Fatores de risco e de proteção ao desenvolvimento de crianças e adolescentes : o papel das relações sociais no município de Cananéia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mandira, Marielly Rodrigues, 1987-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/73648
Resumo: Orientadora: Profa. Dra. Tania Stoltz
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spelling Mandira, Marielly Rodrigues, 1987-Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em EducaçãoStoltz, Tania, 1963-2022-03-03T17:29:50Z2022-03-03T17:29:50Z2021https://hdl.handle.net/1884/73648Orientadora: Profa. Dra. Tania StoltzTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 30/06/2021Inclui referências: p. 227-252Resumo: O objetivo desta tese foi analisar as relações sociais como fator de risco e/ou de proteção ao desenvolvimento de crianças em Cananéia. Foram levantadas quatro hipóteses para esse estudo: 1. Haveria correlação positiva e significativa entre a incidência de vitimização entre pares no contexto escolar e virtual e a percepção negativa do clima escolar; 2. Os índices de vitimização e agressão seriam mais elevados entre os estudantes cujas práticas educativas maternas apresentarem índice negativo mais elevado; 3. Haveria maior percepção negativa de clima escolar entre alunos cujos índices de práticas educativas maternas forem mais elevados; 4. Os índices de vitimização e agressão seriam significativamente mais elevados no 9º ano do ensino fundamental, por tratar-se de ano de transição. O delineamento deste estudo é misto de alcance longitudinal, realizado por meio da aplicação de questionários em cinco pontos de coletas de dados ao longo de três anos e por meio da Inserção Ecológica realizada por meio de observação integrativa, do diário de campo e da entrevista semiestrutura. Participaram do estudo 1123 estudantes na primeira coleta com idade entre 7 e 21 anos. Os resultados apontam que todas as hipóteses levantadas para esse estudo foram corroboradas. A agressão e a vitimização no contexto escolar e virtual aumentaram conforme a idade. Não houve diferenças significativas para as variáveis de agressão e vitimização no contexto escolar e virtual entre participantes do sexo masculino e participantes do sexo feminino na pesquisa para todas as escolas, mas foram encontradas diferenças por sexo na escola em que foi realizada a inserção ecológica, de modo que os meninos sofreram maior vitimização e se envolveram mais vezes em agressão. Alunos que perceberam o clima escolar negativo tiveram maior propensão em estar envolvidos ou se envolver posteriormente em situações de agressão e vitimização. Estudantes do ensino fundamental I percebem o clima escolar mais positivo do que estudantes do ensino fundamental II e ensino médio. A percepção do clima escolar está negativamente relacionada com a idade. Houve correlação negativa e significativa entre a percepção de clima escolar e a incidência de vitimização no contexto escolar e virtual. Isso indica que quanto maior foi o percentual de vitimização, pior é a percepção de clima escolar. Os alunos que estão envolvidos em vitimização por bullying também tendem a ter um pior desempenho acadêmico e problemas de autoestima e confiança nos pares. Houve correlação positiva e significativa entre as práticas educativas maternas negativas e a vitimização no contexto escolar e virtual. Nas salas de aula onde os professores eram mais responsivos, havia menor necessidade de chamar a atenção dos alunos, o envolvimento acadêmico era maior e a incidência de bullying era menor. Conclui-se que a formulação de políticas públicas que visem a prevenção de situações de agressão e vitimização no contexto escolar e outras situações de risco ao desenvolvimento de crianças e adolescentes deve levar em consideração a dinâmica das relações sociais, as características do contexto e o clima escolar como fatores primordiais.Abstract: The aim of this thesis was to analyze social relationships as a risk and/or protective factor for the development of children in Cananéia. Four hypotheses were raised for this study: 1st) There would be a positive and significant correlation between the incidence of victimization among peers in the school and virtual context and the negative perception of the school climate. 2nd) Aggression and victimization rates would be higher among students whose maternal educational practices had a higher negative rate. 3rd) There would be a greater negative perception of the school climate among students whose rates of maternal educational practices are higher. 4th) Aggression and victimization rates would be significantly higher in the 9th grade of elementary school, as it is a transition year. The design of this study is mixed with a longitudinal scope, carried out through the application of questionnaires at five points of data collection over three years and through the Ecological Insertion carried out through integrative observation, the field diary and the semi-structured interview. A total of 1123 students aged between 7 and 21 years participated in the study in the first collection. The results indicate that all the hypotheses raised for this study were corroborated. Aggression and victimization in the school and virtual context increased with age. There were no significant differences for the variables of aggression and victimization in the school and virtual context between male and female participants in the survey for all schools, but differences were found by sex in the school where the ecological insertion was performed. Boys suffered more victimization and became more often involved in aggression. Students