Relação entre o desenvolvimento de dependência de etanol e sensibilização psicomotora em um modelo animal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Andrea Frozino
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/74305
Resumo: Orientadora: Prof.ª Dr.ª Roseli Boerngen de Lacerda
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spelling Ribeiro, Andrea FrozinoUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em FarmacologiaLacerda, Roseli Boerngen de, 1955-2022-06-24T18:22:48Z2022-06-24T18:22:48Z2004https://hdl.handle.net/1884/74305Orientadora: Prof.ª Dr.ª Roseli Boerngen de LacerdaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Curso de Pós-Graduação em FarmacologiaInclui referências: p. 96-105Resumo: A Teoria da Sensibilização preconiza que o aumento do efeito estimulante do etanol está associado à predisposição do indivíduo a se tornar dependente. Com base nisso, desenvolveu-se um modelo animal para dependência de etanol e a atividade locomotora foi avaliada para verificar se ocorreu sensibilização ao efeito estimulante do etanol. Um grupo de camundongos (n=30) foi exposto a um paradigma de livre escolha entre soluções etílicas (5% e 10%) e água, que consistia em um tratamento dividido em quatro fases: livre escolha (12 semanas), abstinência (2 semanas), reapresentação (2 semanas) e adulteração (3 semanas), enquanto que outro grupo tinha acesso apenas à água (grupo controle, n=10) durante todas as semanas. Foram alojados individualmente, e receberam ração à vontade. Tiveram o comportamento avaliado nos aparelhos labirinto em cruz elevado, campo aberto e caixa de movimentação espontânea, antes do início do tratamento, durante a abstinência e 24h após o término do tratamento sob efeito de administração aguda de etanol (2g/kg) ou salina 0,9% no grupo controle. Posteriormente, com base no consumo individual de etanol (g/kg), os camundongos foram divididos em 3 grupos: consumidores "dependentes" (n= 6), os que apresentaram preferência pelas soluções etílicas, alto consumo de etanol sem redução na fase de adulteração; consumidores não dependentes "pesados" (n= 11) os que apresentaram preferência pelas soluções etílicas, alto consumo de etanol com redução após a fase de abstinência ou durante a fase de adulteração; e consumidores não dependentes "leve" (n= 7) os que apresentaram preferência pela água, baixo consumo de etanol com redução ou sem alterações durante as fases experimentais. O grupo de "dependentes" apresentou um perfil relacionado ao comportamento compulsivo pela droga manifestado pelo consumo continuado mesmo em condições aversivas. Além disso, esses animais apresentaram um tempo maior de permanência no centro do labirinto em cruz elevado na avaliação anterior ao tratamento de livre escolha sugerindo a presença de um possível traço de "ansiedade" que poderia ter contribuído para o comportamento de procura ao etanol. Esse grupo também apresentou diminuição da ambulação durante o período de abstinência ao etanol sugerindo também a presença de "ansiedade" quer seja "traço" compatível com seu perfil apresentado inicialmente, quer seja "estado" em resposta à retirada do etanol podendo representar uma manifestação da síndrome de abstinência. Não houve correlação entre o consumo de etanol pelos animais e a ambulação avaliada sob efeito de etanol administrado agudamente. Apesar do grupo com perfil de não dependente com consumo "pesado" apresentar a maior atividade locomotora quando comparado com o grupo controle e ao seu próprio valor basal, não houve diferença entre os grupos em relação à proporção de animais que se mostraram sensibilizados, levantando a hipótese de que talvez os mecanismos neurais responsáveis pelo desenvolvimento do comportamento de dependência e pela sensibilização psicomotora sejam distintos.Abstract: The sensitization theory establishes that the increased ethanol stimulant effect is related to the individual predisposition to develop alcohol addiction. Based on this theory, it was developed an addiction model to evaluate the presence of the sensitization to the ethanol stimulant effect in mice exhibiting an addiction pattern. One group of mice (n=30) was exposed to a free choice paradigm among ethanol solutions (5% and 10%) and water, consisting in four phases: free choice (12 weeks), withdrawal (2 weeks), re-exposure (2 weeks) and adulteration (3 weeks). Other mice had only water access (control group, n=10). They were housed individually with food ad libitum. Their behaviors were evaluated in the beginning of the treatment, during the withdrawal and 24 hours after the withdrawal from the oral ethanol administration by a challenged dose of ethanol (2g/kg i.p.) or saline 0,9%. Based on the individual ethanol intake (g/kg), the mice were characterized in 3 groups: dependent (n=6), those which presented preference for ethanol, higher ethanol ingestion without reducing their intake in the adulteration phase; non-dependent heavy drinker (n=11) those which showed preference for ethanol, higher ethanol ingestion but reduced their intake following the withdrawal or during in the phase adulteration; and nondependent light drinker (n=7) those which presented no preference for ethanol, stable and low ethanol consumption in the all the phases of the treatment. The ‘dependent’ group had a compulsive behavior profile manifested by the continued ethanol intake even under aversive conditions. Furthermore, this group was the only one that showed high permanence time in the center of the plus maze when tested before the exposition to the free choice paradigm suggesting a possible anxiety trait/state contributing for ethanol addiction. Besides, this group significantly reduced its ambulation during the withdrawal period suggesting an anxiety response compatible to a trait related to their initial pattern behavior or to a state resultant from the ethanol withdrawal. There was no correlation between ethanol consumption and ambulation after acute ethanol challenge dose. Despite the heavy ethanol intake group had showed a greater locomotor activity than that observed in the control group and in relation to its own basal locomotion, there was no difference among groups considering the animal proportions showing sensitization, suggesting that probably the neural mechanisms responsible for the development of addiction and for the psychomotor sensitization are independent.xv, 123f. : il.,grafs., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalFarmacologiaÁlcoolAlcool - DependenciaTesesFarmacologiaRelação entre o desenvolvimento de dependência de etanol e sensibilização psicomotora em um modelo animalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALD - D - ANDREA FROZINO RIBEIRO.pdfapplication/pdf4790076https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/74305/1/D%20-%20D%20-%20ANDREA%20FROZINO%20RIBEIRO.pdfc2bb3e920a503be3198cc93ffca506b3MD51open access1884/743052022-06-24 15:22:48.764open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/74305Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-06-24T18:22:48Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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