Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Mizael Inácio do
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37840
Resumo: Nesta tese, nos debruçamos sobre a relação entre escrit(ur)a e autoria em Língua Espanhola, a partir do aporte teórico-metodológico da Análise do Discurso pecheuxtiana, sobretudo os trabalhos de Pêcheux (1975, 1983 ), Orlandi (1984, 1988, 1996, 2006, 2012), Milner (1987), De Nardi (2007, 2008, 2009), Gallo (2001, 2008), Serrani (1998, 2000, 2003, 2005), Leandro-Ferreira (1999, 2000, 2003, 2005), Indursky (2001, 2006, 2009), Celada (2008, 2011) e Payer (2000, 2009, 2011). Partindo do pressuposto de que, enquanto função de todo sujeito, a autoria é inquestionável, mas, enquanto efeito do discurso, não o é, uma vez que só vamos tê-la quando o sujeito se inscreve em um discurso de escrita, ou seja, um discurso institucionalizado, com efeito de fecho e de unidade, resultado da prática de TEXUALIZAÇÃO, buscamos, mais especificamente, analisar os movimentos que constituem as formas de inscrição dos sujeitos-alunos em língua espanhola por meio dos seus diferentes gestos de autoria, que podem configurar a função-autor (nível enunciativo-discursivo) ou apontar para a produção do efeito-autor (nível discursivo) no espaço acadêmico. Para isso, restringimos o escopo de nossa pesquisa a um corpus constituído por sequências discursivas recortadas das práticas discursivas de estudantes do curso de Letras-Espanhol da UFRPE em situação de intercâmbio na Universidade de Buenos Aires (UBA). Em linhas gerais, nosso foco de investigação recaiu sobre a construção da autoria pelo viés da sintaxe do discurso, que possibilita observar a inscrição do sujeito na ordem da língua. Nesta trajetória, pudemos observar, também, como a posição assumida pelo professor, através do seu trabalho de correção/revisão, pode configurar uma autoria colaborativa/compartilhada ou resultar na interdição desse sujeito e seus gestos de autoria. Nessa mesma linha, trabalhamos na observação de como o discurso acadêmico, por seus modos de funcionamento, (im)possibilita a inscrição do sujeito no discurso e, consequentemente, a assunção da autoria que levaria à produção do efeito-autor. Os resultados interpretativos nos permitem fazer as seguintes afirmações: i) na aprendizagem de uma língua estrangeira, a língua materna se faz sempre presente, pois, durante o processo de arranjos e rearranjos, o sujeito precisa negociar, com o seu próprio repertório, as formas de dizer dessa nova língua e suas memórias discursivas para, assim, poder inscrever o seu dizer nessa nova rede do dizível; ii) na função leitor-autor, o funcionamento da leitura se dá por um movimento pendular, segundo o qual os sentidos sempre podem ser outros; já na função leitor-corretor, o movimento é cíclico, ou seja, ora aponta para o modo como o dizer do sujeito-aluno está estruturado, ora para a correção linguística desse dizer, condicionando a sua inscrição na língua estrangeira a aspectos puramente formais e, assim, os efeitos de sentidos produzidos por ele se desvanecem; iii) a escrita acadêmica exige do sujeito uma submissão às formas de dizer, visto que, quanto mais se exige do sujeito esse movimento de citação e referência a outras formulações para validar o seu discurso, menos propenso a se tornar autor do seu projeto discursivo ele estará; iv) a escola (e também o ambiente universitário) deve propiciar a assunção do sujeito à posiçãoautor, criando espaços para que, de um lado, o sujeito se coloque em suas mais diversas práticas discursivas, promovendo nas práticas de leitura e escrit(ur)a a relação do sujeito com a exterioridade e o desenvolvimento e controle dos mecanismos do processo discursivo e dos processos textuais que envolvem sua escrit(ur)a, e, por outro, o professor contribua significativamente nesse processo, colocando-se como leitor do texto produzido, dialogando com ele e não apenas corrigindo-o; v) a partir dos seus gestos interpretativos, o sujeito toma a palavra e se diz enquanto tal, produzindo, nessa outra língua, gestos de autoria que o levam a inscrever-se numa nova ordem e seu funcionamento. Enfim, são esses gestos que possibilitam ao sujeito produzir sentidos e não apenas reproduzi-los.
