Efeitos do ambiente enriquecido sobre o comportamento alimentar de ratos adultos submetidos à desnutrição proteica perinatal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferraz, Marília Freire Isidro
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12768
Resumo: Alguns fatores ambientais como a desnutrição, especialmente proteica, durante o período crítico de desenvolvimento do cérebro tem sido relacionada às modificações do controle do comportamento alimentar, como a hiperfagia, e ao surgimento de doenças metabólicas na vida adulta. O ambiente enriquecido (AE) é outro fator externo que pode influenciar o organismo através do aumento da estimulação sensorial e social, e tem sido utilizado como uma alternativa de intervenção capaz de interferir na plasticidade de regiões cerebrais e, portanto, pode favorecer o comportamento alimentar de animais submetidos à desnutrição. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da exposição ao AE sobre o comportamento alimentar de ratos adultos submetidos à desnutrição proteica perinatal. Foram utilizados 66 ratos machos Wistar divididos em grupos de acordo com a manipulação nutricional durante a gestação e lactação: controle (proteína a 17%, n= 7) e desnutridos (proteína a 8%, n= 8). Após o desmame, aos 25 dias, os filhotes receberam dieta padrão ad libitum e foram subdivididos aleatoriamente segundo à exposição ao AE de 30 até 90 dias de vida: controle sem ambiente enriquecido (n=16); controle com ambiente enriquecido (n=18); desnutrido sem ambiente enriquecido (n=16); e desnutrido com ambiente enriquecido (n=16). O AE foi formado em uma gaiola que abrigava de 8 a 10 animais contendo: escadas, tubos e casas de plástico, suportes para escalar na posição vertical, bolas e bonecos. Acompanhou-se a evolução ponderal das proles, foram submetidas às análises de sequência comportamental de saciedade, consumo alimentar e teste de ansiedade. Os animais foram eutanasiados aos 90 dias de vida por decapitação para coleta de tecido adiposo abdominal. Os dados demonstram que a desnutrição proteica provocou nos animais uma hiperfagia associada a um retardo no aparecimento da saciedade que foi prolongada ao longo da vida, apesar do peso continuar abaixo do controle e o retardo da saciedade ter desaparecido com o tempo. O AE reduziu o peso e a ansiedade nos animais normonutridos, mas não influenciou o peso nem o comportamento dos desnutridos. Conclui-se que o AE pode ser um fator externo que promove modificações no balanço energético e no comportamento de normonutridos, porém não foi capaz de atenuar as alterações resultantes da desnutrição. Isso demonstra que a desnutrição proteica perinatal causa efeitos sobre o comportamento alimentar que podem ser permanentes, promovendo resistência no balanço energético e contribuindo assim para o surgimento da obesidade e doenças associadas.
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