Basile Kotschoubey.2000. 86 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823
identifier_str_mv FERREIRA, Iêda de Oliveira. Geologia e gênese do veio de cristal de rocha do Garimpo da Lagoa, Xambioá – TO. Orientador: Basile Kotschoubey.2000. 86 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11823
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/1/Dissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11823/6/Dissertacao_GeologiaGeneseVeio.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 57ac6ca9108455eaf9921856ebe751b0
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
9d4d300cff78e8f375d89aab37134138
03b46578e1ba903ccacb696fcdcb7917
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771985663950848