id UFPE_ff52aa7643cfe0919d68c4418e48e3f1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/37840
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling NASCIMENTO, Mizael Inácio dohttp://lattes.cnpq.br/9141951748332351http://lattes.cnpq.br/5498953650037116DE NARDI, Fabiele Stockmans2020-09-05T02:27:08Z2020-09-05T02:27:08Z2020-03-13NASCIMENTO, Mizael Inácio do. Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas: efeitos da subjetivação na/pela língua do outro. 2020. Doutorado (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37840Nesta tese, nos debruçamos sobre a relação entre escrit(ur)a e autoria em Língua Espanhola, a partir do aporte teórico-metodológico da Análise do Discurso pecheuxtiana, sobretudo os trabalhos de Pêcheux (1975, 1983 ), Orlandi (1984, 1988, 1996, 2006, 2012), Milner (1987), De Nardi (2007, 2008, 2009), Gallo (2001, 2008), Serrani (1998, 2000, 2003, 2005), Leandro-Ferreira (1999, 2000, 2003, 2005), Indursky (2001, 2006, 2009), Celada (2008, 2011) e Payer (2000, 2009, 2011). Partindo do pressuposto de que, enquanto função de todo sujeito, a autoria é inquestionável, mas, enquanto efeito do discurso, não o é, uma vez que só vamos tê-la quando o sujeito se inscreve em um discurso de escrita, ou seja, um discurso institucionalizado, com efeito de fecho e de unidade, resultado da prática de TEXUALIZAÇÃO, buscamos, mais especificamente, analisar os movimentos que constituem as formas de inscrição dos sujeitos-alunos em língua espanhola por meio dos seus diferentes gestos de autoria, que podem configurar a função-autor (nível enunciativo-discursivo) ou apontar para a produção do efeito-autor (nível discursivo) no espaço acadêmico. Para isso, restringimos o escopo de nossa pesquisa a um corpus constituído por sequências discursivas recortadas das práticas discursivas de estudantes do curso de Letras-Espanhol da UFRPE em situação de intercâmbio na Universidade de Buenos Aires (UBA). Em linhas gerais, nosso foco de investigação recaiu sobre a construção da autoria pelo viés da sintaxe do discurso, que possibilita observar a inscrição do sujeito na ordem da língua. Nesta trajetória, pudemos observar, também, como a posição assumida pelo professor, através do seu trabalho de correção/revisão, pode configurar uma autoria colaborativa/compartilhada ou resultar na interdição desse sujeito e seus gestos de autoria. Nessa mesma linha, trabalhamos na observação de como o discurso acadêmico, por seus modos de funcionamento, (im)possibilita a inscrição do sujeito no discurso e, consequentemente, a assunção da autoria que levaria à produção do efeito-autor. Os resultados interpretativos nos permitem fazer as seguintes afirmações: i) na aprendizagem de uma língua estrangeira, a língua materna se faz sempre presente, pois, durante o processo de arranjos e rearranjos, o sujeito precisa negociar, com o seu próprio repertório, as formas de dizer dessa nova língua e suas memórias discursivas para, assim, poder inscrever o seu dizer nessa nova rede do dizível; ii) na função leitor-autor, o funcionamento da leitura se dá por um movimento pendular, segundo o qual os sentidos sempre podem ser outros; já na função leitor-corretor, o movimento é cíclico, ou seja, ora aponta para o modo como o dizer do sujeito-aluno está estruturado, ora para a correção linguística desse dizer, condicionando a sua inscrição na língua estrangeira a aspectos puramente formais e, assim, os efeitos de sentidos produzidos por ele se desvanecem; iii) a escrita acadêmica exige do sujeito uma submissão às formas de dizer, visto que, quanto mais se exige do sujeito esse movimento de citação e referência a outras formulações para validar o seu discurso, menos propenso a se tornar autor do seu projeto discursivo ele estará; iv) a escola (e também o ambiente universitário) deve propiciar a assunção do sujeito à posiçãoautor, criando espaços para que, de um lado, o sujeito se coloque em suas mais diversas práticas discursivas, promovendo nas práticas de leitura e escrit(ur)a a relação do sujeito com a exterioridade e o desenvolvimento e controle dos mecanismos do processo discursivo e dos processos textuais que envolvem sua escrit(ur)a, e, por