Lactobacillus acidophilus La-05 microencapsulado em alginato e quitosana: sobrevivência em bebidas lácteas e não lácteas e incorporação em creme de ricota caprino
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Data de Publicação: | 2020 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38813 |
Resumo: | Este trabalho objetivou avaliar a viabilidade de Lactobacillus acidophilus La-05 microencapsulado durante armazenamento refrigerado, sob condições de estresse (temperatura, pH e NaCl) e quando exposto às condições gastrointestinais simuladas em leites caprino, bovino e em extratos hidrossolúveis de arroz e soja, bem como desenvolver e caracterizar um creme de ricota caprino adicionado de probiótico microencapsulado. L. acidophilus La-05 foi microencapsulado pela técnica de gelificação iônica externa em alginato (3%; MA) e alginato revestido de solução de quitosana de baixo peso molecular a 0,5% (MAQ5) e a 0,7% (MAQ7). As MA e MAQ5 liofilizadas foram referidas como MAL e MAQL, respectivamente. As micropartículas foram avaliadas por microscopia óptica e se mostraram íntegras, dispersas sem aglomeração e com formato esférico. A microscopia eletrônica de varredura mostrou que o revestimento de quitosana tornou a estrutura das micropartículas de alginato menos porosa e mais estável. Os resultados revelaram uma alta eficiência de encapsulação de 99,27% para MA, 99,33% para MAQ5, 92,68% para MAL e 91,87% para MAQL. A microencapsulação proporcionou maior proteção (p < 0,05) a cepa probiótica (reduções de ~ 1 log UFC/mL) durante armazenamento a 7 ºC (28 dias para MA e MAQ5 e 120 dias para MAL e MAQL), tratamento térmico (72, 85 e 90 ºC), NaCl (1,0; 1,5 e 2,0% durante 1,2 e 3 h) e pH (2, 4, 6 durante 1, 2 e 3 h) em comparação com as células livres (reduções de ~ 3, 4, 2 e 3 log UFC/mL, respectivamente). Quando exposto ao trato gastrointestinal simulado, a cultura probiótica microencapsulada (MAL e MAQL) incorporada nos leites caprino e bovino e nos extratos hidrossolúveis de arroz e soja também apresentaram maior sobrevivência (p < 0,05) da cepa (redução de ~ 1 UFC/mL) em comparação com as células livres (diminuição de ~ 3 log UFC/mL). Os dados mostraram que os extratos hidrossolúveis vegetais foram veículos tão apropriados quanto os leites caprino e bovino para serem veículos de probióticos. Com relação ao creme de ricota caprino, os resultados revelaram que a microencapsulação da cepa probiótica (MAL e MAQL) resultou em maior sobrevivência (> 6 log UFC/mL) durante o armazenamento (7 ºC por 7 dias) e em condições gastrointestinais simuladas (p < 0,05) do que as células em sua forma livre. Os parâmetros de qualidade do creme de ricota caprino adicionado de L. acidophilus La-05 em MAL e MAQL durante o armazenamento (7 ºC / 7 dias) foram aprimorados: sem perda de umidade, menor proteólise, menor produção de ácidos orgânicos, textura com menos elasticidade e adesividade e perfil volátil composto por notas florais e frutadas e aroma "caprino" menos pronunciado. Esses achados mostram que a microencapsulação em matriz de alginato-quitosana pode ser uma metodologia mais eficaz para preservar a viabilidade de probióticos, além de melhorar os parâmetros de qualidade de produtos lácteos e não lácteos. |
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Tese (Doutorado em Nutrição) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38813ark:/64986/001300000czc6Este trabalho objetivou avaliar a viabilidade de Lactobacillus acidophilus La-05 microencapsulado durante armazenamento refrigerado, sob condições de estresse (temperatura, pH e NaCl) e quando exposto às condições gastrointestinais simuladas em leites caprino, bovino e em extratos hidrossolúveis de arroz e soja, bem como desenvolver e caracterizar um creme de ricota caprino adicionado de probiótico microencapsulado. L. acidophilus La-05 foi microencapsulado pela técnica de gelificação iônica externa em alginato (3%; MA) e alginato revestido de solução de quitosana de baixo peso molecular a 0,5% (MAQ5) e a 0,7% (MAQ7). As MA e MAQ5 liofilizadas foram referidas como MAL e MAQL, respectivamente. As micropartículas foram avaliadas por microscopia óptica e se mostraram íntegras, dispersas sem aglomeração e com formato esférico. A microscopia eletrônica de varredura mostrou que o revestimento de quitosana tornou a estrutura das micropartículas de alginato menos porosa e mais estável. Os resultados revelaram uma alta eficiência de encapsulação de 99,27% para MA, 99,33% para MAQ5, 92,68% para MAL e 91,87% para MAQL. A microencapsulação proporcionou maior proteção (p < 0,05) a cepa probiótica (reduções de ~ 1 log UFC/mL) durante armazenamento a 7 ºC (28 dias para MA e MAQ5 e 120 dias para MAL e MAQL), tratamento térmico (72, 85 e 90 ºC), NaCl (1,0; 1,5 e 2,0% durante 1,2 e 3 h) e pH (2, 4, 6 durante 1, 2 e 3 h) em comparação com as células livres (reduções de ~ 3, 4, 2 e 3 log UFC/mL, respectivamente). Quando exposto ao trato gastrointestinal simulado, a cultura probiótica microencapsulada (MAL e MAQL) incorporada nos leites caprino e bovino e nos extratos hidrossolúveis de arroz e soja também apresentaram maior sobrevivência (p < 0,05) da cepa (redução de ~ 1 UFC/mL) em comparação com as