Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FRANÇA, Thiago Alves
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34039
Resumo: Este trabalho foi realizado a partir da Análise de Discurso (AD) fundada por Michel Pêcheux, assumida como horizonte teórico de base desta tese, o que significa que todos os demais “passos”, sejam os das reflexões teóricas sobre as discussões de autores de áreas diversas, sejam os das decisões metodológicas, foram pensados e realizados a partir da perspectiva que a AD apresenta enquanto possibilidade, tanto de leitura quanto de procedimento. Neste trabalho, compreendendo o discurso de ódio como um efeito discursivo, assumo que “reconhecê-lo”, isto é, que designá-lo é já um gesto de interpretação; e que, sendo um efeito, é possível descrever os movimentos que condicionam sua (re)produção. Embora algumas outras questões secundárias tenham sido apresentadas no texto, foram duas as principais perguntas de pesquisa formuladas nesta tese. São elas: (i) o que tem sido designado, por diferentes usuários-sujeitos, como discurso de ódio em alguns espaços do Facebook? E (ii) como funciona o processo que (re) produz o discurso de ódio em algumas ocorrências no Facebook? Para respondê-las, foram realizadas coletas nesse site de redes sociais, a partir das quais constituí o corpus de pesquisa, em um recorte temporal de 2014 até o segundo bimestre de 2018. No que diz respeito à disposição textual, além de uma primeira parte dedicada a uma discussão teórica sobre discurso de ódio e sobre ódio, este texto é composto por uma segunda parte, mais analítica, e que está organizada em dois capítulos, separados porque vinculados a cada uma das perguntas de pesquisa. No primeiro capítulo analítico, para responder a primeira pergunta, coletei o que estava sendo designado/interpretado como discurso de ódio por diferentes usuários-sujeitos em alguns espaços do Facebook, objetivando analisar essas designações/interpretações e que sentidos elas punham em jogo. Nessas análises de Sequências Discursivas (SD), discuti a diferença entre as designações/interpretações possíveis em meu Feed de notícias, as possíveis em outros Feeds e algumas condições para que os usuários-sujeitos designassem/interpretassem aquilo que eles mesmos produziam como discurso de ódio, provocando uma quebra na regularidade segundo a qual o que se designa/interpreta como discurso de ódio é o discurso do outro. No segundo capítulo analítico, para responder a segunda pergunta de pesquisa, acompanhei a textualidade produzida em algumas Postagens Disparadoras. Nessa textualidade, coletei as SD que me permitiram descrever e analisar dois movimentos do processo que (re)produz o discurso de ódio, e que eu chamei de Formação Discursiva do discurso de ódio: a desumanização do outro (pela produção do inumano, do animal, do demônio e da coisa) e a verbalização do tratamento que parece adequado ao outro já desumanizado (desde tratamentos indecorosos até “soluções finais”, como o desejo da morte em massa e violenta). Nas análises desse capítulo, pude refletir e formular sobre posições de sujeito (A e B) que estão em jogo na (re)produção do discurso de ódio. Em suma, nesta tese, discuto sobre (ir)regularidades nas designações/interpretações de outros usuários-sujeitos, e também acerca de (ir)regularidades no funcionamento do que eu designei/interpretei como discurso de ódio.
id UFPE_3bf6de51e590cadd78b5f60997f244f6
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/34039
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling FRANÇA, Thiago Alveshttp://lattes.cnpq.br/4084519663630177http://lattes.cnpq.br/1732335820166339GRIGOLETTO, Evandra2019-10-01T18:58:02Z2019-10-01T18:58:02Z2019-02-13https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34039Este trabalho foi realizado a partir da Análise de Discurso (AD) fundada por Michel Pêcheux, assumida como horizonte teórico de base desta tese, o que significa que todos os demais “passos”, sejam os das reflexões teóricas sobre as discussões de autores de áreas diversas, sejam os das decisões metodológicas, foram pensados e realizados a partir da perspectiva que a AD apresenta enquanto possibilidade, tanto de leitura quanto de procedimento. Neste trabalho, compreendendo o discurso de ódio como um efeito discursivo, assumo que “reconhecê-lo”, isto é, que designá-lo é já um gesto de interpretação; e que, sendo um efeito, é possível descrever os movimentos que condicionam sua (re)produção. Embora algumas outras questões secundárias tenham sido apresentadas no texto, foram duas as principais perguntas de pesquisa formuladas nesta tese. São elas: (i) o que tem sido designado, por diferentes usuários-sujeitos, como discurso de ódio em alguns espaços do Facebook? E (ii) como funciona o processo que (re) produz o discurso de ódio em algumas ocorrências no Facebook? Para respondê-las, foram realizadas coletas nesse site de redes sociais, a partir das quais constituí o corpus de pesquisa, em um recorte temporal de 2014 até o segundo bimestre de 2018. No que diz respeito