Chiroptera (mammalia) do Parque Floresta Rio da Onça (Matinhos, PR)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fogaça, Fabio Nascimento Oliveira
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/36137
Resumo: Resumo: Pouco se conhece sobre a fauna de quirópteros da planície litorânea brasileira. O presente estudo visou avaliar a fauna de morcegos (Chiroptera, Mammalia) do Parque Florestal do Rio da Onça (PFRO), com 118,5 ha, localizado no município de Matinhos, Estado do Paraná, e compará-la a outras unidades de conservação existentes no bioma floresta ombrófila densa das terras baixas. As unidades utilizadas na comparação foram Reserva Volta Velha (RW) - Itapoá, SC - 586 ha; Estação Ecológica do Guaraguaçú (EEG) - Paranaguá, PR - 1150 ha; Parque Nacional do Superagüi (PNS) - Guaraqueçaba, PR - 21400 e Parque Estadual da Ilha do Cardoso (PEIC) - Cananéia, SP - 22500 ha. Doze espécies de morcegos foram capturadas no PFRO. A família Phyllostomidae apresentou o maior número de espécies (9), seguida das famílias Molossidae (2) e Vespertilionidae (1). Nenhuma espécie da subfamília Phyllostominae foi capturada, podendo ser um indicativo da baixa qualidade ambiental da área. Foram encontradas vinte e oito espécies de morcegos nas cinco unidades de conservação estudadas. Este número foi considerado baixo em relação à outros biomas, como a floresta estacionai decidual, floresta ombrófila densa montana e sub-montana e floresta ombrófila mista. Foi levantada e discutida a hipótese de que o principal, mas não único, fator determinante desta baixa riqueza de morcegos, é a escassez de recursos do bioma floresta ombrófila densa das terras baixas, em especial, alimento e abrigo. As análises de similaridade rvelaram que a quiropterofauna do PFRO é mais similar a quiropterofauna da RW . Os motivos que podem explicar esta semelhança são discutidos no texto. Os índices de diversidade de Shannon (H') foram calculados para a comunidade total e para os Phyllostomidae em separado. No PFRO estes índices foram de 1,713 e 1,587 respectivamente. Os maiores índices foram registrados para a EEG: 3,036 para a comunidade total e 2,792 para os filostomídeos. A análise do padrão de atividade diário dos morcegos do PFRO, revelou que estes estão mais ativos quatro ou cinco horas após o cair da noite. A análise do padrão de atividade sazonal, revelou que os morcegos utilizam mais a área do PFRO no outono, coincidindo com o período de maior oferta de frutos. A análise do período reprodutivo revelou que os nascimentos estão ocorrendo nos meses mais quentes do ano (primavera e verão). Os resultados da dieta corroboraram a literatura existente, a exceção da ingestão de Cecropia pachystachia por Myotis nigricans. Este fato foi analisado apenas superficialmente, pela falta de informações sobre a estratégia alimentar desta espécie. A estrutura da comunidade mostrou-se simplificada em todas as áreas analisadas, podendo ser um reflexo da escassez de recursos do bioma.
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