outro, o professor contribua significativamente nesse processo, colocando-se como leitor do texto produzido, dialogando com ele e não apenas corrigindo-o; v) a partir dos seus gestos interpretativos, o sujeito toma a palavra e se diz enquanto tal, produzindo, nessa outra língua, gestos de autoria que o levam a inscrever-se numa nova ordem e seu funcionamento. Enfim, são esses gestos que possibilitam ao sujeito produzir sentidos e não apenas reproduzi-los.En esta tesis, nos centramos sobre la relación entre escritura y autoría en Lengua Española, a partir del aporte teórico-metodológico del Análisis del Discurso pecheuxtiano, sobre todo los trabajos de Pêcheux (1975, 1983 ), Orlandi (1984, 1988, 1996, 2006, 2012), Milner (1987), De Nardi (2007, 2008, 2009), Gallo (2001, 2008), Serrani (1998, 2000, 2003, 2005), Leandro-Ferreira (1999, 2000, 2003, 2005), Indursky (2001, 2006, 2009), Celada (2008, 2011) e Payer (2000, 2009, 2011). Partiendo del supuesto de que, como función de todo sujeto, la autoría es incuestionable, pero, como efecto del discurso, no lo es, una vez que solo vamos a tenerla cuando el sujeto se inscriba en un discurso de escritura, o sea, un discurso institucionalizado, con efecto de cierre y de unidad, resultado de la práctica de TEXTUALIZACIÓN, buscamos, más específicamente, analizar los movimientos que constituyen las formas de inscripción de los sujetos-alumnos en lengua española a través de sus distintos gestos de autoría, que pueden configurar la función-autor (nivel enunciativodiscursivo) o indicar la producción del efecto-autor (nivel discursivo) en el espacio académico. Para ello, restringimos el escopo de nuestra investigación a un corpus constituido por secuencias discursivas recortadas de las prácticas discursivas de estudiantes del curso de Letras-Español de la UFRPE en situación de intercambio en la Universidad de Buenos Aires (UBA). En términos generales, nuestra atención incidió sobre la construcción de la autoría por la perspectiva de la sintaxis del discurso, que posibilita observar la inscripción del sujeto en el orden de la lengua. En esta trayectoria, pudimos observar, también, cómo la posición asumida por el profesor, a través de su trabajo de corrección/revisión, puede configurar una autoría colaborativa/compartida o resultar en la interdicción de ese sujeto y sus gestos autorales. Bajo esa misma perspectiva, trabajamos en la observación de cómo el discurso académico, por sus modos de funcionamiento, (im)posibilita la inscripción del sujeto en el discurso y, consecuentemente, la asunción de la autoría que llevaría a la producción del efecto-autor. Los resultados interpretativos nos permiten hacer las siguientes afirmaciones: i) en el aprendizaje de una lengua extrajera, la lengua materna se hace siempre presente, pues, a lo largo del proceso de arranjos y rearranjos, el sujeto necesita negociar, con su propio repertorio, las formas de decir de esa nueva lengua y sus memorias discursivas para, así, poder inscribir su decir en esa nueva red del decir; ii) en la función lector-autor, el funcionamiento de la lectura se da por un movimiento pendular, según el cual los sentidos siempre pueden ser otros; ya en la función lector-corrector, el movimiento es cíclico, es decir, ora indica para el modo como el decir del sujeto-alumno está estructurado, ora para la corrección lingüística de ese decir, condicionando su inscripción en la lengua extranjera a aspectos meramente formales y, por tanto, los efectos de sentidos producidos por él se desvanecen; iii) la escritura académica exige del sujeto una sumisión a las formas de decir, visto que, cuanto más se exige del sujeto ese movimiento de citación y referencia a otras formulaciones para validar su discurso, menos propenso a hacerse autor de su proyecto discursivo él estará; iv) la escuela (y también el ambiente universitario) debe propiciar la asunción del sujeto a la posición-autor, creando espacios para que, por una parte, el sujeto se coloque en sus más diversas prácticas discursivas, promoviendo en los trabajos con la lectura y escritura la relación del sujeto con la exterioridad y el desarrollo y control de los mecanismos de