células livres (diminuição de ~ 3 log UFC/mL). Os dados mostraram que os extratos hidrossolúveis vegetais foram veículos tão apropriados quanto os leites caprino e bovino para serem veículos de probióticos. Com relação ao creme de ricota caprino, os resultados revelaram que a microencapsulação da cepa probiótica (MAL e MAQL) resultou em maior sobrevivência (> 6 log UFC/mL) durante o armazenamento (7 ºC por 7 dias) e em condições gastrointestinais simuladas (p < 0,05) do que as células em sua forma livre. Os parâmetros de qualidade do creme de ricota caprino adicionado de L. acidophilus La-05 em MAL e MAQL durante o armazenamento (7 ºC / 7 dias) foram aprimorados: sem perda de umidade, menor proteólise, menor produção de ácidos orgânicos, textura com menos elasticidade e adesividade e perfil volátil composto por notas florais e frutadas e aroma "caprino" menos pronunciado. Esses achados mostram que a microencapsulação em matriz de alginato-quitosana pode ser uma metodologia mais eficaz para preservar a viabilidade de probióticos, além de melhorar os parâmetros de qualidade de produtos lácteos e não lácteos.FACEPEThis work aimed to evaluate the viability of microencapsulated Lactobacillus acidophilus La-05 during cold storage, under stress conditions (temperature, pH and NaCl) and when exposed to simulated gastrointestinal conditions in goat and bovine milks and water-soluble extracts of rice and soy, as well as developing and characterizing a goat ricotta paste with microencapsulated probiotic. L. acidophilus La05 was microencapsulated by the technique of external ion gelation in alginate (3%; AM) and alginate coated with low molecular weight chitosan solution at 0.5% (AC5M) and 0.7 % (AC7M). The freeze-dried AM and AC5M were referred to as FAM and FACM, respectively. The microparticles were evaluated by optical microscopy and showed to be intact, dispersed without agglomeration and spherical shape. Scanning electron microscopy showed that the chitosan coating made the structure of alginate microparticles less porous and more stable. The results revealed a high encapsulation efficiency of 99.27% for AM, 99.33% for AC5M, 92.68% for FAM and 91.87% for FACM. Microencapsulation provided greater protection (p < 0.05) to the probiotic strain (reductions of ~ 1 log CFU/mL) during storage at 7 ºC (28 days for AM and AC5M, and 120 days for FAM and FACM), heat treatment (72, 85 and 90 ºC), NaCl (1.0; 1.5 and 2.0% for 1.2 and 3 h) and pH (2, 4, 6 for 1, 2 and 3 h) compared to the free cells (reductions of ~ 3, 4, 2 and 3 log CFU/mL, respectively). When exposed to the simulated gastrointestinal tract, the microencapsulated probiotic culture (FAM and FACM) incorporated in goat and bovine milk and water-soluble extracts of rice and soy also showed higher survival (p < 0.05) of the strain (reduction of ~ 1 CFU/mL) compared to the free cells (decrease of ~ 3 log CFU/mL). The data showed that watersoluble extracts of plant were vehicles as appropriate as goat and bovine milks to be vehicles of probiotics. Regarding goat ricotta paste, the results revealed that the microencapsulation of the probiotic strain (FAM and FACM) resulted in greater survival (> 6 log CFU/mL) during storage (7 ºC for 7 days) and in simulated gastrointestinal conditions ( p < 0.05) than cells in free form. The quality parameters of the goat ricotta paste added by L. acidophilus La-05 in FAM and FACM during storage (7 ºC/7 days) were improved: without loss of moisture, less proteolysis, less production of organic acids, texture with less elasticity and adhesiveness and volatile profile composed of floral and fruity notes and a less pronounced "goaty" aroma. These findings show that alginate-chitosan matrix microencapsulation can be a more effective methodology to preserve the viability of probiotics without negatively affecting the quality parameters of dairy and non-dairy products.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em NutricaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAlimento funcionalProbióticosLaticíniosExtratos vegetaisBiopolímerosLactobacillus acidophilus La-05 microencapsulado em alginato e quitosana: sobrevivência em bebidas lácteas e não lácteas e incorporação em creme de ricota caprinoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Laenia Angélica Andrade Lopes.pdf.txtTESE Laenia Angélica Andrade Lopes.pdf.txtExtracted texttext/plain274433https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38813/4/TESE%20Laenia%20Ang%c3%a9lica%20Andrade%20Lopes.pdf.txt70a7825fc46923ad16530d9da2584f39MD54THUMBNAILTESE Laenia Angélica Andrade Lopes.pdf.jpgTESE Laenia Angélica Andrade Lopes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1233https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38813/5/TESE%20Laenia%20Ang%c3%a9lica%20Andrade%20Lopes.pdf.jpg32d9e1fc5489cf35873627712592e179MD55ORIGINALTESE Laenia Angélica Andrade Lopes.pdfTESE Laenia Angélica Andrade Lopes.pdfapplication/pdf5230924https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38813/1/TESE%20Laenia%20Ang%c3%a9lica%20Andrade%20Lopes.pdfbd19d0c08d1b82a9582f7eba9ab607a8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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