A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosendo, Beatriz Oliveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26278
Resumo: A maior parte das obras de Edgar Allan Poe, senão todas, são constituídas por narradores intrigantes, sempre envolvidos em mistérios, mortes, crimes e confissões que, no decorrer das histórias, demonstram a escrita milimetricamente pensada de seu criador. Em suas narrativas, o autor revela uma atmosfera de suspense permeada de ambiguidades, nas quais o leitor é inserido e convidado a participar de um jogo enunciativo, comandado pelo narrador, que surge com a finalidade de ludibriá-lo e fazê-lo questionar sobre a veracidade dos “fatos” expostos. As estratégias discursivas são uma das características fundamentais dos escritos de Allan Poe, bem como os seus “narradores não confiáveis” que podem apresentar perturbações mentais e, em alguns de seus contos, sofrem com oscilações de humor, passando a ter atitudes agressivas e imprevisíveis. O conjunto da obra de Poe já foi investigado em diferentes perspectivas; neste trabalho, analisamos a categoria do narrador, levando em consideração o desequilíbrio e a perversidade como elementos responsáveis por suas ações, a fim de demonstrar como a literatura pode espelhar, em menor ou maior grau, a condição dos indivíduos na ficção. Encontramos em “O Barril de Amontillado”, na figura de Montresor, e em “O Dêmonio da Perversidade”, cujo narrador-protagonista não é nomeado, o perverso. Assim, apresentamos reflexões acerca do medo, do mal e dos monstros a fim de expor como essas discussões elucidaram o entendimento sobre o elemento da perversidade no enredo a partir dos narradores, e sobretudo, como a análise da retórica dos protagonistas pôde exibir suas “verdadeiras faces”. Partimos dos seguintes questionamentos: os narradores se enquadrariam como perversos? Qual é o papel da retórica para exposição perversa dos protagonistas? Para tanto, selecionamos os contos “O Demônio da Perversidade” (1845) e “O Barril de Amontillado” (1846), de Edgar Allan Poe, definimos os narradores em primeira pessoa como uma figura pontual na narrativa que configura por meio de seus feitos a perversidade presente nos contos. Para dar suporte à análise, são usados os textos de Arthur Hobson Quinn (1969) e Marie Bonaparte (1958); para a discussão da biografia mais fortuna crítica e discussão teórica, nos apoiaremos em Jean Delumeau (2009); para tratar do medo, Agostinho (1986); para refletir a temática do mal, algumas considerações de Gérard Genette (1972), Ligia Chiappini (1994) e Wayne Booth (1980); para discutir sobre o narrador, outros teóricos que foram indispensáveis para compreender as outras perspectivas que este trabalho aborda. Por fim, apresentamos uma análise correspondente à retórica do narrador e à configuração da perversidade, nos dois contos, comprovando assim que, de acordo com os critérios apontados Montresor e o narrador não nomeado, representa sim um típico perverso.
id UFPB-2_cd52ca648599fbf0aa72c98440c0fd35
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpb.br:123456789/26278
network_acronym_str UFPB-2
network_name_str Repositório Institucional da UFPB
repository_id_str
spelling 2023-02-13T16:21:31Z2023-12-212023-02-13T16:21:31Z2022-08-31https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26278A maior parte das obras de Edgar Allan Poe, senão todas, são constituídas por narradores intrigantes, sempre envolvidos em mistérios, mortes, crimes e confissões que, no decorrer das histórias, demonstram a escrita milimetricamente pensada de seu criador. Em suas narrativas, o autor revela uma atmosfera de suspense permeada de ambiguidades, nas quais o leitor é inserido e convidado a participar de um jogo enunciativo, comandado pelo narrador, que surge com a finalidade de ludibriá-lo e fazê-lo questionar sobre a veracidade dos “fatos” expostos. As estratégias discursivas são uma das características fundamentais dos escritos de Allan Poe, bem como os seus “narradores não confiáveis” que podem apresentar perturbações mentais e, em alguns de seus contos, sofrem com oscilações de humor, passando a ter atitudes agressivas e imprevisíveis. O conjunto da obra de Poe já foi investigado em diferentes perspectivas; neste trabalho, analisamos a categoria do narrador, levando em consideração o desequilíbrio e a perversidade como elementos responsáveis por suas ações, a fim de demonstrar como a literatura pode espelhar, em menor ou maior grau, a condição dos indivíduos na ficção. Encontramos em “O Barril de Amontillado”, na figura de Montresor, e em “O Dêmonio da Perversidade”, cujo narrador-protagonista não é nomeado, o perverso. Assim, apresentamos reflexões acerca do medo, do mal e dos monstros a fim de expor como essas discussões elucidaram o entendimento sobre o elemento da perversidade no enredo a partir dos narradores, e sobretudo, como a análise da retórica dos protagonistas pôde exibir suas “verdadeiras faces”. Partimos dos seguintes questionamentos: os narradores se enquadrariam como perversos? Qual é o papel da retórica para exposição perversa dos protagonistas? Para tanto, selecionamos os contos “O Demônio da Perversidade” (1845) e “O Barril de Amontillado” (1846), de Edgar Allan Poe, definimos os narradores em primeira pessoa como uma figura pontual na narrativa que configura por meio de seus feitos a perversidade presente nos contos. Para dar suporte à análise, são usados os textos de Arthur Hobson Quinn (1969) e Marie Bonaparte (1958); para a discussão da biografia mais fortuna crítica e discussão teórica, nos apoiaremos em Jean Delumeau (2009); para tratar do medo, Agostinho (1986); para refletir a temática do mal, algumas considerações de Gérard Genette (1972), Ligia Chiappini (1994) e Wayne