proceso discursivo y de los procesos textuales que involucran su escritura; y, por otra, el profesor contribuya significativamente en ese proceso, poniéndose como lector del texto producido, dialogando con él y no solo corrigiéndolo; v) a partir de sus gestos interpretativos, el sujeto toma la palabra y se dice como tal, produciendo, en esa otra lengua, gestos de autoría que lo llevan a inscribirse en un nuevo orden y su funcionamiento. Al fin, son esos gestos que le posibilitan al sujeto producir sentidos y no solo reproducirlos.In this thesis, we look at the relationship between writing and authorship in Spanish, based on the theoretical and methodological contribution of Pêcheux Discourse Analysis, especially the works of Pêcheux (1975, 1983), Orlandi (1984, 1988, 1996, 2006, 2012), Milner (1987), De Nardi (2007, 2008, 2009), Gallo (2001, 2008), Serrani (1998, 2000, 2003), Leandro-Ferreira (1999, 2000, 2003, 2005), Indursky (2001, 2006, 2009), Celada (2008, 2011) and Payer (2000, 2009, 2011). Starting from the assumption that, as a function of every subject, authorship is unquestionable, but, as a discourse effect, it is not, since we will only have authorship when the subject is enrolled in a writing discourse, that is, an institutionalized discourse, with effect of closure and unity, the result of the practice of TEXTUALIZATION, we seek, more specifically, to analyze the movements that constitute the forms of enrollment of the subject-students in Spanish through their different gestures of authorship, that can configure the author-function (enunciative-discursive level) or indicate the production of the author-effect (discursive level) in the academic space. To this end, we restricted the scope of our research to a corpus made up of discursive sequences extracted from the discursive practices of students of the UFRPE Letras-Espanhol course in an exchange situation at the University of Buenos Aires (UBA). In general, our research focus was on the construction of authorship through the discourse syntax, which makes it possible to observe the subject's inscription in the language order. We could also observe how the position taken by the teacher, through his work of correction / review, can configure a collaborative / shared authorship or result in the interdiction of this subject and his gestures of authorship. Along the same lines, we worked on the observation of how the academic discourse, due to its modes of operation, enables or not the subject to be inscribed in the discourse and, consequently, the assumption of authorship that would lead to the production of the author-effect. The interpretative results allow us to make the following statements: i) when learning a foreign language, the mother tongue is always present, because, during the process of arrangements and rearrangements, the subject needs to negotiate, with his own repertoire, the forms to speak of this new language and its discursive memories so as to be able to inscribe its saying in this new network of the sayable; ii) in the reader-author function, the functioning of reading occurs through a pendulum movement, according to which the meanings can always be different; however, in the reader-corrector function, the movement is cyclical, that is, sometimes it points to the way the subject-student's saying is structured, sometimes to the linguistic correction of that saying, conditioning his inscription in the foreign language to purely formal aspects and thus, the effects of the senses produced by him vanish; iii) academic writing demands from the subject a submission to the ways of saying, since, the more this movement of citation and reference to other formulations is required of the subject to validate his speech, the less likely he is to become the author of his discursive project; iv) the school (and also the university environment) should encourage the subject to assume the author-position, creating spaces so that, on the one hand, the subject can place himself in his most diverse discursive practices, promoting in reading and writing practices the relation of the subject with the exteriority and the development and control of the mechanisms of the discursive process and of the textual processes that involve his writing and, on the other hand, the teacher can contribute significantly in this process, placing himself as reader of the text produced, dialoguing with and not just correcting it; v) from his interpretive gestures, the subject takes the floor, producing, in that other language, gestures of authorship that lead him to inscribe himself in a new order and its functioning. It is these gestures that enable the subject to produce meanings and not just reproduce them.