Ações da Prostaglandina F2α e Paraoxonase-1 na ovulação e prenhez de bovinos

• Autor(a) principal: Castro , Natália Ávila de
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8024
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA::REPRODUCAO ANIMAL::FISIOPATOLOGIA DA REPRODUCAO ANIMAL; Prostaglandina F2α; Paraoxonase-1; Polimorfismo; Ovulação; Prenhez; Prostaglandin F2α; Paraoxonase-1; Polimorfism; Ovulation; Pregnancy

A ovulação é um dos processos reprodutivos mais críticos para a fêmea, por envolver uma série de alterações que afetam o equilíbrio homeostático. A inflamação, por sua vez, é definida como uma resposta adaptativa de um tecido a um estímulo nocivo, que tem por finalidade reestabelecer a homeostase. Neste sentido, a ovulação é considerada um processo inflamatório, por envolver uma série de mediadores inflamatórios. A prostaglandina F2α (PGF) e a paraoxonase-1 (PON1), que são importantes mediadores inflamatórios, já demonstraram ter funções importantes no processo de ovulação e na resposta das fêmeas a biotécnicas reprodutivas. Assim, objetivou-se identificar os efeitos e possíveis mecanismos de ação da PGF na ovulação e avaliar potenciais associações entre a PON1 e a fertilidade em bovinos. No primeiro estudo se buscou identificar se a PGF seria capaz de estimular o eixo hipotalâmico-hipofisário no processo periovulatório. Os resultados demonstraram que, isoladamente a PGF não induz qualquer alteração nos níveis de LH, sugerindo que ela não atua em nível central. Com base nesses resultados, um estudo foi conduzido para avaliar o efeito local da PGF na ovulação. Após a injeção intrafolicular de PGF, todas as vacas ovularam em um intervalo de 24 horas, entretanto, o mesmo ocorreu com as vacas que receberam placebo. Em paralelo, um estudo foi conduzido para avaliar a relação da PON1 com taxa de ovulação, crescimento folicular e prenhez por inseminação artificial em vacas de corte Bos indicus. Os resultados indicaram que a atividade sérica de PON1 não afetou os parâmetros avaliados. Finalmente, outro estudo foi conduzido no intuito de caracterizar polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) na região promotora do gene da PON1 bovina e relacionar com a atividade sérica de PON1 em vacas B. indicus. Oito SNPs foram identificados, entretanto não houve associação de nenhum SNP com atividade enzimática de PON1.Coletivamente, os estudos contribuíram para o entendimento acerca das relações de dois mediadores inflamatórios com parâmetros de fertilidade em fêmeas bovinas. Entretanto, os resultados obtidos demonstram que ainda existem lacunas a serem preenchidas no intuito de identificar o mecanismo de ação da PGF na ovulação. Além disso, sugere-se que, embora a PON1 já tenha demonstrado ser um bom biomarcador de fertilidade em vacas leiteiras B. taurus, o mesmo não se aplica à vacas de corte B. indicus. Dessa forma, estudos complementares são necessários para esclarecer o mecanismo de ação destes mediadores.