Estudo químico e biológico da madeira de lei Hymenolobium Petraeum (Angelim pedra)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Luciana Santos de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000tmng
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8126
Resumo: Hymenolobium petraeum é uma espécie pertencente a família leguminosae e conhecida popularmente como angelim-amarelo, angelim-aroeira, angelim-pedra, angelimvermelho e murarema. A madeira é muito utilizada na medicina popular na cura de úlceras, bem como na indústria madeireira para construção civil por sua alta durabilidade e resistência ao ataque de cupins, fungos e outros parasitas. Os extrativos em ciclohexano, acetato de etila e etanol foram avaliados segundo sua bioatividade, frente a larvas de Aedes aegpti. Apenas o extrato em acetato de etila apresentou uma significativa atividade larvicida. A total mortalidade das larvas foi observada nas concentrações (10, 100 e 250 ppm) deste extrato. Nele foram identificados alguns constituintes químicos, através de análises espectroscópicas, GC-MS, ESI-MS, 1HRMN e 13C-RMN uni e bidimensionais e em comparação com os dados da literatura. Os compostos identificados foram: palmitato de etila e estearato de metila, 1 pterocarpeno (HP-1) anidrotuberosina, 2 coumestanos: (HP-2) coumestrol e (HP-3) sophorocoumestano A e uma isoflavona impura (HP-4) daidzeina, todas descritas pela primeira vez nesta espécie. A composição química desta madeira foi quantificada sendo obtidos 52% de celulose e hemicelulose, 33,65% lignina total, 9,05% de extrativos e 0,8% de cinzas. A identificação de lignina foi determinada por análise elementar, RMN de 1H e IV, sendo observado um conteúdo de 40% de unidades siringila e 60% de guaicila, típicos de madeiras folhosas. As substâncias isoladas no extrato em acetato de etila foram submetidas à atividade larvicida e constatou-se que (HP-1) causou a mortalidade de 71 ±8% das larvas na concentração de 100 ppm, 43 ±6% em 50 ppm e 18±2% em 10 ppm e (HP-4) apresentou 88 ±2% em 10 ppm e nas concentrações de 50 e 100 ppm a mortalidade foi total. A natural resistência desta madeira ao ataque de fungos da podridão branca foi avaliada utilizando-se, Phanerochaete chrysosporum, Pycnoporus sanguineus, Schizophyllum communee, Lentinula edodes e Trametes vellosa, e não foi observado crescimento de nenhum dos fungos testados tanto na madeira com extrativos como com a madeira livre de extrativos
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