Perfil sociodemográfico e clínico-laboratorial de pacientes com COVID-19 internados em hospital terciário na cidade do Recife, Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Laura Emanuelle
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49850
Resumo: Desde os relatos dos primeiros casos de COVID-19 em dezembro de 2019 na China, a doença se dispersou por todo o mundo, com cerca de 370 milhões de casos e 5.6 milhões de óbitos em fevereiro de 2022. Em 80% dos casos, a doença se apresenta com um quadro leve, com poucos sintomas respiratórios. Cerca de 20% necessitam de internamento hospitalar, e destes 5% podem evoluir com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos surtos causados pela cepa original e outras variantes como Alpha, Beta e Gama. Manifestações clínicas, presença de comorbidades e alterações laboratoriais têm sido estudadas na avaliação do paciente com COVID-19, na tentativa de identificar fatores de riscos associados à gravidade, porém não há uniformidade dos resultados devido às diferentes metodologias utilizadas. Com o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico e laboratorial e os fatores de risco associados às formas graves da doença, realizou-se uma coorte prospectiva em um hospital do Recife, Pernambuco, nordeste do Brasil. No período de maio a setembro de 2020, foram recrutados 95 casos suspeitos de COVID-19, desses 75 (79%) pacientes foram confirmados para COVID19, sendo 48 (64%) do sexo feminino, com média de idade de 67,5 ± 12,2 anos (média ± dp), com predomínio da faixa etária acima de 65 anos ou mais (62,7%). Dos 75 pacientes, 31 (45,6%) tinham renda familiar de até 1 salário-mínimo e 36 (54,5%) tinham escolaridade até o ensino fundamental. O tempo entre o início dos sintomas e a internação foi uma mediana de 7 (4-11) dias. Na admissão os sintomas gerais mais frequentes foram astenia (73,3%), febre (60%), anorexia (56%), cefaleia (45,3%), mialgia (34,7%). Entre os sintomas respiratórios, a tosse seca foi o mais frequente (65,3%), seguido de dispneia (64%) e tosse produtiva (44%). Diarreia esteve presente em 37,3% dos casos, sonolência em 34,7%, e confusão mental em 2,7%. Dos 75 pacientes, 31 (41%) foram classificados como graves. Sete pacientes foram a óbitos (9%). Na admissão, na análise univariada, apenas tosse produtiva foi mais frequentemente relatada entre pacientes graves 64,5% (p=0,075). Na análise da associação da gravidade do caso com as variáveis longitudinais (medidas repetidas durante o período de internação) para os exames laboratoriais, observou-se associação com formas graves a presença de elevação de plaquetas (OR (IC95%): 1,009 (1,003 – 1,105); p = 0,003), INR alterado OR (IC95%): 1,005 (1,0001 – 1,010); p = 0,029), D-Dímero elevado OR (IC95%): 4,07 (1,71 – 9,69); p = 0,002), ureia elevada OR (IC95%): 1,003 (1,001 – 1,004); p = 0.013, hipernatremia OR (IC95%): 7,05 (1,42 – 34,9); p = 0,017, hipercalemia OR (IC95%): 3,38 (1,35 – 8,45); p = 0,009), aspartato aminotransferase elevadas (AST) OR (IC95%): 1,006 (1,001 – 1,011); p = 0,007), fosfatase alcalina OR (IC95%):1,017 (0,999 – 1,035); p = 0,051, GGT elevadas (OR (IC95%): 3,08 (1,20 – 7,89); p =0,019) e aumento da Bilirrubina direta (BD) (OR (IC95%): 1,039 (1,007 – 1,071); p = 0,017). Na análise multivariada de medidas clínicas e laboratoriais na admissão foi observado uma associação da gravidade do caso de COVID-19 com asma (OR: 4,58., IC: 1,13 – 18.7; p=0,034), com a anorexia (OR 1,123; IC: 1,016 – 1242; p= 0,040) e em relação as alterações laboratoriais o modelo demonstrou uma associação com elevação de plaquetas, dímero D elevado, sódio elevado, potássio elevado, GGT e AST elevados. O presente estudo foi composto por uma amostra predominantemente de idosos, com 45% dos casos evoluindo para a forma grave da doença e com letalidade de 9%, semelhante ao encontrado em outros centros no mundo. Não se observou diferenças na frequência de comorbidades como hipertensão e diabetes nas formas graves o que pode sugerir que apenas ser portador da doença (variável dicotômica) pode não estar associado ao risco. Na avaliação de fatores de risco, a asma, tosse produtiva e anorexia estão associados a formas graves da doença. Na avaliação multivariada de alterações laboratoriais ao longo da internação, as alterações de enzimas hepáticas e fatores de coagulação, que estão em parte inter-relacionados, representam um importante marcador de gravidade semelhante aos dados da literatura, apesar de resultados nem sempre concordantes. A amostra pequena pode ter limitado outras associações. A identificação de características clínicas e evolutivas e fatores de risco associados à doença encontrados no estudo, particularmente as formas graves, poderá auxiliar no manejo clínico desses pacientes, fazendo necessário mais estudos regionais prospectivos ampliando o número de participantes.
