A eficácia cosmopolítica : um teste de proposições

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kuana, Rubens Akira, 1992-
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/76267
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Valentim
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spelling Kuana, Rubens Akira, 1992-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaValentim, Marco Antonio, 1978-2022-06-06T13:45:35Z2022-06-06T13:45:35Z2022https://hdl.handle.net/1884/76267Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio ValentimDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 04/04/2022Inclui referênciasResumo: Como testar a eficácia de algo para o qual não há método consensual? Como testar o que não é uma fórmula ou uma teoria, mas uma proposição? Como entreter um experimento para o qual não há garantias? Nesta dissertação, apresentamos, em quatro seções, o problema da coexistência no pensamento de Isabelle Stengers. Primeiramente, exploramos sob o signo do acontecimento, a fabricação de uma filósofa da ciência. Para a autora, fato e ficção misturam-se - são híbridos. Há uma tecelagem incessante entre saberes científicos e não-científicos. Na segunda seção, percorremos a história das ciências modernas, em especial a física, por meio da aplicação de um processo contingente. Retrospectivamente, é tentador deduzir uma linha evolutiva que leva até nós, os Modernos, os paladinos do Progresso. Porém, entre o tempo e a eternidade, entre a entropia e a fé, Stengers sonda uma interpretação científica que reitere a capacidade criativa do acaso. Nós a encontramos nas estruturas dissipativas de Ilya Prigogine, invenção que nos possibilita entrever o esplendor dentro do caos: não precisamos escolher entre essa ou aquela voz de autoridade. Com raízes rizomáticas em William James e Alfred North Whitehead, a proposição cosmopolítica emerge na terceira seção para traçar, de forma afetiva e pragmática, linhas de fuga das grandes narrativas ocidentais. Tarefa que se torna ainda mais urgente em vista do colapso climático, evento que Stengers nomeia, monstruosamente, de Intrusão de Gaia. Explanamos esse conceito na quarta seção, enquanto construímos nosso último teste com a ajuda de autores e autoras da teoria crítica racial e do afropessimismo, dado que o tema da racialização está em grande parte ausente na obra de Stengers. Na conclusão, defendemos uma farmacologia dos conceitos como uma arte do cuidado, uma arte necessária a fim de nos protegermos do poder da feitiçaria capitalista, da proliferação das alternativas infernais e do turismo espiritual presente no próprio meio acadêmico.Abstract: How to test the efficacy of something for which there is no consensual method? How to test what is not a formula or a theory, but a proposition? How to entertain an experiment for which there are no guarantees? In this dissertation, we present, in four sections, the problem of coexistence in Isabelle Stengers' thinking. First, we explore under the sign of the event, the fabrication of a philosopher of science. For the author, fact and fiction mix together-they are hybrids. There is an incessant weaving between scientific and non-scientific knowledges. In the second section, thanks to the application of a contingent process, we travel along the history of modern sciences, especially physics. In retrospect, it is tempting to deduce an evolutionary line that leads to us, the Moderns, the paladins of Progress. However, between time and eternity, between entropy and faith, Stengers probes a scientific interpretation that reiterates the creative capacity of chance. We encounter such creativity in the dissipative structures of Ilya Prigogine, an idea that allows us to glimpse the splendor within the chaos: we don't need to choose between this or that voice of authority. With rhizomatic roots in William James and Alfred North Whitehead, the cosmopolitical proposition emerges in the third section to trace, in an affective and pragmatic manner, lines of flight from the great western narratives. A task that becomes even more urgent among the climate collapse, an event that Stengers monstrously names the Intrusion of Gaia. We explain this concept in the fourth section, as we simultaneously build our last test with the help of authors from critical race theory and afropessimism, given that the theme of racialization is largely absent in Stengers' work. In conclusion, we defend a pharmacology of concepts as an art of care, a necessary art in order to protect ourselves from the power of capitalist sorcery, the proliferation of infernal alternatives and the spiritual tourism present in the academic environment itself.1 recurso online : PDF.application/pdfStengers, Isabelle, 1949-EpistemologiaCiência - FilosofiaConstrutivismo (Filosofia)FilosofiaA eficácia cosmopolítica : um teste de proposiçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - RUBENS AKIRA KUANA.pdfapplication/pdf1767537https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/76267/1/R%20-%20D%20-%20RUBENS%20AKIRA%20KUANA.pdffe7a4dad0e99b8fc1cd0fadcae445d35MD51open access1884/762672022-06-06 10:45:35.925open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/76267Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-06-06T13:45:35Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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