Tuberculose no idoso: reatividade ao teste tuberculínico e níveis de células T regulatórias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Michele Gondim de Brito, Cintia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000d0zw
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1657
Resumo: Considerada uma das principais doenças infecciosas em saúde publica, a tuberculose (TB) alcança níveis de alta endemicidade em países em desenvolvimento. Em 2008, o Brasil ocupava o 19º lugar entre os 22 países considerados de maior incidência. Neste mesmo ano o Estado de Pernambuco apresentava o mais alto coeficiente de incidência da região Nordeste e a Cidade do Recife (PE) a capital brasileira com mais casos novos de TB. Nos últimos 20 anos, a incidência de TB na população de idosos com idade igual ou acima de 60 anos, residentes no Recife, permaneceu sempre alta ao longo dos anos. Com o envelhecimento da população brasileira, a doença TB pode vir a constituir um grave problema, principalmente se considerarmos que as taxas de letalidade tendem a aumentar com a idade. Apesar disso, poucos estudos investigando o comportamento da tuberculose nessa população têm sido realizados no Brasil. A presente dissertação constou de três estudos abordando a tuberculose no idoso. No primeiro, realizou-se uma revisão bibliográfica acerca dos estudos publicados sobre fatores imunológicos relacionados ao desenvolvimento da TB no idoso, particularmente o papel das células T regulatórias (T regs), e sua relação com a reatividade ao teste tuberculínico (TT). A revisão bibliográfica foi realizada mediante uma busca on-line nas bases de dados Medline-PubMed, Science-Direct, Lilacs, Bireme e Scielo, com foco nas publicações dos últimos dez anos, nos idiomas português e inglês. Os resultados do primeiro artigo demonstram que poucos estudos têm avaliado o nível das células T regs na população idosa e a informação sobre essas células nesse grupo é limitada e controversa. Concluíse com essa revisão que existe uma lacuna de informação no contexto da resposta ao TT e produção de células T regs em idosos com tuberculose. O segundo é um estudo tipo série de casos cujo objetivo foi descrever o padrão de reatividade ao TT e características dos indivíduos idosos com e sem TB doença e adultos com TB, assim como identificar o ponto de corte da curva ROC (Receiver Operating Characteristic) que melhor descrimina idosos com e sem TB doença. Foram estudados 87 pacientes residentes da cidade do Recife, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Os resultados do artigo 2 mostra que ao comparar a média em milímetros do valor do TT dos três grupos, essas são diferentes e a diferença foi estatisticamente significante (p=0,001). Além disso, ter idade entre 60 a 69 anos, ser do sexo masculino, está desnutrido, beber e fumar são características presentes no idoso com TB. A curva ROC identificou o ponto de corte de 5 mm como aquele que apresenta os valores de sensibilidade (0,61) e especificidade (0,78) mais elevados para discriminar os idosos com TB doença dos idosos sem TB doença. Com base nos resultados encontrados, sugerimos que o critério de positividade do TT nos indivíduos idosos seja revisto. O objetivo do terceiro estudo foi verificar a correlação entre os níveis de células T regs e a reatividade ao TT em idosos e adultos com TB e idosos sem TB. A expressão de FOXP3 por PCR em tempo real foi realizada em 61 pacientes, enquanto que quantificação das células Treg por citometria de fluxo em 25. Ao analisar a correlação do TT e células T regs observou-se que só houve correlação estatisticamente significativa no grupo de adultos com TB doença. Verificou-se ainda, uma correlação positiva entre o TT e os níveis de FOXP3 nos grupos de adultos e idosos com TB e uma correlação negativa no grupo de idosos sem TB. Os resultados encontrados no artigo 3 indicam uma diminuição dos níveis de células T regulatórias na circulação periférica de pacientes idosos com TB em atividade, sugerindo existir uma imunodepressão nesse grupo que pode ser responsável pela menor reatividade ao TT quando comparado aos adultos com tuberculose
