Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paiz, Janini Cristina
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/149364
Resumo: Introdução: O Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) representa um importante indicador das condições sociais e de saúde da população que permite a orientação para proposição de políticas públicas, instalação de serviços de Atenção Primária a Saúde (APS) e de recursos humanos. Objetivo: Mapear, nos territórios do município de Porto Alegre, a mortalidade infantil e a capacidade instalada de serviços de APS e de recursos humanos desse nível de atenção. Métodos: Foram utilizados dados secundários, disponíveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no Observatório e na página web oficial de Porto Alegre (RS). Foi desenvolvida uma ferramenta utilizando o framework enyalius para transformação dos dados em planilhas eletrônicas, transferência para o banco de dados geográfico e para geração de mapas. Resultados: Apenas 36,5% da população do município de Porto Alegre é assistida por equipes de saúde de família. Os serviços de APS que concentram maior número de pessoas adscritas são a UBS Modelo (115.673 hab.), a UBS Santa Marta (101.917 hab.) e a UBS IAPI (58.252 hab.). As UBSs com menor número de usuários adscritos são a USF Ilha do pavão (700 hab.), a USF Esperança Cordeiro (1520 hab.) e a USF Vila Nova/Ipanema (1569 hab.). A distribuição dos médicos variou de 0,14/4 mil hab. a 5,71/4 mil hab. e de enfermeiros variou de 0,20/4 mil hab. a 5,71/4 mil hab.. Observa-se elevada heterogeneidade na distribuição do CMI, que variou de 0 a 52,63/1000 nascidos vivos em 2014. As UBS Asa Branca (52,63), Mato Sampaio (50), Mario Quintana (43,47), Nossa Senhora das Graças (41,66) e Belém Novo (37,63) apresentaram o maior CMI. Conclusões: O município considerou prioritariamente para implantação de serviços de APS o critério de densidade populacional e em menor escala o critério equidade (representado nesse estudo pelo CMI). Os territórios sem implantação de ESF apresentam maior CMI. A alocação de recursos humanos de nível superior, componentes da ESF, preserva-se em número relativamente adequado em regiões de maior vulnerabilidade.
id UFRGS-2_027933860294cec67486e2c75a39112d
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/149364
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Paiz, Janini CristinaBordin, Ronaldo2016-11-01T02:18:10Z2016http://hdl.handle.net/10183/149364001005779Introdução: O Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) representa um importante indicador das condições sociais e de saúde da população que permite a orientação para proposição de políticas públicas, instalação de serviços de Atenção Primária a Saúde (APS) e de recursos humanos. Objetivo: Mapear, nos territórios do município de Porto Alegre, a mortalidade infantil e a capacidade instalada de serviços de APS e de recursos humanos desse nível de atenção. Métodos: Foram utilizados dados secundários, disponíveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no Observatório e na página web oficial de Porto Alegre (RS). Foi desenvolvida uma ferramenta utilizando o framework enyalius para transformação dos dados em planilhas eletrônicas, transferência para o banco de dados geográfico e para geração de mapas. Resultados: Apenas 36,5% da população do município de Porto Alegre é assistida por equipes de saúde de família. Os serviços de APS que concentram maior número de pessoas adscritas são a UBS Modelo (115.673 hab.), a UBS Santa Marta (101.917 hab.) e a UBS IAPI (58.252 hab.). As UBSs com menor número de usuários adscritos são a USF Ilha do pavão (700 hab.), a USF Esperança Cordeiro (1520 hab.) e a USF Vila Nova/Ipanema (1569 hab.). A distribuição dos médicos variou de 0,14/4 mil hab. a 5,71/4 mil hab. e de enfermeiros variou de 0,20/4 mil hab. a 5,71/4 mil hab.. Observa-se elevada heterogeneidade na distribuição do CMI, que variou de 0 a 52,63/1000 nascidos vivos em 2014. As UBS Asa Branca (52,63), Mato Sampaio (50), Mario Quintana (43,47), Nossa Senhora das Graças (41,66) e Belém Novo (37,63) apresentaram o maior CMI. Conclusões: O município considerou prioritariamente para implantação de serviços de APS o critério de densidade populacional e em menor escala o critério equidade (representado nesse estudo pelo CMI). Os territórios sem implantação de ESF apresentam maior CMI. A alocação de recursos humanos de nível superior, componentes da ESF, preserva-se em número relativamente adequado em regiões de maior vulnerabilidade.Introduction: Infant Mortality Rate (IMR) is an important indicator of social and health conditions of the population. It allows the guidance for public policy proposition, installation of Primary Health Care services (PHC) and human resources. Objective: Establishing a connection among different areas (region) in Porto Alegre to verify infant mortality with the installed capacity of PHC services and human resources this level of attention. Methods: We used secondary data available on the National Register of Health Facilities, Atlas of Human Development in Brazil, the Observatory and the official website of Porto Alegre (RS). A tool using the Enyalius framework for processing the data was developed in spreadsheets, transference to the geographical database and map generation. Results: Family Health Teams (FHT) assists only 36.5% of Porto Alegre population. PHC services that concentrate more people are ascribed to Health Centers (HC) Model (115,673 inhab.), HC Santa Marta (101,917 inhab.) and HC IAPI (58,252 inhab.). The HC with fewer users are ascribed to HC Ilha do Pavão (700 inhab.), the HC Esperança Cordeiro (1520 inhab.) and HC Vila Nova / Ipanema (1569 inhab.). The distribution of physicians ranged from 0.14/4000 inhabitants the 5.71/4000 inhabitants and nurses ranged from 0.20/4000 inhabitants to 5.71/4,000 inhabitants. It was