Maus-tratos infantis, comportamento sexual de risco e capital humano no início da vida adulta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diel, Roberta Hirschmann
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9264
Resumo: Abusos físicos, sexuais e emocionais, bem como a negligência cometida contra crianças e adolescentes, antes dos 18 anos, são considerados maus-tratos infantis e podem afetar a saúde e o bem-estar não somente no momento que ocorrem, bem como ao longo da vida. Os maus-tratos infantis têm sido associados à adoção de comportamentos de risco à saúde, desenvolvimento de transtornos mentais e menor escolaridade. Nesta tese, composta por projeto de pesquisa, relatório de trabalho de campo e três artigos, o objetivo foi avaliar a relação entre maus-tratos infantis ocorridos até 15 anos sobre o comportamento sexual de risco e o capital humano no início da vida adulta (18 e 22 anos). No primeiro artigo, a literatura sobre maus-tratos infantis e comportamentos sexuais de risco na vida adulta foi sistematicamente revisada e verificou-se que os maus-tratos infantis influenciam negativamente os comportamentos sexuais de risco na vida adulta. A maioria dos artigos encontrados foram conduzidos em países de alta renda e grande parte deles avaliou maus-tratos infantis de maneira isolada, sem considerar a coocorrência, ou estudou apenas o abuso sexual como exposição. Além da revisão, dois artigos originais foram escritos com dados da Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas e analisaram: a) Artigo 2 - a associação entre maus-tratos infantis (até os 15 anos) e comportamentos sexuais de risco (início sexual precoce e múltiplos parceiros sexuais) no início da vida adulta (22 anos), investigando possíveis mecanismos envolvidos nessa relação; b) Artigo 3 - a associação entre maus-tratos infantis (até 15 anos) e o capital humano (quociente de inteligência aos 18 anos e escolaridade aos 22 anos). Em ambos os artigos, o abuso (físico e emocional) e a negligência física foram avaliados como maus-tratos infantis e as análises foram estratificadas por sexo. No artigo 2, o abuso sexual também foi avaliado como exposição e, foi realizada uma análise longitudinal com dados dos acompanhamentos realizados aos 15, 18 e 22 anos de idade, com uma amostra de 2.674 indivíduos. Observou-se que, a exposição aos maus-tratos na infância, especialmente abuso sexual e emocional, de maneira isolada ou coocorrendo simultaneamente com outras formas de maus-tratos, estiveram associados ao início sexual precoce somente para as mulheres. Entre o sexo masculino não foi encontrado efeito para os desfechos estudados. A ausência de efeito pode ser explicada pela alta carga de mediação da evasão escolar (53%) entre negligência física e múltiplos parceiros sexuais e do uso prejudicial de álcool (39,1%) no efeito do abuso físico em ter múltiplos parceiros sexuais. O terceiro artigo, também utilizou dados dos acompanhamentos do perinatal, 15, 18 e 22 anos de idade, com amostra final de 3.736 e 3.413 participantes, conforme dados disponíveis para as exposições e desfechos. O principal achado demonstrou que mulheres que sofreram negligência física na infância apresentaram menor QI aos 18 anos (β: -4,17 IC95% - 6,99; -1,35). Além disso, mulheres que vivenciaram negligência física antes dos 15 anos de idade concluíram, em média, um ano a menos de estudos aos 22 anos. Menor escolaridade também foi observada nas mulheres expostas a dois ou mais tipos de maus-tratos simultaneamente (-0,56 anos de estudo, em média). As intervenções e os esforços para reduzir a ocorrência de comportamentos sexuais de risco e aumentar o acúmulo de capital humano no início da idade adulta devem incluir estratégias para a prevenção dos maus-tratos infantis em todas suas formas.
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spelling 2023-04-12T19:07:45Z2023-04-12T19:07:45Z2022-06-21DIEL, Roberta Hirschmann. Maus-tratos infantis, comportamento sexual de risco e capital humano no início da vida adulta. Orientadora: Helen Gonçalves. 2022. 233f. Tese (Doutorado em Epidemiologia) – Programa de Pós-graduação em Epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9264Abusos físicos, sexuais e emocionais, bem como a negligência cometida contra crianças e adolescentes, antes dos 18 anos, são considerados maus-tratos infantis e podem afetar a saúde e o bem-estar não somente no momento que ocorrem, bem como ao longo da vida. Os maus-tratos infantis têm sido associados à adoção de comportamentos de risco à saúde, desenvolvimento de transtornos mentais e menor escolaridade. Nesta tese, composta por projeto de pesquisa, relatório de trabalho de campo e três artigos, o objetivo foi avaliar a relação entre maus-tratos infantis ocorridos até 15 anos sobre o comportamento sexual de risco e o capital humano no início da vida adulta (18 e 22 anos). No primeiro artigo, a literatura sobre maus-tratos infantis e comportamentos sexuais de risco na vida adulta foi sistematicamente revisada e verificou-se que os maus-tratos infantis influenciam negativamente os comportamentos sexuais de risco na vida adulta. A maioria dos artigos encontrados foram conduzidos em países de alta renda e grande parte deles avaliou maus-tratos infantis de maneira isolada, sem considerar a coocorrência, ou estudou apenas o abuso sexual como exposição. Além da revisão, dois artigos originais foram escritos com dados da Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas e analisaram: a) Artigo 2 - a associação entre maus-tratos infantis (até os 15 anos) e comportamentos sexuais de risco (início sexual precoce e múltiplos parceiros sexuais) no início da vida adulta (22 anos), investigando possíveis mecanismos envolvidos nessa relação; b) Artigo 3 - a associação entre maus-tratos infantis (até 15 anos) e o capital humano (quociente de inteligência aos 18 anos e escolaridade aos 22 anos). Em ambos os artigos, o abuso (físico e emocional) e a negligência física foram avaliados como maus-tratos infantis e as análises foram estratificadas por sexo. No artigo 2, o abuso sexual também foi avaliado como exposição e, foi realizada uma análise longitudinal com dados dos acompanhamentos realizados aos 15, 18 e 22 anos de idade, com uma amostra de 2.674 indivíduos. Observou-se que, a exposição aos maus-tratos na infância, especialmente abuso sexual e emocional, de maneira