Técnicas de pulverização e imersão com distintos desinfetantes sobre ovos incubáveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cony, Huldo Colares
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Vieira, Sérgio Luiz, Berres, Josemar, Gomes, Hirã Azevedo, Coneglian, Jorge Luis Bernardon, Freitas, Dimitri Moreira de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/21994
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos com o objetivo de avaliar a eficiência de diferentes princípios ativos desinfetantes e dois métodos de desinfecção de ovos. No primeiro experimento, as desinfecções foram realizadas por pulverização, enquanto que no segundo foram feitas por imersão, em granja de reprodutoras pesadas imediatamente após a postura. Os experimentos foram constituídos por um tratamento sem desinfecção e outros seis utilizando soluções desinfetantes: fenol sintético (1040ppm), digluconato de clorexidina (200ppm), amônia quaternária (800ppm), amônia quaternária (400ppm) + uréia (600ppm), amônia quaternária (130ppm) + glutaraldeído (370ppm) e formaldeído (7,7g m-³). Em cada experimento houve tratamentos-controle com fumigação (formaldeído) e sem desinfecção alguma. Após a desinfecção, 40 ovos por tratamento foram avaliados para presença de mesófilos totais, bolores e leveduras, coliformes totais, Pseudomonas sp e Aspergillus sp. Foi conduzido embriodiagnóstico nos ovos não eclodidos para determinação do período da mortalidade embrionária, da contaminação interior dos ovos, tendo sido determinado o nascimento de pintos impróprios para a criação e a eclodibilidade. No experimento em que os ovos foram desinfetados por pulverização, a associação entre amônia e glutaraldeído apresentou maior contaminação para mesófilos totais em relação aos demais tratamentos, à exceção do tratamento com fenol sintético, que apresentou contaminação semelhante a todos. Não foram detectadas diferenças entre os tratamentos para bolores e leveduras, coliformes totais, Pseudomonas sp e Aspergillus sp e, tampouco, entre os resultados de embriodiagnóstico. No experimento em que os ovos foram desinfetados por meio de imersão, foi verificada maior contaminação por mesófilos totais nos ovos não-desinfetados em relação aos desinfetados com os diferentes princípios ativos. Os ovos sem desinfecção também apresentaram maior contaminação por coliformes totais em relação aos tratados com amônia e uréia, sendo os demais tratamentos similares a todos. A análise de contaminação por bolores e leveduras, Pseudomonas sp e Aspergillus sp mostrou resultados similares entre os tratamentos. Os ovos desinfetados com formaldeído tiveram maior mortalidade embrionária, no período de quatro a sete dias, em relação àqueles desinfetados com amônia quaternária, sendo os outros tratamentos similares a todos. De modo geral, os desinfetantes estudados apresentaram capacidade de ação na redução da contaminação microbiana da casca de ovos incubáveis. Todos os desinfetantes também demonstraram ser seguros sob o ponto de vista de sobrevivência dos embriões, sem grandes restrições.