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spelling SILVA, Laura Emanuellehttp://lattes.cnpq.br/0707657504132322http://lattes.cnpq.br/3349614027718106BRITO, Carlos Alexandre Antunes de2023-05-02T11:34:30Z2023-05-02T11:34:30Z2022-02-25SILVA, Laura Emanuelle. Perfil sociodemográfico e clínico-laboratorial de pacientes com COVID -19 internados em hospital terciário na cidade do Recife, Nordeste do Brasil. 2022. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49850Desde os relatos dos primeiros casos de COVID-19 em dezembro de 2019 na China, a doença se dispersou por todo o mundo, com cerca de 370 milhões de casos e 5.6 milhões de óbitos em fevereiro de 2022. Em 80% dos casos, a doença se apresenta com um quadro leve, com poucos sintomas respiratórios. Cerca de 20% necessitam de internamento hospitalar, e destes 5% podem evoluir com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos surtos causados pela cepa original e outras variantes como Alpha, Beta e Gama. Manifestações clínicas, presença de comorbidades e alterações laboratoriais têm sido estudadas na avaliação do paciente com COVID-19, na tentativa de identificar fatores de riscos associados à gravidade, porém não há uniformidade dos resultados devido às diferentes metodologias utilizadas. Com o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico e laboratorial e os fatores de risco associados às formas graves da doença, realizou-se uma coorte prospectiva em um hospital do Recife, Pernambuco, nordeste do Brasil. No período de maio a setembro de 2020, foram recrutados 95 casos suspeitos de COVID-19, desses 75 (79%) pacientes foram confirmados para COVID19, sendo 48 (64%) do sexo feminino, com média de idade de 67,5 ± 12,2 anos (média ± dp), com predomínio da faixa etária acima de 65 anos ou mais (62,7%). Dos 75 pacientes, 31 (45,6%) tinham renda familiar de até 1 salário-mínimo e 36 (54,5%) tinham escolaridade até o ensino fundamental. O tempo entre o início dos sintomas e a internação foi uma mediana de 7 (4-11) dias. Na admissão os sintomas gerais mais frequentes foram astenia (73,3%), febre (60%), anorexia (56%), cefaleia (45,3%), mialgia (34,7%). Entre os sintomas respiratórios, a tosse seca foi o mais frequente (65,3%), seguido de dispneia (64%) e tosse produtiva (44%). Diarreia esteve presente em 37,3% dos casos, sonolência em 34,7%, e confusão mental em 2,7%. Dos 75 pacientes, 31 (41%) foram classificados como graves. Sete pacientes foram a óbitos (9%). Na admissão, na análise univariada, apenas tosse produtiva foi mais frequentemente relatada entre pacientes graves 64,5% (p=0,075). Na análise da associação da gravidade do caso com as variáveis longitudinais (medidas repetidas durante o período de internação) para os exames laboratoriais, observou-se associação com formas graves a presença de elevação de plaquetas (OR (IC95%): 1,009 (1,003 – 1,105); p = 0,003), INR alterado OR (IC95%): 1,005 (1,0001 – 1,010); p = 0,029), D-Dímero elevado OR (IC95%): 4,07 (1,71 – 9,69); p = 0,002), ureia elevada OR (IC95%): 1,003 (1,001 – 1,004); p = 0.013, hipernatremia OR (IC95%): 7,05 (1,42 – 34,9); p = 0,017, hipercalemia OR (IC95%): 3,38 (1,35 – 8,45); p = 0,009), aspartato aminotransferase elevadas (AST) OR (IC95%): 1,006 (1,001 – 1,011); p = 0,007), fosfatase alcalina OR (IC95%):1,017 (0,999 – 1,035); p = 0,051, GGT elevadas (OR (IC95%): 3,08 (1,20 – 7,89); p =0,019) e aumento da Bilirrubina direta (BD) (OR (IC95%): 1,039 (1,007 – 1,071); p = 0,017). Na análise multivariada de medidas clínicas e laboratoriais na admissão foi observado uma associação da gravidade do caso de COVID-19 com asma (OR: 4,58., IC: 1,13 – 18.7; p=0,034), com a anorexia (OR 1,123; IC: 1,016 – 1242; p= 0,040) e em relação as alterações laboratoriais o modelo demonstrou