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Nos últimos 20 anos, a incidência de TB na população de idosos com idade igual ou acima de 60 anos, residentes no Recife, permaneceu sempre alta ao longo dos anos. Com o envelhecimento da população brasileira, a doença TB pode vir a constituir um grave problema, principalmente se considerarmos que as taxas de letalidade tendem a aumentar com a idade. Apesar disso, poucos estudos investigando o comportamento da tuberculose nessa população têm sido realizados no Brasil. A presente dissertação constou de três estudos abordando a tuberculose no idoso. No primeiro, realizou-se uma revisão bibliográfica acerca dos estudos publicados sobre fatores imunológicos relacionados ao desenvolvimento da TB no idoso, particularmente o papel das células T regulatórias (T regs), e sua relação com a reatividade ao teste tuberculínico (TT). A revisão bibliográfica foi realizada mediante uma busca on-line nas bases de dados Medline-PubMed, Science-Direct, Lilacs, Bireme e Scielo, com foco nas publicações dos últimos dez anos, nos idiomas português e inglês. Os resultados do primeiro artigo demonstram que poucos estudos têm avaliado o nível das células T regs na população idosa e a informação sobre essas células nesse grupo é limitada e controversa. Concluíse com essa revisão que existe uma lacuna de informação no contexto da resposta ao TT e produção de células T regs em idosos com tuberculose. O segundo é um estudo tipo série de casos cujo objetivo foi descrever o padrão de reatividade ao TT e características dos indivíduos idosos com e sem TB doença e adultos com TB, assim como identificar o ponto de corte da curva ROC (Receiver Operating Characteristic) que melhor descrimina idosos com e sem TB doença. Foram estudados 87 pacientes residentes da cidade do Recife, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Os resultados do artigo 2 mostra que ao comparar a média em milímetros do valor do TT dos três grupos, essas são diferentes e a diferença foi estatisticamente significante (p=0,001). Além disso, ter idade entre 60 a 69 anos, ser do sexo masculino, está desnutrido, beber e fumar são características presentes no idoso com TB. A curva ROC identificou o ponto de corte de 5 mm como aquele que apresenta os valores de sensibilidade (0,61) e especificidade (0,78) mais elevados para discriminar os idosos com TB doença dos idosos sem TB doença. Com base nos resultados encontrados, sugerimos que o critério de positividade do TT nos indivíduos idosos seja revisto. O objetivo do terceiro estudo foi verificar a correlação entre os níveis de células T regs e a reatividade ao TT em idosos e adultos com TB e idosos sem TB. A expressão de FOXP3 por PCR em tempo real foi realizada em 61 pacientes, enquanto que quantificação das células Treg por citometria de fluxo em 25. 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Os resultados encontrados no artigo 3 indicam uma diminuição dos níveis de células T regulatórias na circulação periférica de pacientes idosos com TB em atividade, sugerindo existir uma imunodepressão nesse grupo que pode ser responsável pela menor reatividade ao TT quando comparado aos adultos com tuberculoseFaculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de PernambucoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTuberculose, IdososImunidadeCélulas T regulatóriasTeste tuberculínicoCurva ROCTuberculose no idoso: reatividade ao teste tuberculínico e níveis de células T regulatóriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2892_1.pdf.jpgarquivo2892_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1369https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1657/4/arquivo2892_1.pdf.jpga1057368f60dd1e15e96e53d7561dfbdMD54ORIGINALarquivo2892_1.pdfapplication/pdf5502983https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1657/1/arquivo2892_1.pdf9d6ee430e513460ac62f54bea9784b36MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1657/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2892_1.pdf.txtarquivo2892_1.pdf.txtExtracted texttext/plain200935https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1657/3/arquivo2892_1.pdf.txt0fd2fa2b411b391cf5ef9e3143a28fc8MD53123456789/16572019-10-25 12:28:51.48oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1657Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:28:51Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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