Eficiência da armadilha de oviposição br-ovt como estratégia integrada ao monitoramento e controle de Culex quinquefasciatus (SAY 1823) em Olinda-PE
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/998 |
Resumo: | Culex quinquefasciatus é um mosquito cosmopolita, vetor de importantes arboviroses e da parasitose mais prevalente no mundo, a filariose linfática. O Programa Global para Eliminação da Filariose Linfática para erradicação da doença, considera o controle desse mosquito como uma das medidas mais importantes nesse processo. Visando contribuir com esse programa, nesse trabalho avaliou-se o uso e impacto da armadilha BR-OVT como estratégia de monitoramento e controle de C. quinquefasciatus. Foram estimadas as principais características residenciais, que podem contribuir como agravantes para o desenvolvimento de C. quinquefasciatus. A freqüência de ocorrência desses agravos também foi avaliada e sua relação destes com a densidade de jangadas. Considerando-se o prolongado uso de produtos à base de Bacillus sphaericus (Bs) no controle de C.quinquefasciatus na área estudada foi realizada uma avaliação da susceptibilidade das larvas da população de mosquitos à esse larvicida. O trabalho foi realizado no bairro de Alto da Conquista, Olinda, PE durante outubro/2009 a outubro/2010. Armadilhas luminosas CDC foram instaladas em 24 residências para avaliação prévia da densidade de adultos na área. O monitoramento foi realizado através de 132 BROVT distribuídas em 11 quarteirões durante o período estudado. O impacto do uso da BROVT foi avaliado a cada três meses usando-se 24 CDC. Sete das nove características avaliadas foram consideradas como possíveis agravantes para o desenvolvimento de C. quinquefasciatus nas residências. A susceptibilidade do vetor foi avaliada através de bioensaios in vivo em testes de resistência ao Bs, medido com base na taxa de mortalidade nas doses de CL50 e CL90. Durante a avaliação prévia 87,5% das CDCs estavam positivas, sendo coletado um total de 2.518 mosquitos. A BR-OVT apresentou 95,08% das residências com presença de, pelo menos, uma jangada/ mês em 97 avaliações realizadas. Ao longo de um ano de observações, o registro médio de jangadas/casa/mês foi de 3,64 ± 7,59. O uso da BR-OVT não influenciou significativamente na população de adultos C. quinquefasciatus nas residências. As principais características agravantes foram: presença de cisterna e/ ou caixa d água, com 86,88%, presença de vegetação, com 55,74% e quatro ou mais moradores, com 52,46%. De acordo com o valor de IQR e a densidade de jangadas não foi observada uma correlação. As razões de resistência (5,48 e 9,36) apresentaram-se dentro dos padrões esperados de susceptibilidade para populações de campo. Concluindo, a BR-OVT mostrou-se uma armadilha eficaz para o monitoramento, podendo ser adicionada às medidas de controle integrado de C. quinquefasciatus. Apesar do desenvolvimento de resistência da população de campo do mosquito não ter sido comprovado, um acompanhamento da susceptibilidade dessa área deve ser mantido. O indicador de risco construido torna possível a identificação de áreas prioritárias para intervenções |
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