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGestos de autoriaEscrit(ur)aEspanhol/Língua estrangeiraAnálise do DiscursoGestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Mizael Inácio do Nascimento.pdfTESE Mizael Inácio do Nascimento.pdfapplication/pdf8135675https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/1/TESE%20Mizael%20In%c3%a1cio%20do%20Nascimento.pdf2bb622d6c4ab279ab4612b4ee3f9a307MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Mizael Inácio do Nascimento.pdf.txtTESE Mizael Inácio do Nascimento.pdf.txtExtracted texttext/plain571852https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/4/TESE%20Mizael%20In%c3%a1cio%20do%20Nascimento.pdf.txtb40ab21a960d174a58991113ffe73ea1MD54THUMBNAILTESE Mizael Inácio do Nascimento.pdf.jpgTESE Mizael Inácio do Nascimento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1219https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/5/TESE%20Mizael%20In%c3%a1cio%20do%20Nascimento.pdf.jpg9885b545d91ea726479fd289d65ea343MD55123456789/378402020-09-05 02:12:08.838oai:repositorio.ufpe.br:123456789/37840TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-09-05T05:12:08Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
title Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
spellingShingle Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
NASCIMENTO, Mizael Inácio do
Gestos de autoria
Escrit(ur)a
Espanhol/Língua estrangeira
Análise do Discurso
title_short Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
title_full Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
title_fullStr Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
title_full_unstemmed Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
title_sort Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas : efeitos da subjetivação na/pela língua do outro
author NASCIMENTO, Mizael Inácio do
author_facet NASCIMENTO, Mizael Inácio do
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9141951748332351
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5498953650037116
dc.contributor.author.fl_str_mv NASCIMENTO, Mizael Inácio do
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv DE NARDI, Fabiele Stockmans
contributor_str_mv DE NARDI, Fabiele Stockmans
dc.subject.por.fl_str_mv Gestos de autoria
Escrit(ur)a
Espanhol/Língua estrangeira
Análise do Discurso
topic Gestos de autoria
Escrit(ur)a
Espanhol/Língua estrangeira
Análise do Discurso
description Nesta tese, nos debruçamos sobre a relação entre escrit(ur)a e autoria em Língua Espanhola, a partir do aporte teórico-metodológico da Análise do Discurso pecheuxtiana, sobretudo os trabalhos de Pêcheux (1975, 1983 ), Orlandi (1984, 1988, 1996, 2006, 2012), Milner (1987), De Nardi (2007, 2008, 2009), Gallo (2001, 2008), Serrani (1998, 2000, 2003, 2005), Leandro-Ferreira (1999, 2000, 2003, 2005), Indursky (2001, 2006, 2009), Celada (2008, 2011) e Payer (2000, 2009, 2011). Partindo do pressuposto de que, enquanto função de todo sujeito, a autoria é inquestionável, mas, enquanto efeito do discurso, não o é, uma vez que só vamos tê-la quando o sujeito se inscreve em um discurso de escrita, ou seja, um discurso institucionalizado, com efeito de fecho e de unidade, resultado da prática de TEXUALIZAÇÃO, buscamos, mais especificamente, analisar os movimentos que constituem as formas de inscrição dos sujeitos-alunos em língua espanhola por meio dos seus diferentes gestos de autoria, que podem configurar a função-autor (nível enunciativo-discursivo) ou apontar para a produção do efeito-autor (nível discursivo) no espaço acadêmico. Para isso, restringimos o escopo de nossa pesquisa a um corpus constituído