Atributos anti-herbivoria de diferentes grupos funcionais em floresta tropical sazonal seca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SENA, Fernando Henrique de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37862
Resumo: A herbivoria é uma das interações ecológicas mais dominantes na natureza, com efeitos sobre o funcionamento e a estruturação de ecossistemas florestais. As plantas, no entanto, não são passivas aos ataques dos herbívoros e apresentam mecanismos para resistir ou tolerar a herbivoria, especialmente em suas características foliares. Especificamente, essas características podem ser modificadas conforme às variações ambientais, a exemplo de florestas em distintas etapas de sucessão ecológica, gerando implicações na incidência e no ataque dos herbívoros, e no percentual de herbivoria das plantas. Deste modo, este trabalho teve por objetivo: I- Identificar a presença de grupos funcionais a partir de características foliares de defesas de plantas ocorrentes em Floresta Sazonalmente Seca; II- Relacionar seus níveis de herbivoria foliar; III- Avaliar características de defesas foliares em plantas ao longo da sucessão e sua influência nas interações com herbívoros a partir da taxa de herbivoria. O estudo foi desenvolvido em estádios de sucessão inicial e tardio durante duas estações chuvosas consecutivas. Foram analisadas características físicas foliares (área foliar especifica, densidade e espessura), teor de compostos fenólicos, percentual de herbivoria e o conteúdo nutricional (N, P, K e N:P) das espécies arbóreas mais abundantes na área de estudo. A partir de uma análise de agrupamento ficou evidenciado a formação de quatro grupos funcionais. A taxa média de perda de área foliar por herbivoria nestes grupos variou entre 1,2 e 31,3%. A estratégia de maior proteção contra herbivoria resultou em folhas mais densas e com alto teor de fenóis, corroborando a eficiência desses traços das folhas como barreiras para o consumo vegetal. Quanto às espécies co-ocorrentes, Aspidosperma pyrifolium e Cenostigma pyramidale, ambas apresentaram a estratégia de produção de tecidos de custos mais baixos e de fácil substituição (menor esclerofilia, maior conteúdo de nutrientes e menos compostos fenólicos) em áreas iniciais e a alocação de recursos em tecidos mais duráveis (maior esclerofilia; menores teores de nutrientes) e com alto níveis de fenólicos em plantas tardias. A porcentagem média de herbivoria foi maior na área inicial para as duas espécies. Nas características analisadas, apenas o teor de compostos fenólicos em A. pyrifolium e teor de N em C. pyramidale demonstrou relação negativa e positiva, respectivamente, com a perda de área foliar. Nossos resultados corroboram a eficiência de traços distintos da folha como barreiras efetivas para o consumo vegetal tanto em escala de grupo funcional quanto de espécies. Eles também revelam demandas distintas em relação ao investimento de energia da planta, especialmente quando alocadas em distintas etapas da sucessão, enfatizando que a defesa vegetal está associada ao espectro de economia da planta em áreas de floresta tropical sazonalmente seca.