who perceived a negative school climate were more likely to be involved or later become involved in situations of aggression and victimization. There was a positive and significant correlation between negative maternal educational practices and victimization in the school and virtual context. Elementary school students perceive the school climate more positive than middle school and high school students. The perception of the school climate is negatively related to age. There was a negative and significant correlation between the perception of school climate and the incidence of victimization in the school and virtual context. This indicates that the higher the percentage of victimization, the worse the perception of school climate. Students who are involved in bullying victimization also tend to have poorer academic performance and problems with self-esteem and peer confidence. There was a positive and significant correlation between negative maternal educational practices and victimization in the school and virtual context. In classrooms where teachers were more responsive, there was less need to get students' attention, academic engagement was higher, and the incidence of bullying was lower. It is concluded that the formulation of public policies aimed at preventing situations of aggression and victimization in the school context and other risk situations for the development of children and adolescents must take into account the dynamics of social relationships, the characteristics of the context and the climate school as primary factors.Resumen: El objetivo de esta tesis fue analizar las relaciones sociales como factor de riesgo y / o protector para el desarrollo de los niños de Cananéia. Se plantearon cuatro hipótesis para este estúdio: 1) Existiría una correlación positiva y significativa entre la incidencia de victimización entre pares en el contexto escolar y virtual y la percepción negativa del clima escolar. 2) Las tasas de victimización y agresión serían más altas entre los estudiantes cuyas prácticas educativas maternas tuvieran una tasa negativa más alta; 3) Habría una mayor percepción negativa del clima escolar entre los estudiantes cuyas tasas de prácticas educativas maternas son mayores. 4) Las tasas de victimización y agresión serían significativamente más altas en el noveno grado de la escuela primaria, ya que es un año de transición. El diseño de este estudio se mezcla con un alcance longitudinal, realizado mediante la aplicación de cuestionarios en cinco puntos de recolección de datos durante tres años y mediante la Inserción Ecológica realizada a través de la observación integradora, el diario de campo y la entrevista semiestructurada. Participaron en el estudio de la primera colección 1123 estudiantes de entre 7 y 21 años. Los resultados indican que todas las hipótesis planteadas para este estudio fueron corroboradas. La agresión y la victimización en el contexto escolar y virtual aumentaron con la edad. No hubo diferencias significativas para las variables de agresión y victimización en el contexto escolar y virtual entre hombres y mujeres participantes en la encuesta para todos los colegios, pero sí se encontraron diferencias por sexo en el colegio donde se realizó la inserción ecológica, por lo que los niños sufrieron más victimización y se involucró con mayor frecuencia en la agresión. Los estudiantes que percibieron un clima escolar negativo fueron más propensos a involucrarse o luego a involucrarse en situaciones de agresión y victimización. Los estudiantes de la escuela primaria perciben el clima escolar más positivo que los estudiantes de la escuela intermedia y de la escuela secundaria. La percepción del clima escolar se relaciona negativamente con la edad. Hubo una correlación negativa y significativa entre la percepción del clima escolar y la incidencia de victimización en el contexto escolar y virtual. Los estudiantes que están involucrados en la victimización por intimidación también tienden a tener un rendimiento académico más bajo y problemas con la autoestima y la confianza de sus compañeros. Hubo una correlación positiva y significativa entre las prácticas educativas maternas negativas y la victimización en el contexto escolar y virtual. En las aulas donde los maestros respondieron mejor, hubo menos necesidad de llamar la atención de los estudiantes, la participación académica fue mayor y la incidencia de acoso fue menor. Se concluye que la formulación de políticas públicas orientadas a prevenir situaciones de agresión y victimización en el contexto escolar y otras situaciones de riesgo para el desarrollo de la niñez y adolescencia debe tomar en cuenta la dinámica de las relaciones sociales, las características del contexto y el clima. la escuela como factores primarios.1 arquivo (267 p.) : PDF.application/pdfRelaçoes sociaisCrianças - Aspectos sociaisCrianças - Relações com a famíliaAdolescentes - Aspectos sociaisEducação - Cananéia (SP)EducaçãoFatores de risco e de proteção ao desenvolvimento de crianças e adolescentes : o papel das relações sociais no município de Cananéiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - MARIELLY RODRIGUES MANDIRA.pdfapplication/pdf1969637https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/73648/1/R%20-%20T%20-%20MARIELLY%20RODRIGUES%20MANDIRA.pdf2314f3eb5e6a6af530bbe0660b12dad6MD51open access1884/736482022-03-03 14:29:51.112open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/73648Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-03-03T17:29:51Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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