A descrição das línguas ‘exóticas’ e a tarefa de escrever a história da linguística
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da ABRALIN (Online) |
Texto Completo: | https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1091 |
Resumo: | Do ponto de vista da história do conhecimento sobre a natureza da linguagem, ninguém negaria que o contato do homem europeu com a diversidade linguística ao longo dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX trouxe uma contribuição considerável ao alargamento — quantitativo e qualitativo — do conhecimento empírico sobre as línguas (cf. Swiggers 1997, Law 2003). Ao longo de quatro séculos, franciscanos, dominicanos, agostinianos e, principalmente, jesuítas participaram da empresa colonial americana com o objetivo de exercer a dupla função do trabalho missionário: catequese e ensino da leitura e escrita. Não por acaso, já que a condição, oficial ao menos, para que tanto Portugal quanto Espanha pudessem expandir seus domínios territoriais era ampliar a fé católica, o que significava granjear fiéis em cada canto do mundo e, por suposto, em cada língua. A missão de conversão religiosa passava, pois, pela tarefa prévia de fazer a mensagem religiosa ser compreendida pela população ‘infiel’, fosse através da tradução da bíblia e do auxílio de intérpretes — estratégia preferida pelos protestantes — fosse através da aprendizagem e utilização da língua nativa — estratégia preferida do missionário católico. |
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