à disposição textual, além de uma primeira parte dedicada a uma discussão teórica sobre discurso de ódio e sobre ódio, este texto é composto por uma segunda parte, mais analítica, e que está organizada em dois capítulos, separados porque vinculados a cada uma das perguntas de pesquisa. No primeiro capítulo analítico, para responder a primeira pergunta, coletei o que estava sendo designado/interpretado como discurso de ódio por diferentes usuários-sujeitos em alguns espaços do Facebook, objetivando analisar essas designações/interpretações e que sentidos elas punham em jogo. Nessas análises de Sequências Discursivas (SD), discuti a diferença entre as designações/interpretações possíveis em meu Feed de notícias, as possíveis em outros Feeds e algumas condições para que os usuários-sujeitos designassem/interpretassem aquilo que eles mesmos produziam como discurso de ódio, provocando uma quebra na regularidade segundo a qual o que se designa/interpreta como discurso de ódio é o discurso do outro. No segundo capítulo analítico, para responder a segunda pergunta de pesquisa, acompanhei a textualidade produzida em algumas Postagens Disparadoras. Nessa textualidade, coletei as SD que me permitiram descrever e analisar dois movimentos do processo que (re)produz o discurso de ódio, e que eu chamei de Formação Discursiva do discurso de ódio: a desumanização do outro (pela produção do inumano, do animal, do demônio e da coisa) e a verbalização do tratamento que parece adequado ao outro já desumanizado (desde tratamentos indecorosos até “soluções finais”, como o desejo da morte em massa e violenta). Nas análises desse capítulo, pude refletir e formular sobre posições de sujeito (A e B) que estão em jogo na (re)produção do discurso de ódio. Em suma, nesta tese, discuto sobre (ir)regularidades nas designações/interpretações de outros usuários-sujeitos, e também acerca de (ir)regularidades no funcionamento do que eu designei/interpretei como discurso de ódio.Este trabajo fue realizado desde el Análisis de Discurso (AD) fundado por Michel Pêcheux, horizonte teórico asumido como base de esta tesis, lo que significa que todos los demás “pasos”, sean los de las reflexiones teóricas acerca de las discusiones de autores de áreas diversas, sean los de las decisiones metodológicas, fueron pensados y realizados a partir de la perspectiva que el AD presenta como posibilidad, tanto de lectura como de procedimiento. En este trabajo, comprendiendo el discurso de odio como un efecto discursivo, asumo que “reconocerlo”, es decir, que designarlo es ya un gesto de interpretación; y que, siendo un efecto, es posible describir los movimientos que condicionan su (re)producción. Aunque algunas otras cuestiones secundarias han sido presentadas en el texto, fueron dos las principales preguntas de investigación formuladas en esta tesis. Son ellas: (i) ¿qué ha sido designado, por diferentes usuarios-sujetos, como discurso de odio en algunos espacios del Facebook? Y (ii) ¿cómo funciona el proceso que (re)produce el discurso de odio en algunas situaciones en el Facebook? Para contestarlas, fueron realizadas colectas en ese sitio de redes sociales, a partir de las cuales constituí el corpus de investigación, en un recorte temporal desde 2014 hasta el segundo bimestre de 2018. Con respecto a la disposición textual, además de una primera parte dedicada a una discusión teórica sobre discurso de odio y sobre odio, este texto es compuesto por una segunda parte, más analítica, y que está organizada en dos capítulos, separados porque están vinculados a cada una de las preguntas de investigación. En el primer capítulo analítico, para contestar a la primera pregunta, recogí lo que estaba siendo designado/interpretado como discurso de odio por diferentes usuarios-sujetos en algunos espacios de Facebook, buscando analizar esas designaciones/interpretaciones y qué sentidos ellas ponían en juego. En esos análisis de Secuencias Discursivas (SD), discutí la diferencia entre las designaciones/interpretaciones posibles en mi Feed de noticias, las posibles en otros Feeds y algunas condiciones para que los usuarios-sujetos designasen/interpretasen aquello que ellos mismos producían como discurso de odio, provocando una ruptura en la regularidad según la cual lo que se designa/interpreta como discurso de odio es el discurso del otro. En el segundo capítulo analítico, para contestar a la segunda pregunta de investigación, acompañé la textualidad producida en algunas Publicaciones Disparadoras. En esa textualidad, recogí las SD que me permitieron describir y analizar dos movimientos del proceso que (re)produce el discurso de odio, y que yo llamé de Formación Discursiva del discurso de odio: la deshumanización del otro (por la producción del inhumano, del animal, del demonio y de la cosa) y la verbalización del tratamiento que parece adecuado al otro ya deshumanizado (desde tratamientos indecorosos hasta "soluciones finales", como el deseo de la muerte en masa y violenta). En los análisis de este capítulo, pude reflexionar y formular