Dormência da macieira no Sul do Brasil: aspectos fisiológicos e modelos estimadores de necessidades térmicas

• Autor(a) principal: Marques, Léo Omar Duarte
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8064
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Malus domestica Borkh; Fenologia; Inverno ameno; Indução de brotação; Fruticultura de clima temperado; Phenology; Mild winter; Budbreak; Temperate climate fruit growth

A macieira é oriunda de regiões de clima tipicamente temperado e, quando cultivada no Brasil, geralmente apresenta problemas adaptativos, resultando em menores produções. Para corrigir esses problemas se faz uso de indutores de brotação, principalmente cianamida hidrogenada (Dormex®) que é um produto que apresenta toxicidade. Nesse sentido, devem ser estudadas alternativas de indutores de brotação, assim como enzimas antioxidantes, pois a ação dos indutores de brotação é dependente dessas. A macieira requer frio durante a endormência e calor após essa fase, para avaliar essas exigências e as ofertas de frio e calor utilizam-se modelos estimadores do acúmulo de frio e soma térmica. Objetivou-se com a presente tese entender a atividade de enzimas antioxidantes em resposta à aplicação de indutores de brotação, buscar novas alternativas de indutores de brotação, avaliar a eficiência de modelos estimadores do acúmulo de frio e soma térmica. Estudou-se em macieiras „Castel Gala‟ a atividade das enzimas antioxidantes: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX) e quantificou-se o peróxido de hidrogênio (H2O2), assim como a eficiência de tratamentos de diferentes concentrações de Erger®, extrato de alho e Dormex® na indução de brotação e floração. Os estudos com modelos aconteceram em macieiras: „Baronesa‟, „Imperatriz‟, „Fuji Suprema‟, „Fred Hough‟ e „Lisgala‟. Foram correlacionados nove anos de dados fenológicos e climáticos e avaliados a eficiência dos modelos de acúmulo de frio: Utah, Utah Modificado, HF (Horas de Frio)<7,2 °C, HF<10 °C, HF<15 °C, Low chill, Taiwan low chill e Daily positive Utah chill unit (PCU); e dos modelos de soma térmica: GDH (Growing Degree Hours) base 4,5 °C, GDH base 10 °C, GDH base 15 °C, GDH (Anderson) base 4,0, GDH (Anderson) base 10,0, GU (Growing Units) 4,0/25, GDH 2,5/29, GU 2,5/29 e número de dias. À medida que o estádio de dormência se aproxima do final, a atividade da enzima SOD aumenta, porém essa não é influenciada pela aplicação de indutores. A atividade da enzima CAT diminui na maioria dos tratamentos. Os níveis de H2O2 não foram influenciados pela data de análise e aplicação de tratamentos. O extrato de alho apresentou baixa eficiência; sendo os tratamentos Dormex® 1% + óleo mineral 3% e Erger® 7% + nitrato de cálcio 5% os mais eficientes, sendo esse último o melhor indutor alternativo testado. Em relação aos modelos do acúmulo de frio, foram considerados como eficientes (coeficiente de variação <15%) os modelos: HF<15 °C, Taiwan low chill, Low chill e Utah Modificado. Quando se aborda os modelos de soma térmica percebe-se que os modelos que apresentaram maior constância por terem baixo coeficiente de variação em diferentes estádios e cultivares foram GU 4,0/25 e GU 2,5/29. Modelos que utilizam temperatura base alta (10 °C e 15 °C) apresentam baixa eficiência quando aplicados em macieira; e o modelo número de dias é altamente eficiente para previsão de colheita em regiões que dispõem do histórico de datas de colheita.