Booth (1980); para discutir sobre o narrador, outros teóricos que foram indispensáveis para compreender as outras perspectivas que este trabalho aborda. Por fim, apresentamos uma análise correspondente à retórica do narrador e à configuração da perversidade, nos dois contos, comprovando assim que, de acordo com os critérios apontados Montresor e o narrador não nomeado, representa sim um típico perverso.The majority of Edgar Allan Poe’s works, if not all, consist of intriguing narrators, always involved in mysteries, deaths, crimes and confessions that, in the course of the histories, express the deeply thought writing of its creator. In his narratives, the author reveals a thriller atmosphere permeated by ambiguities in which the reader is inserted and invited to participate in a declarative game, guided by the narrator, that arises with the purpose of misleading and making him question the authenticity of the exposed “facts”. The discursive strategies are one of the fundamental characteristics of Allan Poe’s writings, as well as his “unreliable narrators” that can show mental disorders and, in some of his tales, suffer with mood swings, becoming aggressive and unpredictable. Poe’s entire work has been investigated under different perspectives, in this study we analyzed the narrator’s category, considering imbalance and perversity as the elements responsible for his actions, in order to demonstrate how literature can copy, in greater or lower degree, the condition of individuals in fiction. Therefore, we present reflections about fear, evil and monster in order to expose how this discussions clarified the understanding about the element of perversity in the plot, from the narrators above all, how the rhetoric analysis of the protagonists could show its “true faces”. We start from the following questioning: What is the rhetoric paper in the wicked exposition of the protagonists? For this purpose we selected Poe’s tales “The Imp of The Perverse” (1845) and “The Cask of Amontillado” (1846), defined the narrators, in first person, as a specific figure in the narrative that configures, by its actions, the perversity present in the tales. To support the analysis we selected Arthur Hobson Quinn’s (1969) and Marie Bonaparte’s (1958) texts to discuss the critical biography, the theoretical discussion will be supported by Jean Delumeau (2009) to address the fear, Agostinho (1986) to reflect the topic of evil, some considerations from Gérard Genette (1972), Ligia Chiappini (1994) and Wayne Booth (1980) to discuss about the narrator, among other theorists that were essential to understand the other perspectives this work addresses. Finally, we present an analysis corresponding to the narrators rhetoric and the configuration of the perversity in both tales, proving, therefore, that according to the noted criteria, the narrators’ rhetoric is crucial to build the perverse profiles of Montresor and the unnamed narrator, along the narrative.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-02-09T12:52:41Z No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf: 1025481 bytes, checksum: 0df058d25454a8f68337e012612219c9 (MD5) BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf: 2119 bytes, checksum: ffc01b71ce7c7bbdf54a000e9df09862 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD (bdtd@biblioteca.ufpb.br) on 2023-02-13T16:21:31Z (GMT) No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf: 1025481 bytes, checksum: 0df058d25454a8f68337e012612219c9 (MD5) BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf: 2119 bytes, checksum: ffc01b71ce7c7bbdf54a000e9df09862 (MD5)Made available in DSpace on 2023-02-13T16:21:31Z (GMT). No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf: 1025481 bytes, checksum: 0df058d25454a8f68337e012612219c9 (MD5) BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf: 2119 bytes, checksum: ffc01b71ce7c7bbdf54a000e9df09862 (MD5) Previous issue date: 2022-08-31NenhumaporUniversidade Federal da ParaíbaPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFPBBrasilLetrasAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASEdgar Allan PoeNarradorPerversidadeNarratorPerversityA retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSantos, Luciane Alveshttp://lattes.cnpq.br/429872374182945705135673482http://lattes.cnpq.br/3784074593584908Rosendo, Beatriz Oliveirareponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTBeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf.txtBeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf.txtExtracted texttext/plain163264https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/5/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf.txt38884f00422735ac9470eeb44edc38baMD55BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf.txtBeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf.txtExtracted texttext/plain749https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/6/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf.txtc8414c0e80a22c8fc03a740fd8b2cefcMD56LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/4/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/3/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD53ORIGINALBeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdfBeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdfapplication/pdf1025481https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/1/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf0df058d25454a8f68337e012612219c9MD51BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdfBeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdfapplication/pdf2119https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/2/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdfffc01b71ce7c7bbdf54a000e9df09862MD52123456789/262782023-05-22 12:54:24.486QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