sobre posiciones de sujeto (A y B) que están en juego en la (re)producción del discurso de odio. En resumen, en esta tesis, discuto sobre (ir)regularidades en las designaciones/interpretaciones de otros usuarios-sujetos, y también acerca de (ir)regularidades en el funcionamiento de lo que he designado/interpretado como discurso de odio.Ce travail a été réalisé à partir de l’Analyse du Discours (AD) fondée par Michel Pêcheux, prise comme guide théorique de cette thèse. Cela signifie que toutes les étapes suivantes, soient des réflexions théoriques sur les discussions des auteurs de différents domaines, soient des décisions méthodologiques, ont été pensées et réalisées dans la perspective que l'AD présente comme une possibilité, à la fois en lecture et en procédure. Dans ce travail, comprenant le discours de la haine comme un effet discursif, je suppose que "le reconnaître", c'est-à-dire le désigner, est déjà un geste d'interprétation; et que, étant un effet, il est possible de décrire les mouvements qui conditionnent sa (re)production. Bien que d’autres questions secondaires aient été présentées dans le texte, deux questions de recherche principales ont été formulées dans cette thèse. Ce sont: (i) qu'est-ce qui a été désigné par différents utilisateurs-sujets comme un discours de haine dans certains espaces de Facebook? Et (ii) comment fonctionne le processus qui (re)produit le discours de haine dans certaines occurrences sur Facebook? Afin d'y répondre, des collectes ont été effectuées sur ce site de réseau social, à partir duquel le corpus de recherche a été constitué, en une coupe temporelle de 2014 jusqu’aux premières deux mois du second semestre 2018. En ce qui concerne la disposition textuelle, à part une première partie consacrée à une discussion théorique sur le discours de haine et sur la haine, ce texte est composé d’une seconde partie, plus analytique, qui est organisée en deux chapitres distincts, liés à chacune des questions de recherche. Dans le premier chapitre analytique, pour répondre à la première question, j'ai collecté ce qui était désigné/interprété comme un discours de haine par différents utilisateurs-sujets dans certains espaces de Facebook, dans le but d'analyser ces désignations/interprétations et les sens qu'elles mettaient en jeu. Dans ces analyses de séquences discursives (SD), j'ai discuté de la différence entre les désignations/interprétations possibles dans mon fil d'actualité, celles possibles dans celui d'autres utilisateurs-sujets, et certaines conditions permettant aux utilisateurs-sujets de désigner/interpréter ce qu'ils ont eux-mêmes produit comme discours de haine, provoquant une rupture dans la régularité selon laquelle ce qui est désigné/interprété comme discours de haine est le discours de l’autre. Dans le deuxième chapitre analytique, afin de répondre à la deuxième question de recherche, j'ai suivi la textualité produite dans certaines Publications Déclencheuses. Dans cette textualité, j'ai collecté des SD qui m'ont permis de décrire et d'analyser deux mouvements du processus qui (re)produit le discours de haine et que j'ai appelé Formation Discursive du discours de haine: la déshumanisation de l'autre (par la production de l'inhumain, de l'animal, du démon et de la chose) et la verbalisation du traitement qui semble approprié à l'autre déjà déshumanisé (de traitements inconvenants aux "solutions finales" telles que le désir de mort massive et violente). Dans les analyses de ce chapitre, j’ai été en mesure de réfléchir et de formuler les positions des sujets (A et B) en jeu dans la (re)production du discours de haine. En résumé, dans cette thèse, je discute des (ir)régularités dans les désignations/interprétations d'autres utilisateurs-sujets, ainsi que des (ir)régularités dans le fonctionnement de ce que j'ai désigné/interprété comme un discours de haine.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDiscurso de ódioSentidosFuncionamentoSentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Thiago Alves França.pdf.jpgTESE Thiago Alves França.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1177https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/5/TESE%20Thiago%20Alves%20Fran%c3%a7a.pdf.jpgdd0a7a58a797ff1fbff9ee4ad21027c1MD55ORIGINALTESE Thiago Alves França.pdfTESE Thiago Alves França.pdfapplication/pdf3966440https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/1/TESE%20Thiago%20Alves%20Fran%c3%a7a.pdfc88290dc0585233644ef6c01f6ca894dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Thiago Alves França.pdf.txtTESE Thiago Alves França.pdf.txtExtracted texttext/plain773669https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/4/TESE%20Thiago%20Alves%20Fran%c3%a7a.pdf.txt28f0f3e1c46ad2533d7056d3c3b18cbaMD54123456789/340392019-10-26 01:38:05.655oai:repositorio.ufpe.br:123456789/34039TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T04:38:05Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
title Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
spellingShingle Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