uma associação com elevação de plaquetas, dímero D elevado, sódio elevado, potássio elevado, GGT e AST elevados. O presente estudo foi composto por uma amostra predominantemente de idosos, com 45% dos casos evoluindo para a forma grave da doença e com letalidade de 9%, semelhante ao encontrado em outros centros no mundo. Não se observou diferenças na frequência de comorbidades como hipertensão e diabetes nas formas graves o que pode sugerir que apenas ser portador da doença (variável dicotômica) pode não estar associado ao risco. Na avaliação de fatores de risco, a asma, tosse produtiva e anorexia estão associados a formas graves da doença. Na avaliação multivariada de alterações laboratoriais ao longo da internação, as alterações de enzimas hepáticas e fatores de coagulação, que estão em parte inter-relacionados, representam um importante marcador de gravidade semelhante aos dados da literatura, apesar de resultados nem sempre concordantes. A amostra pequena pode ter limitado outras associações. A identificação de características clínicas e evolutivas e fatores de risco associados à doença encontrados no estudo, particularmente as formas graves, poderá auxiliar no manejo clínico desses pacientes, fazendo necessário mais estudos regionais prospectivos ampliando o número de participantes.CNPqSince the first cases of COVID-19 were reported in China in December 2019, the disease has spread across the world, with an estimated 370 million cases and 5.6 million deaths in February 2022. In 80% of cases, the disease presents as mild condition, with few respiratory symptoms. About 20% requires hospitalization, 5% of these may turn to Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) in outbreaks caused by the original strain and other variants such as Alpha, Beta and Gamma. Clinical manifestations, presence of comorbidities and laboratory alterations have been studied in the evaluation of patients with COVID-19, in an attempt to identify risk factors associated with severity, but there is no uniformity of results due to the different methodologies used. With the aim of describing the clinical, epidemiological and laboratory profile and the risk factors associated with the severe forms of the disease, a prospective cohort was carried out in a hospital in Recife, Pernambuco, northeastern Brazil. From May to September 2020, 95 suspected cases of COVID-19 were recruited, which 75 (79%) patients were confirmed for COVID19, 48 (64%) of whom were female, with a mean age of 67.5 ± 12.2 years (mean ± SD), with a predominance of the age group over 65 years or older (62.7%). Of the 75 patients, 31 (45.6%) had a family income of up to 1 minimum wage and 36 (54.5%) had completed elementary school. The time between symptom onset and hospitalization had a median of 7 (4-11) days. On admission, the most frequent general symptoms were asthenia (73.3%), fever (60%), anorexia (56%), headache (45.3%), myalgia (34.7%). Among respiratory symptoms, dry cough was the most frequent (65.3%), followed by dyspnea (64%) and productive cough (44%). Diarrhea was present in 37.3% of cases, drowsiness in 34.7%, and mental confusion in 2.7%. From 75 patients, 31 (41%) were classified as severe. Seven patients died (9%). On admission, in the univariate analysis, only productive cough was more frequently reported among critically ill patients 64.5% (p=0.075). In the analysis of the association of the severity of the case with the longitudinal variables (repeated measurements during the hospitalization period) for the laboratory tests, an association with severe forms was observed with the presence of elevated platelets (OR (95% CI): 1.009 (1.003 – 1.105); p = 0.003), changed INR OR (95%CI): 1.005 (1.0001 – 1.010); p = 0.029), D-Dimer high OR (95%CI): 4.07 (1.71 – 9.69); p = 0.002), high urea OR (95%CI): 1.003 (1.001 – 1.004); p = 0.013, hypernatremia OR (95% CI): 7.05 (1.42 – 34.9); p = 0.017, hyperkalemia OR (95% CI): 3.38 (1.35 – 8.45); p = 0.009), elevated aspartate aminotransferase (AST) OR (95%CI): 1.006 (1.001 – 1.011); p = 0.007), alkaline phosphatase OR (95%CI): 1.017 (0.999 - 1.035); p = 0.051, elevated GGT (OR (95%CI): 3.08 (1.20 – 7.89); p =0.019) and increased direct bilirubin (BD) (OR (95%CI): 1.039 (1.007 – 1.071) ); p = 0.017). In the multivariate analysis of clinical and laboratory measurements on admission, an association was observed between the severity of the COVID-19 case and asthma (OR: 4.58., CI: 1.13 – 18.7; p=0.034), with anorexia (OR: 1.123; CI: 1.016 – 1242; p= 0.040) and in relation to laboratory alterations, the model showed an association with elevated platelets, elevated D-dimer, elevated sodium, elevated potassium, elevated GGT and AST. The present study consisted of a predominantly elderly sample, with 45% of cases progressing to the severe form of the disease and a mortality rate of 9%, similar to what is found in other centers around the world. No differences were observed in the frequency of comorbidities such as hypertension and diabetes in severe forms, which may suggest that just having the disease (dichotomous variable) may not be associated with risk. In the assessment of risk factors, asthma, productive cough and anorexia are associated with severe forms of the disease. In the multivariate evaluation of laboratory changes during hospitalization, changes in liver enzymes and coagulation factors, which are partly interrelated, represent an important marker of severity similar to data in the literature, despite results that are not always in agreement. The small sample may have limited other associations. The identification of clinical and evolutionary characteristics and risk factors associated with the disease found in the study, particularly the severe forms, may help in the clinical management of these patients, making more prospective regional studies necessary, expanding the number of participants.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Medicina TropicalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessCOVID-19SARS-CoV-2Característica clínica-epidemiológicaGravidadeLaboratórioExame laboratorialPerfil sociodemográfico e clínico-laboratorial de pacientes com COVID-19 internados em hospital terciário na cidade do Recife, Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Laura Emanuelle Silva.pdfDISSERTAÇÃO Laura Emanuelle Silva.pdfapplication/pdf972000https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49850/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Laura%20Emanuelle%20Silva.pdfbcfb6ae96598b930cb68c80dc98223d8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Laboratório
Exame laboratorial
description Desde os relatos dos primeiros casos de COVID-19 em dezembro de 2019 na China, a doença se dispersou por todo o mundo, com cerca de 370 milhões de casos e 5.6 milhões de óbitos em fevereiro de 2022. Em 80% dos casos, a doença se apresenta com um quadro leve, com poucos sintomas respiratórios. Cerca de 20% necessitam de internamento hospitalar, e destes 5% podem evoluir com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos surtos causados pela cepa original e outras variantes como Alpha, Beta e Gama. Manifestações clínicas, presença de comorbidades e alterações laboratoriais têm sido estudadas na avaliação do paciente com COVID-19, na tentativa de identificar fatores de riscos associados à gravidade, porém não há uniformidade dos resultados devido às diferentes metodologias utilizadas. Com o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico e laboratorial e os