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Após a desinfecção, 40 ovos por tratamento foram avaliados para presença de mesófilos totais, bolores e leveduras, coliformes totais, Pseudomonas sp e Aspergillus sp. Foi conduzido embriodiagnóstico nos ovos não eclodidos para determinação do período da mortalidade embrionária, da contaminação interior dos ovos, tendo sido determinado o nascimento de pintos impróprios para a criação e a eclodibilidade. No experimento em que os ovos foram desinfetados por pulverização, a associação entre amônia e glutaraldeído apresentou maior contaminação para mesófilos totais em relação aos demais tratamentos, à exceção do tratamento com fenol sintético, que apresentou contaminação semelhante a todos. Não foram detectadas diferenças entre os tratamentos para bolores e leveduras, coliformes totais, Pseudomonas sp e Aspergillus sp e, tampouco, entre os resultados de embriodiagnóstico. No experimento em que os ovos foram desinfetados por meio de imersão, foi verificada maior contaminação por mesófilos totais nos ovos não-desinfetados em relação aos desinfetados com os diferentes princípios ativos. Os ovos sem desinfecção também apresentaram maior contaminação por coliformes totais em relação aos tratados com amônia e uréia, sendo os demais tratamentos similares a todos. A análise de contaminação por bolores e leveduras, Pseudomonas sp e Aspergillus sp mostrou resultados similares entre os tratamentos. Os ovos desinfetados com formaldeído tiveram maior mortalidade embrionária, no período de quatro a sete dias, em relação àqueles desinfetados com amônia quaternária, sendo os outros tratamentos similares a todos. De modo geral, os desinfetantes estudados apresentaram capacidade de ação na redução da contaminação microbiana da casca de ovos incubáveis. Todos os desinfetantes também demonstraram ser seguros sob o ponto de vista de sobrevivência dos embriões, sem grandes restrições.Two experiments were conducted with the objective of evaluating different active compounds and methods of egg disinfection. In the first experiment, disinfection was done through spray whereas in the second it was done using immersion. Disinfections were performed at breeder house immediately after laying. In both experiments there were five treatments using the following disinfection solutions for each method: synthetic phenol (1040ppm), chlorexidine digluconate (200ppm), quaternary ammonium (800ppm), quaternary ammonium (400ppm) + urea (600ppm), quaternary ammonium (130ppm) + glutaraldehyde (370ppm). In both experiments there were a control treatment without disinfection and another using disinfection using fumigation with formaldehyde (7.7gm-3). After the disinfection procedures, forty eggs per treatment were evaluated for presence of total mesophiles, mould and yeast, total coliforms, Pseudomonas sp and Aspergillus sp. Embryo diagnosis was driven in no hatched eggs, for determination of embryo mortality period, interior contamination, and it was determined the birth ofinappropriate chicks for rear and hatchability. In the experiment in that eggs were disinfected by pulverization, the association between ammonia and glutaraldehyde presented higher contamination for total mesophiles in relation to other treatments, with exception of synthetic phenol treatment, which presented similar contamination to all. Differences were not detected among treatments for mold and yeast, total coliforms, Pseudomonas sp and Aspergillus sp, and for embryo diagnosis results. In experiment in that eggs were disinfected through immersion, higher contamination was verified to total mesophiles in eggs no disinfected in relation to disinfected with the different active components. Eggs without disinfection also presented larger contamination for total coliforms in relation to ammonia and urea treatment, being similar to all other treatments. The analysis of mold and yeast contamination, Pseudomonas sp and Aspergillus sp showed similar results among treatments. Eggs disinfected with formaldehyde had higher embryo mortality, in the period from 4 to 7 days, in relation to those disinfected with quaternary ammonia, being other treatments similar to all. In general, the studied disinfectants presented action capacity in the reduction of microbial contamination of incubated eggs. All disinfectants also demonstrated to be safe to survival of the embryos, without great restrictions.application/pdfporCiência rural. Santa Maria. Vol. 38, n. 5 (ago. 2008), p. 1407-1412Produção animalOvoDisinfectantsDisinfectionEggsEmbryo mortalityHatchabilityTécnicas de pulverização e imersão com distintos desinfetantes sobre ovos incubáveisImmersion and pulverization techniques with different disinfectants above hatchin eggs info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000662105.pdf000662105.pdfTexto completoapplication/pdf56173http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21994/1/000662105.pdf60d9fee43ca35774ad7179b5591ae321MD51TEXT000662105.pdf.txt000662105.pdf.txtExtracted Texttext/plain28273http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21994/2/000662105.pdf.txtc450e2021aab9602b3f9fa19de0baf35MD52THUMBNAIL000662105.pdf.jpg000662105.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1586http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/21994/3/000662105.pdf.jpge93e8629461f0cdecf49d86af487415eMD5310183/219942018-10-11 08:59:22.293oai:www.lume.ufrgs.br:10183/21994Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-11T11:59:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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