Traqueostomia durante pandemia de covid-19 : comparação de mortalidade em pacientes internados em unidade de terapia intensiva

• Autor(a) principal: SANTOS, Priscila Florêncio
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52512
• topic: Traqueostomia; COVID-19; SARS-CoV-2; Unidade de terapia intensiva; Mortalidade

A COVID-19 é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, com alta taxa de transmissibilidade e potencialmente grave, que teve início no fim do ano de 2019. A traqueostomia foi um procedimento bastante realizado nos pacientes que foram admitidos em unidade de terapia intensiva (UTI), pela necessidade de ventilação mecânica por período prolongado. Este estudo teve como objetivo comparar a mortalidade dos pacientes que foram submetidos a traqueostomia antes de 14 dias (precoce) e a partir de 14 dias (tardia) da intubação orotraqueal. Um estudo de corte transversal retrospectivo, no qual foram avaliados os pacientes admitidos na UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), em decorrência de COVID-19 confirmada por RT-PCR, e submetidos a traqueostomia, no período de maio de 2020 a julho de 2022, em um hospital terciário no Recife/PE. A coleta foi executada através de um formulário estruturado contendo as variáveis de interesse. O desfecho primário foi a mortalidade durante o internamento em até 90 dias da data do internamento em UTI, comparada entre pacientes que foram submetidos ao procedimento de forma precoce e tardia. No total, 298 pacientes foram internados em UTI, porém apenas 32 foram elegíveis para inclusão no estudo. O grupo “precoce” apresentou menor tempo em ventilação mecânica (26 dias) e número de alta da UTI duas vezes maior. Entretanto, não houve diferença estatística entre o tempo da realização da traqueostomia até o desfecho. Após a análise dos dados, percebe-se que a traqueostomia foi um procedimento presente nos pacientes em internamento hospitalar em UTI durante a pandemia de COVID-19, porém, quando comparado o desfecho dos pacientes submetidos ao procedimento de forma precoce ou tardia, não houve diferença significativa.