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spelling SENA, Fernando Henrique dehttp://lattes.cnpq.br/3805636677524327http://lattes.cnpq.br/3305390900674832ALMEIDA, Jarcilene Silva de2020-09-09T19:06:55Z2020-09-09T19:06:55Z2020-02-19SENA, Fernando Henrique de. Atributos anti-herbivoria de diferentes grupos funcionais em floresta tropical sazonal seca. 2020. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37862A herbivoria é uma das interações ecológicas mais dominantes na natureza, com efeitos sobre o funcionamento e a estruturação de ecossistemas florestais. As plantas, no entanto, não são passivas aos ataques dos herbívoros e apresentam mecanismos para resistir ou tolerar a herbivoria, especialmente em suas características foliares. Especificamente, essas características podem ser modificadas conforme às variações ambientais, a exemplo de florestas em distintas etapas de sucessão ecológica, gerando implicações na incidência e no ataque dos herbívoros, e no percentual de herbivoria das plantas. Deste modo, este trabalho teve por objetivo: I- Identificar a presença de grupos funcionais a partir de características foliares de defesas de plantas ocorrentes em Floresta Sazonalmente Seca; II- Relacionar seus níveis de herbivoria foliar; III- Avaliar características de defesas foliares em plantas ao longo da sucessão e sua influência nas interações com herbívoros a partir da taxa de herbivoria. O estudo foi desenvolvido em estádios de sucessão inicial e tardio durante duas estações chuvosas consecutivas. 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Quanto às espécies co-ocorrentes, Aspidosperma pyrifolium e Cenostigma pyramidale, ambas apresentaram a estratégia de produção de tecidos de custos mais baixos e de fácil substituição (menor esclerofilia, maior conteúdo de nutrientes e menos compostos fenólicos) em áreas iniciais e a alocação de recursos em tecidos mais duráveis (maior esclerofilia; menores teores de nutrientes) e com alto níveis de fenólicos em plantas tardias. A porcentagem média de herbivoria foi maior na área inicial para as duas espécies. Nas características analisadas, apenas o teor de compostos fenólicos em A. pyrifolium e teor de N em C. pyramidale demonstrou relação negativa e positiva, respectivamente, com a perda de área foliar. Nossos resultados corroboram a eficiência de traços distintos da folha como barreiras efetivas para o consumo vegetal tanto em escala de grupo funcional quanto de espécies. Eles também revelam demandas distintas em relação ao investimento de energia da planta, especialmente quando alocadas em distintas etapas da sucessão, enfatizando que a defesa vegetal está associada ao espectro de economia da planta em áreas de floresta tropical sazonalmente seca.FACEPEThe herbivory is one of the most dominant ecological interactions in nature, with effects on the fun tioning and structuring of forest ecosystems. Plants are not inert to herbivore attacks and have mechanisms to resist or tolerate herbivory, especially in their leaf traits. Specifically, these traits can be modified according to environmental variations, such as forests in different stages of ecological succession, generating implications for the incidence and attack of herbivores, and the herbivory percentage in plants. Thus, this study aimed to: I- Analyze the presence of functional groups based on leaf traits of plant defenses occurring in occurring in a seasonally tropical dry forest; II- if present, the functional groups, compare their levels of leaf herbivory and the relationship with these leaf traits; III- evaluate the expression of leaf defenses in plants that are able to establish themselves, at the same time, in different succession stages and their influence on interactions with herbivores based on the herbivory rate. The study was carried out in early and late successions stages during two consecutive rainy seasons. Leaf physical traits (specific leaf area, density and thickness), phenolic compounds content, herbivory percentage and the nutritional content (N, P, K and N: P) of the most abundant tree species in the study area were analyzed. From a cluster analysis, the formation of four functional groups was evidenced. The herbivory percentage in these groups varied between 1.2 and 31.3%. The strategy of greater protection against herbivory resulted in denser leaves with a high content of phenolic compounds, corroborating the efficiency of these leaf traits as barriers for plant consumption. As for the co-occurring species, Aspidosperma pyrifolium and Cenostigma pyramidale, both presented the strategy of producing lower cost and easily substituted tissues (less sclerophylly, higher nutrient content and less phenolic compounds) in early stage and the allocation of resources in more durable tissues (greater sclerophylly; lower nutrient contents) and with high levels of phenolics in late stage. The average herbivory percentage was significantly higher in the early stages for both species. In the traits analyzed, only the content of phenolic compounds in A. pyrifolium and N content in C. pyramidale showed a negative and positive relationship, respectively, with the loss of leaf area. Our results corroborate the efficiency of distinct leaf traits as effective barriers to plant consumption both at the functional group and species scale. They also reveal different demands in relation to the plant's energy investment, especially when allocated at different successional stages, emphasizing that plant defense is associated with the plant economics spectrum in tropical dry forest.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessFlorestas tropicais sazonalmente secasHerbivoriaCompostos fenólicosAtributos anti-herbivoria de diferentes grupos funcionais em floresta tropical sazonal secainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Fernando Henrique de Sena.pdfTESE Fernando Henrique de Sena.pdfapplication/pdf1795660https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37862/1/TESE%20Fernando%20Henrique%20de%20Sena.pdf8e7b27ac9f5510d2923ca852e4c4e819MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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