FRANÇA, Thiago Alves
Discurso de ódio
Sentidos
Funcionamento
title_short Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
title_full Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
title_fullStr Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
title_full_unstemmed Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
title_sort Sentidos e funcionamentos do discurso de ódio em espaços do Facebook: uma leitura discursiva
author FRANÇA, Thiago Alves
author_facet FRANÇA, Thiago Alves
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4084519663630177
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1732335820166339
dc.contributor.author.fl_str_mv FRANÇA, Thiago Alves
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv GRIGOLETTO, Evandra
contributor_str_mv GRIGOLETTO, Evandra
dc.subject.por.fl_str_mv Discurso de ódio
Sentidos
Funcionamento
topic Discurso de ódio
Sentidos
Funcionamento
description Este trabalho foi realizado a partir da Análise de Discurso (AD) fundada por Michel Pêcheux, assumida como horizonte teórico de base desta tese, o que significa que todos os demais “passos”, sejam os das reflexões teóricas sobre as discussões de autores de áreas diversas, sejam os das decisões metodológicas, foram pensados e realizados a partir da perspectiva que a AD apresenta enquanto possibilidade, tanto de leitura quanto de procedimento. Neste trabalho, compreendendo o discurso de ódio como um efeito discursivo, assumo que “reconhecê-lo”, isto é, que designá-lo é já um gesto de interpretação; e que, sendo um efeito, é possível descrever os movimentos que condicionam sua (re)produção. Embora algumas outras questões secundárias tenham sido apresentadas no texto, foram duas as principais perguntas de pesquisa formuladas nesta tese. São elas: (i) o que tem sido designado, por diferentes usuários-sujeitos, como discurso de ódio em alguns espaços do Facebook? E (ii) como funciona o processo que (re) produz o discurso de ódio em algumas ocorrências no Facebook? Para respondê-las, foram realizadas coletas nesse site de redes sociais, a partir das quais constituí o corpus de pesquisa, em um recorte temporal de 2014 até o segundo bimestre de 2018. No que diz respeito à disposição textual, além de uma primeira parte dedicada a uma discussão teórica sobre discurso de ódio e sobre ódio, este texto é composto por uma segunda parte, mais analítica, e que está organizada em dois capítulos, separados porque vinculados a cada uma das perguntas de pesquisa. No primeiro capítulo analítico, para responder a primeira pergunta, coletei o que estava sendo designado/interpretado como discurso de ódio por diferentes usuários-sujeitos em alguns espaços do Facebook, objetivando analisar essas designações/interpretações e que sentidos elas punham em jogo. Nessas análises de Sequências Discursivas (SD), discuti a diferença entre as designações/interpretações possíveis em meu Feed de notícias, as possíveis em outros Feeds e algumas condições para que os usuários-sujeitos designassem/interpretassem aquilo que eles mesmos produziam como discurso de ódio, provocando uma quebra na regularidade segundo a qual o que se designa/interpreta como discurso de ódio é o discurso do outro. No segundo capítulo analítico, para responder a segunda pergunta de pesquisa, acompanhei a textualidade produzida em algumas Postagens Disparadoras. Nessa textualidade, coletei as SD que me permitiram descrever e analisar dois movimentos do processo que (re)produz o discurso de ódio, e que eu chamei de Formação Discursiva do discurso de ódio: a desumanização do outro (pela produção do inumano, do animal, do demônio e da coisa) e a verbalização do tratamento que parece adequado ao outro já desumanizado (desde tratamentos indecorosos até “soluções finais”, como o desejo da morte em massa e violenta). Nas análises desse capítulo, pude refletir e formular sobre posições de sujeito (A e B) que estão em jogo na (re)produção do discurso de ódio. Em suma, nesta tese, discuto sobre (ir)regularidades nas designações/interpretações de outros usuários-sujeitos, e também acerca de (ir)regularidades no funcionamento do que eu designei/interpretei como discurso de ódio.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-01T18:58:02Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-01T18:58:02Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-13
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34039
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34039
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/5/TESE%20Thiago%20Alves%20Fran%c3%a7a.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/1/TESE%20Thiago%20Alves%20Fran%c3%a7a.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34039/4/TESE%20Thiago%20Alves%20Fran%c3%a7a.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv dd0a7a58a797ff1fbff9ee4ad21027c1
c88290dc0585233644ef6c01f6ca894d
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
28f0f3e1c46ad2533d7056d3c3b18cba
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310631172341760