title A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
spellingShingle A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
Rosendo, Beatriz Oliveira
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Edgar Allan Poe
Narrador
Perversidade
Narrator
Perversity
title_short A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
title_full A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
title_fullStr A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
title_full_unstemmed A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
title_sort A retórica do narrador em “O barril de amontilla” e “O demônio da perversidade”, de Edgar Allan Poe: uma fantástica configuração da perversidade
author Rosendo, Beatriz Oliveira
author_facet Rosendo, Beatriz Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santos, Luciane Alves
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4298723741829457
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 05135673482
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3784074593584908
dc.contributor.author.fl_str_mv Rosendo, Beatriz Oliveira
contributor_str_mv Santos, Luciane Alves
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Edgar Allan Poe
Narrador
Perversidade
Narrator
Perversity
dc.subject.por.fl_str_mv Edgar Allan Poe
Narrador
Perversidade
Narrator
Perversity
description A maior parte das obras de Edgar Allan Poe, senão todas, são constituídas por narradores intrigantes, sempre envolvidos em mistérios, mortes, crimes e confissões que, no decorrer das histórias, demonstram a escrita milimetricamente pensada de seu criador. Em suas narrativas, o autor revela uma atmosfera de suspense permeada de ambiguidades, nas quais o leitor é inserido e convidado a participar de um jogo enunciativo, comandado pelo narrador, que surge com a finalidade de ludibriá-lo e fazê-lo questionar sobre a veracidade dos “fatos” expostos. As estratégias discursivas são uma das características fundamentais dos escritos de Allan Poe, bem como os seus “narradores não confiáveis” que podem apresentar perturbações mentais e, em alguns de seus contos, sofrem com oscilações de humor, passando a ter atitudes agressivas e imprevisíveis. O conjunto da obra de Poe já foi investigado em diferentes perspectivas; neste trabalho, analisamos a categoria do narrador, levando em consideração o desequilíbrio e a perversidade como elementos responsáveis por suas ações, a fim de demonstrar como a literatura pode espelhar, em menor ou maior grau, a condição dos indivíduos na ficção. Encontramos em “O Barril de Amontillado”, na figura de Montresor, e em “O Dêmonio da Perversidade”, cujo narrador-protagonista não é nomeado, o perverso. Assim, apresentamos reflexões acerca do medo, do mal e dos monstros a fim de expor como essas discussões elucidaram o entendimento sobre o elemento da perversidade no enredo a partir dos narradores, e sobretudo, como a análise da retórica dos protagonistas pôde exibir suas “verdadeiras faces”. Partimos dos seguintes questionamentos: os narradores se enquadrariam como perversos? Qual é o papel da retórica para exposição perversa dos protagonistas? Para tanto, selecionamos os contos “O Demônio da Perversidade” (1845) e “O Barril de Amontillado” (1846), de Edgar Allan Poe, definimos os narradores em primeira pessoa como uma figura pontual na narrativa que configura por meio de seus feitos a perversidade presente nos contos. Para dar suporte à análise, são usados os textos de Arthur Hobson Quinn (1969) e Marie Bonaparte (1958); para a discussão da biografia mais fortuna crítica e discussão teórica, nos apoiaremos em Jean Delumeau (2009); para tratar do medo, Agostinho (1986); para refletir a temática do mal, algumas considerações de Gérard Genette (1972), Ligia Chiappini (1994) e Wayne Booth (1980); para discutir sobre o narrador, outros teóricos que foram indispensáveis para compreender as outras perspectivas que este trabalho aborda. Por fim, apresentamos uma análise correspondente à retórica do narrador e à configuração da perversidade, nos dois contos, comprovando assim que, de acordo com os critérios apontados Montresor e o narrador não nomeado, representa sim um típico perverso.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-08-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-02-13T16:21:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-12-21
2023-02-13T16:21:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26278
url https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26278
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPB
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPB
instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron:UFPB
instname_str Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron_str UFPB
institution UFPB
reponame_str Repositório Institucional da UFPB
collection Repositório Institucional da UFPB
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/5/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/6/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/4/license.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/3/license_rdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/1/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert.pdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26278/2/BeatrizOliveiraRosendo_Dissert_Ficha_SIGAA.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 38884f00422735ac9470eeb44edc38ba
c8414c0e80a22c8fc03a740fd8b2cefc
e20ac18e101915e6935b82a641b985c0
c4c98de35c20c53220c07884f4def27c
0df058d25454a8f68337e012612219c9
ffc01b71ce7c7bbdf54a000e9df09862
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777562282938597376