fatores de risco associados às formas graves da doença, realizou-se uma coorte prospectiva em um hospital do Recife, Pernambuco, nordeste do Brasil. No período de maio a setembro de 2020, foram recrutados 95 casos suspeitos de COVID-19, desses 75 (79%) pacientes foram confirmados para COVID19, sendo 48 (64%) do sexo feminino, com média de idade de 67,5 ± 12,2 anos (média ± dp), com predomínio da faixa etária acima de 65 anos ou mais (62,7%). Dos 75 pacientes, 31 (45,6%) tinham renda familiar de até 1 salário-mínimo e 36 (54,5%) tinham escolaridade até o ensino fundamental. O tempo entre o início dos sintomas e a internação foi uma mediana de 7 (4-11) dias. Na admissão os sintomas gerais mais frequentes foram astenia (73,3%), febre (60%), anorexia (56%), cefaleia (45,3%), mialgia (34,7%). Entre os sintomas respiratórios, a tosse seca foi o mais frequente (65,3%), seguido de dispneia (64%) e tosse produtiva (44%). Diarreia esteve presente em 37,3% dos casos, sonolência em 34,7%, e confusão mental em 2,7%. Dos 75 pacientes, 31 (41%) foram classificados como graves. Sete pacientes foram a óbitos (9%). Na admissão, na análise univariada, apenas tosse produtiva foi mais frequentemente relatada entre pacientes graves 64,5% (p=0,075). Na análise da associação da gravidade do caso com as variáveis longitudinais (medidas repetidas durante o período de internação) para os exames laboratoriais, observou-se associação com formas graves a presença de elevação de plaquetas (OR (IC95%): 1,009 (1,003 – 1,105); p = 0,003), INR alterado OR (IC95%): 1,005 (1,0001 – 1,010); p = 0,029), D-Dímero elevado OR (IC95%): 4,07 (1,71 – 9,69); p = 0,002), ureia elevada OR (IC95%): 1,003 (1,001 – 1,004); p = 0.013, hipernatremia OR (IC95%): 7,05 (1,42 – 34,9); p = 0,017, hipercalemia OR (IC95%): 3,38 (1,35 – 8,45); p = 0,009), aspartato aminotransferase elevadas (AST) OR (IC95%): 1,006 (1,001 – 1,011); p = 0,007), fosfatase alcalina OR (IC95%):1,017 (0,999 – 1,035); p = 0,051, GGT elevadas (OR (IC95%): 3,08 (1,20 – 7,89); p =0,019) e aumento da Bilirrubina direta (BD) (OR (IC95%): 1,039 (1,007 – 1,071); p = 0,017). Na análise multivariada de medidas clínicas e laboratoriais na admissão foi observado uma associação da gravidade do caso de COVID-19 com asma (OR: 4,58., IC: 1,13 – 18.7; p=0,034), com a anorexia (OR 1,123; IC: 1,016 – 1242; p= 0,040) e em relação as alterações laboratoriais o modelo demonstrou uma associação com elevação de plaquetas, dímero D elevado, sódio elevado, potássio elevado, GGT e AST elevados. O presente estudo foi composto por uma amostra predominantemente de idosos, com 45% dos casos evoluindo para a forma grave da doença e com letalidade de 9%, semelhante ao encontrado em outros centros no mundo. Não se observou diferenças na frequência de comorbidades como hipertensão e diabetes nas formas graves o que pode sugerir que apenas ser portador da doença (variável dicotômica) pode não estar associado ao risco. Na avaliação de fatores de risco, a asma, tosse produtiva e anorexia estão associados a formas graves da doença. Na avaliação multivariada de alterações laboratoriais ao longo da internação, as alterações de enzimas hepáticas e fatores de coagulação, que estão em parte inter-relacionados, representam um importante marcador de gravidade semelhante aos dados da literatura, apesar de resultados nem sempre concordantes. A amostra pequena pode ter limitado outras associações. A identificação de características clínicas e evolutivas e fatores de risco associados à doença encontrados no estudo, particularmente as formas graves, poderá auxiliar no manejo clínico desses pacientes, fazendo necessário mais estudos regionais prospectivos ampliando o número de participantes.
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