Análise de marcas de predação em cetáceos utilizando foto-identificação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bandeira, Victor Rocha
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2245
Resumo: No Brasil, apesar do aumento no esforço de pesquisa e conservação nas ultimas duas décadas, ainda são incipientes os estudos relacionados aos cetáceos, e tem-se pouca informação referente à seus hábitos oceânicos. Grande parte do conhecimento a respeito deste grupo era obtido de informações vindas de recursos comerciais, de cativeiro, ou de animais acidentalmente capturados ou encontrados já mortos. Os tubarões são importantes predadores, e possuem certa preferência por pinipedes e pequenos cetáceos, mas também grandes cetáceos podem fazer parte da dieta de certas espécies de tubarão. A análise de lesões causadas em cetáceos é facilmente realizada através de imagens, uma vez que a pele desses animais é, em muitos casos escura, por conta do processo de cicatrização que ocorre sem a presença de melanócitos, gerando cicatrizes esbranquiçadas. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo analisar marcas de predação em cetáceos por meio de foto-identificação, visando identificar as espécies envolvidas e registrar a ocorrência desses ataques por meio de um banco de imagens. Foram analisadas um total de 1482 fotografias, registradas entre 2002 e 2010 em diversos pontos do Litoral Norte, Costa de Itacaré e no Banco de Abrolhos. As imagens foram primeiramente separadas em categorias de qualidade (A), (B), (C) e (D) onde em "(A) Excelente - Possui todos os critérios de qualidade", "(B) Bom - Algum dos critérios de qualidade foi comprometido", "(C) Mediano - Dois ou mais critérios de qualidade foram comprometidos", e "(D) Ruim - Um ou mais critérios de qualidade foram comprometidos a ponto de tornar a identificação não possível", em seguida foram selecionadas as imagens referentes às categorias (A) e (B) para análise. Estas foram classificadas em (0) e (1), onde "(0) Ausência de mordida" e, "(1) Presença de mordida", identificando então, ao menor nível taxonômico possível os animais envolvidos. Ao todo, 5 espécies de cetáceos foram identificadas contendo marcas de predação, destas pelo menos 13 indivíduos distintos de Jubarte, (Megaptera novaeangliae), 2 Minke (Balaenoptera acutorostrata), 2 Golfinhos-de-Risso (Grampus griseus), 1 Golfinho-de-Dentes-Rugosos (Steno bredenensis) e 1 Boto-Cinza (Sotalia guianensis). Em 100% das imagens analisadas que continham marcas de predação foi possível notar ao menos uma cicatriz proveniente de predação por tubarão-charuto. Em apenas um caso foi notado marca de predação proveniente de outro predador, sendo prováveis predadores Tubarão Branco ou Tubarão Tigre, devido a dimensão da mordida, além da carcaça de Jubarte avistada sendo predada por tubarão tigre.
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Dessa forma, este trabalho teve por objetivo analisar marcas de predação em cetáceos por meio de foto-identificação, visando identificar as espécies envolvidas e registrar a ocorrência desses ataques por meio de um banco de imagens. Foram analisadas um total de 1482 fotografias, registradas entre 2002 e 2010 em diversos pontos do Litoral Norte, Costa de Itacaré e no Banco de Abrolhos. As imagens foram primeiramente separadas em categorias de qualidade (A), (B), (C) e (D) onde em "(A) Excelente - Possui todos os critérios de qualidade", "(B) Bom - Algum dos critérios de qualidade foi comprometido", "(C) Mediano - Dois ou mais critérios de qualidade foram comprometidos", e "(D) Ruim - Um ou mais critérios de qualidade foram comprometidos a ponto de tornar a identificação não possível", em seguida foram selecionadas as imagens referentes às categorias (A) e (B) para análise. Estas foram classificadas em (0) e (1), onde "(0) Ausência de mordida" e, "(1) Presença de mordida", identificando então, ao menor nível taxonômico possível os animais envolvidos. Ao todo, 5 espécies de cetáceos foram identificadas contendo marcas de predação, destas pelo menos 13 indivíduos distintos de Jubarte, (Megaptera novaeangliae), 2 Minke (Balaenoptera acutorostrata), 2 Golfinhos-de-Risso (Grampus griseus), 1 Golfinho-de-Dentes-Rugosos (Steno bredenensis) e 1 Boto-Cinza (Sotalia guianensis). Em 100% das imagens analisadas que continham marcas de predação foi possível notar ao menos uma cicatriz proveniente de predação por tubarão-charuto. Em apenas um caso foi notado marca de predação proveniente de outro predador, sendo prováveis predadores Tubarão Branco ou Tubarão Tigre, devido a dimensão da mordida, além da carcaça de Jubarte avistada sendo predada por tubarão tigre.In Brazil, despite the increase in research and conservation efforts in the last two decades, it is still incipient studies related to cetaceans, and has few informations referring to their oceanic habits. Much of the knowledge about this group was obtained from information coming from commercial resources, captivity or animals accidentally caught or found dead. Sharks are important predators, and have some preference for pinípedes and small cetaceans, but also large cetaceans