Avaliação da Atividade Antitumoral In Vitro e In Vivo da Nitrofurantoína

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Anne Cecília Nascimento da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10639
Resumo: A maioria dos fármacos utilizados na quimioterapia do câncer não possui especificidade para as células tumorais, e em geral, são tóxicos aos tecidos de rápida proliferação. Esse é o motivo, pelo qual muitos pacientes submetidos à quimioterapia sofrem com alopecia, estomatite, necrose da mucosa do cólon, anorexia, náuseas e vômitos. Dessa forma, uma preocupação constante dos pesquisadores é encontrar um tratamento eficaz, com o mínimo de efeitos colaterais para curar o câncer. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo a avaliação da atividade anticâncer in vitro e in vivo da nitrofurantoína, um antibiótico, derivado do nitrofurano, comumente prescrito para prevenir e tratar infecções do trato urinário. Para isso, foram realizadas as atividades citotóxicas em células tumorais HT-29, MCF-7, HL-60 e NCI-H292 (através do método do brometo de 3-(4,5-dimetiltizol-2-il)-2,5-difeniltetrazolio), viabilidade celular através do azul tripan e análise morfológica. A determinação da atividade antitumoral in vivo foi realizada em camundongos albinos suíços (Mus musculus) frente ao Carcinoma de Ehrlich. A nitrofurantoína apresentou efeitos citotóxicos nas linhagens testadas, com CI50 de 72 horas variando de 0,8 a 7,2 μg/mL frente às células HT-29, MCF-7 e NCIH292; e CI50 de 24 horas frente a células tumorais HL-60 no valor de 5,0 μg/mL. No ensaio de viabilidade por azul de tripan a nitrofurantoína reduziu significativamente o número de células viáveis nas concentrações testadas. A redução foi de 62,1% e 52,7% nas concentrações de 10 e 5 μg/mL, respectivamente. A análise morfológica das alterações celulares avaliada pelo método de coloração Hematoxilina/Eosina revelou características típicas de apoptose (membrana íntegra, condensação da cromatina e desintegração do material nuclear) e necrose (picnose e desintegração citoplasmática). A nitrofurantoína não foi capaz de causar hemólise em eritrócitos de camundongos. Em todas as doses testadas a nitrofurantoína inibiu o crescimento tumoral in vivo de forma significativa em relação ao controle. O tratamento com a nitrofurantoína não provocou alteração sobre a maioria a parâmetros hematológicos estudados em camundongos adultos. Os animais tratados com as diferentes doses não apresentaram alteração no índice do baço, mas houve redução significativa nos índices do fígado e do rim em relação ao grupo controle negativo, porém essa redução foi menor que a provocada pela doxorrubicina, fármaco utilizado na clínica para tratar o câncer. Com base nesses resultados foi possível concluir que a nitrofurantoína possuí potencial citotóxico frente às linhagens de células testadas e significante redução do crescimento do carcinoma de Ehrlich in vivo, podendo representar um protótipo para a síntese de análogos contra o câncer.
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