Fatores contribuintes para altas vendas dos três medicamentos de venda sob prescrição em 2016

• Autor(a) principal: Silva, Renata Guazzelli da
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199893
• topic: Farmácia; Medicines; Prescription; Products Commerce; Advertising; Nonprescription Drugs

A INTERFARMA publicou a lista dos medicamentos com a posição dos mais vendidos, em termos monetários, no Brasil em 2016. Esta lista contempla os medicamentos de venda sem e com prescrição. A partir dessa lista, selecionamos três medicamentos de aquisição sujeita à prescrição, que estão entre os mais vendidos quais sejam Xarelto®, Selozok® e Aradois®. O objetivo deste estudo foi identificar as principais motivações para que esses medicamentos estivessem entre os mais vendidos no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, documental, exploratório que avaliou a literatura relacionada aos efeitos dos medicamentos e uma busca de evidências que justificassem as altas vendas dos produtos, em sites dos laboratórios, conversas informais com prescritores e visitas à farmácias. Entre os motivos para o medicamento Xarelto® estar entre o mais vendido sugerimos que apesar das evidências de eficácia e segurança, o custo do tratamento impõe restrições ao seu amplo uso, apresentando uma tendência positiva entre a publicidade ao prescritor e ao público em geral por meio de desconto quando da aquisição nas farmácias. Para o medicamento Aradois® e Selozok® não se confirmou, em nossa pesquisa, uma correlação positiva entre publicidade a altas vendas. Sugere-se que as vendas de Aradois® esteja relacionada à distribuição gratuita por meio de programa do governo federal e ao atendimento de critérios de primeira escolha e essencialidade e prevalência da doença no Brasil. Selozok® pode ter seu perfil de vendas relacionado ao fato de ser indicado para uma doença de alta prevalência por particularidade farmacêuticas em sua formulação. Contudo, não se descarta a possibilidade que outras formas de propaganda diretamente ao prescritor possa ter alavancado as vendas desses produtos.