Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Fibromialgia em um Hospital Universitário da Paraíba

• Autor(a) principal: Passos, Jordanne Duarte
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/23222
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Fibromialgia; Dor crônica; Dor musculoesquelética; Doenças reumáticas; Fatores socioeconômicos

Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com fibromialgia (FM) em acompanhamento no ambulatório de reumatologia de um hospital terciário. Métodos: Estudo observacional, transversal, quali-quantitativo. A coleta de dados foi realizada através de ficha clínica durante entrevista presencial e análise dos prontuários médicos. O Teste de Correlação de Spearman foi utilizado para as variáveis numéricas, e o teste qui-quadrado para variáveis categóricas. Valores de p < 0,05 foram considerados com significância estatística. Resultados e discussão: A amostra estudada foi composta por 84 pacientes, predominantemente sexo feminino (98,80%), com idade média no momento da entrevista de 47 anos, sendo 92,77% dos pacientes com idade acima de 40 anos. Os dados de escolaridade, renda familiar média e situação profissional dos pacientes entrevistados foram compatíveis com a realidade brasileira e regional (Nordeste). 69,22% dos entrevistados relataram que a dor iniciou há mais de 5 anos, demonstrando a característica de cronicidade da dor generalizada na FM. A média do Índice de Dor Generalizada (IDG) foi de 11,88, com moda de 17 e mediana de 12,62. Os dados da Escala de Gravidade dos Sintomas (EGS) demonstraram média de 7,83, com moda de 9 e mediana de 8,32. As principais comorbidades associadas foram a Osteoartrite e a Hipertensão Arterial. Os sintomas mais relatados foram a fadiga, a ansiedade e a cefaleia. Em relação às terapias utilizadas no tratamento da FM, os anticonvulsivantes moduladores do influxo de cálcio foram os fármacos mais prescritos, seguidos dos antidepressivos tricíclicos. As principais terapias não farmacológicas indicadas foram a fisioterapia tradicional, a psicoterapia e a acupuntura. Conclusão: O estudo evidenciou predominância de mulheres, casadas, adultas em meia idade, com baixa escolaridade, desempregadas e renda familiar média entre um e três salários mínimos. A maioria dos entrevistados relatam que a dor iniciou há mais de 5 anos. A média de pontuação no IDG apresenta predomínio de pacientes em nível de dor generalizada acentuado, bem como pontuações na EGS em nível moderado a intenso.