A construção do ¨ser médico¨ no processo de reestruturação do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco, na perspectiva do eixo humanístico
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8208 |
Resumo: | O presente estudo teve por objetivo, verificar em que medida, os módulos do Eixo Humanístico: Medicina, Ética e Relações Humanas (MERHU), no 1º. período e Desenvolvimento Pessoal e Profissional III (DPP III), no 7º. período, contribuem na construção do ser médico, no processo de reestruturação do Curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco, iniciado no ano de 2003. Foi realizada uma retrospectiva histórica do ensino médico no Brasil e do Curso de Medicina da UFPE, criado em 1920, registrando os seus modelos de ensino e as transformações que ocorreram ao longo do tempo. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, de um grupo de estudantes de medicina, com características semelhantes, com início no ano de 2005 e seguimento até o ano de 2009. É também intervencionista, tendo em vista que o autor foi responsável pela criação dos dois módulos e coparticipante de todo o processo, buscando empreender mudanças pertinentes à formação médica. Optou-se pelo uso de metodologia mista, quanti-qualitativa. Utilizou-se a estratégia aninhada concomitante, durante a qual, os dados foram coletados simultaneamente e foram reunidos, integrados na fase de análise do estudo. A amostra foi constituída por 279 estudantes, integrantes das quatro turmas (118, 119, 120 e 121), que iniciaram o curso em 2005.1, 2005.2, 2006.1 e no ano de 2006.2, respectivamente e cursaram o módulo Medicina, Ética e Relações Humanas (MERHU) no 1º período . Esses mesmos alunos, cursaram o módulo Desenvolvimento Pessoal e Profissional III (DPP III) no 7º. período, nos anos de 2008.1, 2008.2, 2009.1 e 2009.2, respectivamente. Os módulos se fundamentam numa educação centrada no aluno, buscando uma participação ativa dos mesmos em todo o processo. Foram utilizados os mesmos instrumentos de avaliação nos dois momentos (1º e 7º períodos), ou seja, a autoavaliação e a avaliação do módulo pelos alunos (questionário). Os relatos de vivências, referentes especificamente às questões éticas, envolvendo atitudes, foram utilizados apenas com os alunos do 7º período, considerando o momento do curso e a experiência dos mesmos. Os resultados evidenciaram uma população de estudantes, sem predomínio de gênero e em sua quase totalidade solteiros. Cerca de 55% dos alunos iniciou o curso com até 20 anos de idade. Quase a totalidade aprova a existência dos dois módulos nos dois momentos do curso. Foi ressaltada a contribuição dos módulos do ponto de vista emocional, especialmente pelos alunos no 1º. período, tendo como justificativas as dificuldades na adaptação ao curso e o quantitativo de módulos e avaliações. A maioria (95%) da amostra avaliou a relação professor-aluno com o conceito bom/excelente. A autoavaliação apresentou resultados animadores, com referência à freqüência às aulas, participação, aprendizagem e a nota atribuída pelos alunos. Em torno de 80% da amostra avaliou o aprendizado nos módulos, como uma experiência para a vida e não só para a formação médica. Nos relatos de vivências no 7º período predominou ocorrências em serviços de emergência e maternidades, ressaltando características de atitudes/posturas percebidas como negativas no contexto da relação médico-paciente, além do registro das dificuldades enfrentadas pelos alunos em relação à supervisão nos estágios. Espera-se que os resultados desse estudo, pioneiro na abordagem da educação médica, através de um processo de caráter evolutivo, numa perspectiva inovadora em termos de metodologia de ensino, possam vir a contribuir para o aprimoramento do processo de reestruturação do Curso de Medicina da UFPE, assim como, possam oferecer subsídios para a implantação de novos cursos de Medicina no Estado de Pernambuco |
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Foi realizada uma retrospectiva histórica do ensino médico no Brasil e do Curso de Medicina da UFPE, criado em 1920, registrando os seus modelos de ensino e as transformações que ocorreram ao longo do tempo. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, de um grupo de estudantes de medicina, com características semelhantes, com início no ano de 2005 e seguimento até o ano de 2009. É também intervencionista, tendo em vista que o autor foi responsável pela criação dos dois módulos e coparticipante de todo o processo, buscando empreender mudanças pertinentes à formação médica. Optou-se pelo uso de metodologia mista, quanti-qualitativa. Utilizou-se a estratégia aninhada concomitante, durante a qual, os dados foram coletados simultaneamente e foram reunidos, integrados na fase de análise do estudo. 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Os resultados evidenciaram uma população de estudantes, sem predomínio de gênero e em sua quase totalidade solteiros. Cerca de 55% dos alunos iniciou o curso com até 20 anos de idade. Quase a totalidade aprova a existência dos dois módulos nos dois momentos do curso. Foi ressaltada a contribuição dos módulos do ponto de vista emocional, especialmente pelos alunos no 1º. período, tendo como justificativas as dificuldades na adaptação ao curso e o quantitativo de módulos e avaliações. A maioria (95%) da amostra avaliou a relação professor-aluno com o conceito bom/excelente. A autoavaliação apresentou resultados animadores, com referência à freqüência às aulas, participação, aprendizagem e a nota atribuída pelos alunos. Em torno de 80% da amostra avaliou o aprendizado nos módulos, como uma experiência para a vida e não só para a formação médica. 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