por sequências discursivas recortadas das práticas discursivas de estudantes do curso de Letras-Espanhol da UFRPE em situação de intercâmbio na Universidade de Buenos Aires (UBA). Em linhas gerais, nosso foco de investigação recaiu sobre a construção da autoria pelo viés da sintaxe do discurso, que possibilita observar a inscrição do sujeito na ordem da língua. Nesta trajetória, pudemos observar, também, como a posição assumida pelo professor, através do seu trabalho de correção/revisão, pode configurar uma autoria colaborativa/compartilhada ou resultar na interdição desse sujeito e seus gestos de autoria. Nessa mesma linha, trabalhamos na observação de como o discurso acadêmico, por seus modos de funcionamento, (im)possibilita a inscrição do sujeito no discurso e, consequentemente, a assunção da autoria que levaria à produção do efeito-autor. Os resultados interpretativos nos permitem fazer as seguintes afirmações: i) na aprendizagem de uma língua estrangeira, a língua materna se faz sempre presente, pois, durante o processo de arranjos e rearranjos, o sujeito precisa negociar, com o seu próprio repertório, as formas de dizer dessa nova língua e suas memórias discursivas para, assim, poder inscrever o seu dizer nessa nova rede do dizível; ii) na função leitor-autor, o funcionamento da leitura se dá por um movimento pendular, segundo o qual os sentidos sempre podem ser outros; já na função leitor-corretor, o movimento é cíclico, ou seja, ora aponta para o modo como o dizer do sujeito-aluno está estruturado, ora para a correção linguística desse dizer, condicionando a sua inscrição na língua estrangeira a aspectos puramente formais e, assim, os efeitos de sentidos produzidos por ele se desvanecem; iii) a escrita acadêmica exige do sujeito uma submissão às formas de dizer, visto que, quanto mais se exige do sujeito esse movimento de citação e referência a outras formulações para validar o seu discurso, menos propenso a se tornar autor do seu projeto discursivo ele estará; iv) a escola (e também o ambiente universitário) deve propiciar a assunção do sujeito à posiçãoautor, criando espaços para que, de um lado, o sujeito se coloque em suas mais diversas práticas discursivas, promovendo nas práticas de leitura e escrit(ur)a a relação do sujeito com a exterioridade e o desenvolvimento e controle dos mecanismos do processo discursivo e dos processos textuais que envolvem sua escrit(ur)a, e, por outro, o professor contribua significativamente nesse processo, colocando-se como leitor do texto produzido, dialogando com ele e não apenas corrigindo-o; v) a partir dos seus gestos interpretativos, o sujeito toma a palavra e se diz enquanto tal, produzindo, nessa outra língua, gestos de autoria que o levam a inscrever-se numa nova ordem e seu funcionamento. Enfim, são esses gestos que possibilitam ao sujeito produzir sentidos e não apenas reproduzi-los.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-09-05T02:27:08Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-09-05T02:27:08Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-03-13
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv NASCIMENTO, Mizael Inácio do. Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas: efeitos da subjetivação na/pela língua do outro. 2020. Doutorado (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37840
identifier_str_mv NASCIMENTO, Mizael Inácio do. Gestos de autoria na produção escrita em espanhol de alunos intercambistas: efeitos da subjetivação na/pela língua do outro. 2020. Doutorado (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37840
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/1/TESE%20Mizael%20In%c3%a1cio%20do%20Nascimento.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/4/TESE%20Mizael%20In%c3%a1cio%20do%20Nascimento.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37840/5/TESE%20Mizael%20In%c3%a1cio%20do%20Nascimento.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 2bb622d6c4ab279ab4612b4ee3f9a307
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
b40ab21a960d174a58991113ffe73ea1
9885b545d91ea726479fd289d65ea343
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310833981620224