isolada ou coocorrendo simultaneamente com outras formas de maus-tratos, estiveram associados ao início sexual precoce somente para as mulheres. Entre o sexo masculino não foi encontrado efeito para os desfechos estudados. A ausência de efeito pode ser explicada pela alta carga de mediação da evasão escolar (53%) entre negligência física e múltiplos parceiros sexuais e do uso prejudicial de álcool (39,1%) no efeito do abuso físico em ter múltiplos parceiros sexuais. O terceiro artigo, também utilizou dados dos acompanhamentos do perinatal, 15, 18 e 22 anos de idade, com amostra final de 3.736 e 3.413 participantes, conforme dados disponíveis para as exposições e desfechos. O principal achado demonstrou que mulheres que sofreram negligência física na infância apresentaram menor QI aos 18 anos (β: -4,17 IC95% - 6,99; -1,35). Além disso, mulheres que vivenciaram negligência física antes dos 15 anos de idade concluíram, em média, um ano a menos de estudos aos 22 anos. Menor escolaridade também foi observada nas mulheres expostas a dois ou mais tipos de maus-tratos simultaneamente (-0,56 anos de estudo, em média). As intervenções e os esforços para reduzir a ocorrência de comportamentos sexuais de risco e aumentar o acúmulo de capital humano no início da idade adulta devem incluir estratégias para a prevenção dos maus-tratos infantis em todas suas formas.Physical, sexual and emotional abuse, as well as neglect perpetrated against children and adolescents before the age of 18, are considered child abuse and can affect health and well-being not only when they occur, but also throughout the life cycle. Child maltreatment has been associated with the adoption of risky behaviors to children's health, development of mental disorders and lower education. In this thesis, composed of three articles, in addition to the research project, the objective was to evaluate the relationship between child maltreatment occurring up to 15 years of age and risky sexual behavior and human capital in early adulthood (18 and 22 years old). In the first article, the literature on child maltreatment and risky sexual behaviors in adulthood was systematically reviewed and it was found that child maltreatment negatively influences sexual risky behavior in adulthood. Most of the studies found were carried out in highincome countries and most assessed child abuse in isolation, without evaluating the co-occurrence of different maltreatments, or included only sexual abuse as exposure. In addition to the review, two original articles were written with data from the 1993 Pelotas Birth Cohort and evaluated: a) Article 2 - the association between child maltreatment (up to 15-years of age) and risky sexual behaviors (early sexual initiation, unprotected sexual intercourse and multiple sexual partners) in early adulthood (22 years) also investigating possible mechanisms involved in this relationship; and b) Article 3 - the association between child maltreatment (up to 15-years old) and human capital (intelligence quotient at 18-years old and schooling at 22-years old). In both articles, abuse (physical and emotional) and physical neglect were assessed as child maltreatment and the analyzes were stratified by sex. In article 2, sexual abuse was also evaluated as exposure, and a longitudinal analysis was performed with data from follow-ups performed at 15-, 18- and 22-years of age, with a sample of 2,674 individuals. It was observed that exposure to childhood maltreatment, especially sexual and emotional abuse, in isolation or co-occurring simultaneously with other forms of abuse, was associated with early sexual debut only for women. Among males, no effect was found for any outcome studied. The lack of effect can be explained by the high mediation burden of school dropout (53%) between physical neglect and multiple sexual partners and harmful use of alcohol (39.1%) on the effect of physical abuse on having multiple sexual partners. The third article also used data from perinatal, 15-, 18- , and 22-years old follow-ups, with a final sample of 3,736 and 3,413 participants, according to available data for exposures and outcomes. The main finding showed that women who suffered physical neglect in childhood had a lower IQ at 18-years of age (β: -4.17 95%CI -6.99; -1.35). In addition, women who experienced physical neglect before age 15 years had, on average, one less year of schooling by age 22. Lower schooling was also observed in women exposed to two or more types of child maltreatment simultaneously (-0.56 years of schooling, on average). Interventions and efforts to reduce the occurrence of risky sexual behavior and improve the human capital accumulation in early adulthood must include strategies to prevent child maltreatment in all its forms.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaUFPelBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIAEpidemiologiaMaus-tratos infantisComportamento sexual de riscoCapital humanoEstudos longitudinaisEstudos de coorteChild abuseSexual behaviorHuman capitalLongitudinal studiesCohort studiesMaus-tratos infantis, comportamento sexual de risco e capital humano no início da vida adultaChildhood maltreatment, sexual risk behavior and human capital in the beginning of adult lifeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisBlumenberg, CauaneGonçalves, HelenDiel, Roberta Hirschmanninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf.txtTese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf.txtExtracted texttext/plain352846http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9264/6/Tese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf.txt8714b52244176f963c2693945296d95fMD56open accessTHUMBNAILTese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf.jpgTese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1242http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9264/7/Tese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf.jpgfe6f0a128bfd72b7edb9b293b5530b66MD57open accessORIGINALTese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdfTese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdfapplication/pdf2910268http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9264/1/Tese_Roberta_Hirschmann_Diel.pdf3ecd2cc85947cc7e4cad90b0328d8583MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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