observed high heterogeneity in the IMR distribution, which ranged from zero to 52.63 / 1000 live births in 2014. HC Asa Branca (52.63), Mato Sampaio (50) Mario Quintana (43.47), Nossa Senhora das Graças (41.66) and Belém Novo (37.63) showed the highest IMR. Conclusions: The municipality considered the criterion of population density as priority for the implementation of PHC services, and to a lesser extent, the criterion of equity (represented in this study by the IMR). The territories without FHT deployment have relatively higher IMR. The allocation of physicians and nurses is preserved in relatively appropriate number in most vulnerable regions.application/pdfporMortalidade infantilAtenção primária à saúdeAdministração em saúdePorto Alegre (RS)Primary health careInfant mortalityGeographic mappingUrban healthHealth managementMortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2016especializaçãoCurso de Especialização em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001005779.pdf001005779.pdfTexto completoapplication/pdf3128789http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149364/1/001005779.pdf8fbd9166967591eeca79dd8b8b30e0baMD51TEXT001005779.pdf.txt001005779.pdf.txtExtracted Texttext/plain99011http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149364/2/001005779.pdf.txt440506f255585a073f7254e7f6b5562fMD52THUMBNAIL001005779.pdf.jpg001005779.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1032http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149364/3/001005779.pdf.jpgc25adcb0888781805a70390c93397d7fMD5310183/1493642018-10-29 09:19:47.386oai:www.lume.ufrgs.br:10183/149364Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T12:19:47Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
title Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
spellingShingle Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
Paiz, Janini Cristina
Mortalidade infantil
Atenção primária à saúde
Administração em saúde
Porto Alegre (RS)
Primary health care
Infant mortality
Geographic mapping
Urban health
Health management
title_short Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
title_full Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
title_fullStr Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
title_full_unstemmed Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
title_sort Mortalidade infantil e capacidade instalada de serviços de atenção primária à saúde em Porto Alegre (RS)
author Paiz, Janini Cristina
author_facet Paiz, Janini Cristina
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Paiz, Janini Cristina
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bordin, Ronaldo
contributor_str_mv Bordin, Ronaldo
dc.subject.por.fl_str_mv Mortalidade infantil
Atenção primária à saúde
Administração em saúde
Porto Alegre (RS)
topic Mortalidade infantil
Atenção primária à saúde
Administração em saúde
Porto Alegre (RS)
Primary health care
Infant mortality
Geographic mapping
Urban health
Health management
dc.subject.eng.fl_str_mv Primary health care
Infant mortality
Geographic mapping
Urban health
Health management
description Introdução: O Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) representa um importante indicador das condições sociais e de saúde da população que permite a orientação para proposição de políticas públicas, instalação de serviços de Atenção Primária a Saúde (APS) e de recursos humanos. Objetivo: Mapear, nos territórios do município de Porto Alegre, a mortalidade infantil e a capacidade instalada de serviços de APS e de recursos humanos desse nível de atenção. Métodos: Foram utilizados dados secundários, disponíveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no Observatório e na página web oficial de Porto Alegre (RS). Foi desenvolvida uma ferramenta utilizando o framework enyalius para transformação dos dados em planilhas eletrônicas, transferência para o banco de dados geográfico e para geração de mapas. Resultados: Apenas 36,5% da população do município de Porto Alegre é assistida por equipes de saúde de família. Os serviços de APS que concentram maior número de pessoas adscritas são a UBS Modelo (115.673 hab.), a UBS Santa Marta (101.917 hab.) e a UBS IAPI (58.252 hab.). As UBSs com menor número de usuários adscritos são a USF Ilha do pavão (700 hab.), a USF Esperança Cordeiro (1520 hab.) e a USF Vila Nova/Ipanema (1569 hab.). A distribuição dos médicos variou de 0,14/4 mil hab. a 5,71/4 mil hab. e de enfermeiros variou de 0,20/4 mil hab. a 5,71/4 mil hab.. Observa-se elevada heterogeneidade na distribuição do CMI, que variou de 0 a 52,63/1000 nascidos vivos em 2014. As UBS Asa Branca (52,63), Mato Sampaio (50), Mario Quintana (43,47), Nossa Senhora das Graças (41,66) e Belém Novo (37,63) apresentaram o maior CMI. Conclusões: O município considerou prioritariamente para implantação de serviços de APS o critério de densidade populacional e em menor escala o critério equidade (representado nesse estudo pelo CMI). Os territórios sem implantação de ESF apresentam maior CMI. A alocação de recursos humanos de nível superior, componentes da ESF, preserva-se em número relativamente adequado em regiões de maior vulnerabilidade.
publishDate 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-11-01T02:18:10Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/149364
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001005779
url http://hdl.handle.net/10183/149364
identifier_str_mv 001005779
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149364/1/001005779.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149364/2/001005779.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/149364/3/001005779.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 8fbd9166967591eeca79dd8b8b30e0ba
440506f255585a073f7254e7f6b5562f
c25adcb0888781805a70390c93397d7f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224519331872768