Esquema incompleto de vacinação contra Influenza em menores de cinco anos e fatores associados ao abandono em município no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Ewerton Granja de Araújo, 1985-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/79151
Resumo: Orientadora: Prof.(a). Dra. Karin Regina Luhm
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spelling Rocha, Ewerton Granja de Araújo, 1985-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLuhm, Karin Regina, 1960-2022-10-25T18:32:45Z2022-10-25T18:32:45Z2018https://hdl.handle.net/1884/79151Orientadora: Prof.(a). Dra. Karin Regina LuhmDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Defesa : Curitiba, 24/07/2018Inclui referências: p.76-87Resumo: A gripe é responsável por alta morbidade e consequências econômicas significativas. Estima-se que, a cada ano, a gripe sazonal afeta de 5 a 10 % da população mundial, resultando em 250 a 500 mil mortes. As crianças além de mais vulneráveis aos casos graves e fatais são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, A vacinação é o principal método para prevenir a influenza e suas complicações. As crianças primovacinadas devem receber um esquema de duas doses de vacina. No Brasil, a estratégia de vacinação contra influenza é praticada através de campanhas anuais. Dados do Ministério da Saúde apontam taxas elevadas de esquema incompleto de vacinação em primovacinados. Este estudo tem como objetivo analisar a completude do esquema de vacinação e motivos para o abandono da segunda dose da vacina no município de Joinville, Santa Catarina, em crianças entre seis meses e menores de cinco anos no ano de 2016. Trata-se de estudo observacional, quantitativo realizado em duas etapas: uma análise ecológica de avaliação das proporções de abandono de esquema vacinal em crianças entre seis meses e menores de cinco anos e uma análise transversal em crianças entre seis meses e menores de dois anos vacinadas para influenza nas unidades de atenção primária à saúde (UAPS) na campanha de 2016. A coleta de dados foi realizada através de acesso a dados secundários, nos sistemas de registros de vacinas no âmbito nacional e municipal, no Sistema de Informação de Nascidos Vivos e através de inquérito domiciliar com os familiares de crianças de seis meses a dois anos. Foram identificadas as crianças potencialmente faltosas para a segunda dose da vacina para influenza na campanha de 2016. A partir do inquérito foram incluídos no estudo 111 casos e 376 controles de crianças com esquema completo resultando em 487 participantes. Em relação à qualidade dos dados identificou-se que 56,3% doses aplicadas não estavam adequadamente registradas nas unidades. Estavam parcialmente vacinadas 31,1% das crianças. Para 43,8% dos faltosos não havia aprazamento de segunda dose na carteira de vacina e 27,1% dos entrevistados não sabia da indicação da segunda dose para criança. Os principais motivos relatados para a não realização da dose foram: falta de tempo (38,1%), ocorrência de evento adverso na primeira dose (28,6%) e o fato da dose não estar agendada (19,0%). Houve diferenças estatisticamente significativas nas proporções de esquema incompleto segundo hierarquia do nascimento da criança (p=0,0194) e escolaridade da mãe (p=0,0414). Crianças com as proporções de esquema de vacinação de rotina para rotavírus incompleto ou não realizado também tiveram maior proporção de esquema vacinal incompleto para influenza (p=0,0163). Na análise multivariada foram identificados como fatores de risco, independentes associados a esquema incompleto, ser unidade sem Estratégia de Saúde da Família e/ou sem Agentes Comunitários de Saúde (OR 3,26, IC 95% 1,32-7,99) e crianças com Apgar < 7 (OR 4,59, IC 95% 1,22-17,22). Tais resultados podem orientar a prática dos profissionais que atuam nos serviços básicos de saúde visando melhorar o cenário local, regional e nacional diante do abandono de esquemas de vacinação multidoseAbstract: Flu is responsible for high morbidity and significant economic consequences. It is estimated that, each year, seasonal influenza affects 5 to 10% of the world's population, resulting in 250 to 500 thousand of deaths. The infant group who are more vulnerable to serious and fatal cases are the main sources of virus transmission in their families and community. Vaccination is the primary method of preventing influenza and its complications. The naive vaccinated infants should receive two-doses of influenza vaccine in their calendar time. In Brazil, the Flu vaccination strategy is practiced throughout annual campaigns. The Ministry of Health official registries showed highly level of partially vaccinated influenza in the infants calendar time. This study aims to analyze the fully influenza vaccination in the child calendar time and the reasons for its abandonment of the second dose of this vaccine in the city of Joinville, Santa Catarina, in infants between 6-59 months, in the year 2016. It is an observational, quantitative and cross-sectional study with infants vaccinated with influenza vaccine in primary health care units in the 2016 campaign. The research was performed in two stages, the first was an survey ecological study that used different kind of medical electronic information: national, local health systems and the 'Sistema de Informação de Nascidos Vivos'. The second moment was developed with an household interview with the infant's parents and their relatives who age 6-24 months. They were potentially 'partially vaccinated' children who were identified without the second dose of the influenza vaccine in the 2016 campaign. From the survey, 111 cases were included in the study, and they were comparated the sample of 376 with fully influenza vaccination, resulting in 487 participants. About the data's quality and identified registries that 56.3% of the doses applied were not adequately recorded in the units health services analyzed. And 31.1% of the children were partially vaccinated and, these, 43.8% of them was not reminding the second dose in their 'vaccine booklet' by the primary health services, and, 27.1% of them neither known about the influenza vaccine calendar nor about the second dose for their infant. The main reasons reported for not completing the scheme were they didn't understand the importance of the second dose (D2) or forgot to get the D2 (38.1%), an adverse effect after the D1 (28.6%) and the fact that the D2 was not reminded by the health services primary care (19.0%). There were statistically significant differences in the proportions of influenza partially vaccinated according to the child's birth order (p = 0.0194) and mother's schooling (p = 0.0414). Infants with immunization schedule up to less one year old with partially vaccinated or unvaccinated rotavirus has had a higher proportion of influenza partially vaccinated too (p = 0.0163). In the multivariate analysis, there were risk factors, they were independent for association with partially calendar time influenza immunization, it occurred in a unit without 'Estratégia de Saúde da Família' and / or without 'Agentes Comunitários de Saúde' (OR 3.26, 95% CI 1.32-7.99), and infants with Apgar <7 (OR 4.59, 95% CI, 1.22-17.22). These results may guide the practices of health services professionals with primary care health services to improve the local, state and national scene of vaccination program in the face of the abandonment of vaccination in the child calendar time1 recurso online : PDF.application/pdfVacina contra influenzaCriançasImunizaçãoVacinaçãoSaúde ColetivaEsquema incompleto de vacinação contra Influenza em menores de cinco anos e fatores associados ao abandono em município no sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - EWERTON GRANJA DE ARAUJO ROCHA.pdfapplication/pdf3297618https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/79151/1/R%20-%20D%20-%20EWERTON%20GRANJA%20DE%20ARAUJO%20ROCHA.pdfc82499acea690c884e8d1495ce914265MD51open access1884/791512022-10-25 15:32:45.139open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/79151Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-10-25T18:32:45Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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