may be part of the diet of certain species of shark. The analysis of lesions caused by whales is easily accomplished through images, since the skin of these animals is in many cases dark, due to the healing process that occurs without the presence of melanocytes, resulting whitish scars. Thus, this study aimed to analyze predation marks on cetaceans through photo-identification, to identify the species involved and record the occurrence of such attacks through a stock photography images. Were analyzed a total of 1482 photographs, recorded between 2002 and 2010 along the coast of the Litoral Norte, Costa de Itacaré and Banco de Abrolhos. The images were first separated into quality categories (A), (B), (C) and (D) where in "(A) Excellent – It has all the quality criteria", "(B) Good - Some of the criteria quality has been compromised ", "(C) Average - Two or more quality criteria were committed and "(D) Poor - One or more quality criteria were committed enough to make not identify", then the images has been selected for the categories (A) and (B) for analysis. These were classified into (0) and (1), where "(0) No bite presence" and "(1) Bite presence" identifying then the lower possible taxonomic level of the animals involved. In all, five species of cetaceans were identified containing predation marks, these at least 13 different individuals of Humpback whale (Megaptera novaeangliae), 2 Common Minke whale (Balaenoptera acutorostrata) , 2 Risso's dolphin (Grampus griseus), 1 Rough-toothed dolphin (Steno bredenensis) and 1 Guiana dolphin (Sotalia guianensis). 100% of the analyzed images containing predation marks was possible to see at least one scar from predation by Cookie Cutter shark. In only one case was noted predation mark from another predator, probably caused by White Shark or Tiger Shark, due to the size of the bite. A Jubarte carcass was also sighted being preyed by Tiger shark.porUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRBBrasilCCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA DE ECOSSISTEMASSharkWhaleDolphinBiteInteractionNorth Coast (BA)TubarãoBaleiaGolfinhoMordidaInteraçãoLitoral Norte (BA)Análise de marcas de predação em cetáceos utilizando foto-identificaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBachareladoSantos, Marcos Roberto Rossi dosDuarte, Luiz Alberto de GóesNiella, Yuri VieiraBandeira, Victor Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRBinstname:Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)instacron:UFRBORIGINALAnalise_Marcas_Predacao_TCC_2016.pdfAnalise_Marcas_Predacao_TCC_2016.pdfapplication/pdf1143250http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2245/1/Analise_Marcas_Predacao_TCC_2016.pdf0107a8a51aeae2301d79ce7f121ac85aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81930http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2245/2/license.txt17dd64d7a271c2bbd8e88fd80624d4a1MD52123456789/22452023-05-12 17:23:15.312oai:ri.ufrb.edu.br:123456789/2245TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgRE8gUkVDw5ROQ0FWTyBEQSBCQUhJQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChhdXRvcihhKSBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcykgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSZWPDtG5jYXZvIGRhIEJhaGlhIChSSVVGUkIpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSwgcXVhbmRvIGNhYsOtdmVsLCBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvIGUgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBkbyBSSVVGUkIuCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBlc3RlIGFycXVpdm8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvIGVtIHN1cG9ydGUgZGlnaXRhbCwgY29uZmlybWFkYSBwZWxvIG9yaWVudGFkb3IoYSkgbWVkaWFudGUgYXNzaW5hdHVyYSBhYmFpeG8sIGFwcm92YWRhIGFww7NzIGEgcmVhbGl6YcOnw6NvIGRlIGRlZmVzYSBww7pibGljYSwgZSwgcXVhbmRvIGZvciBvIGNhc28sIGFww7NzIGFzIGNvcnJlw6fDtWVzIHN1Z2VyaWRhcyBwZWxhIGJhbmNhLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgb3JpZ2luYWwsIG7Do28gaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIGUgcXVlIGNvbnRlbmRvIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXRlbmhhIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyByZWZlcmlkb3MgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBVRlJCIG9zIHRlcm1vcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3TDoSBsaWNlbsOnYS4KClZvY8OqIGFmaXJtYSBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgZSBhY2Fkw6ptaWNhIHByZXNlcnZhIG9zIGRpcmVpdG9zIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBlLCBkZXNzYSBmb3JtYSwgbsOjbyBpbXBsaWNhIGVtIHRyYW5zZmVyw6puY2lhIGRvcyBzZXVzIGRpcmVpdG9zIHNvYnJlIG8gdHJhYmFsaG8gcGFyYSBhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCkNBU08gTyBET0NVTUVOVE8gT1JBIERFUE9TSVRBRE8gVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZSQiBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIG91IGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZG8gZG9jdW1lbnRvIGUsIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufrb.edu.br/oai/requestnutin.cidoc@proplan.ufrb.edu.bropendoar:27582023-05-12T20:23:15Repositório Institucional da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)false
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