Cirurgia bariátrica no tratamento da obesidade : impacto sobre o metabolismo ósseo
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/165937 |
Resumo: | A obesidade é um problema de saúde pública de proporções epidêmicas que atinge parte significativa da população mundial. O aumento da morbidade associada à obesidade é particularmente importante por estar relacionado com o aumento no risco de doenças crônicas não transmissíveis. Dietoterapia e estímulo à prática de atividades físicas, associados à terapia comportamental, constituem a abordagem inicial do problema, que pode incluir o uso de medicamentos antiobesidade. Esgotadas as chances de sucesso do tratamento clínico, indica-se o tratamento cirúrgico. Além do benefício de significativa redução de peso, a cirurgia bariátrica se associa com redução na incidência de diabetes, melhora da dislipidemia e redução de mortalidade. Entretanto, paraefeitos da cirurgia bariátrica devem ser considerados, os quais podem ocorrer tanto em curto prazo quanto tardiamente. Alterações no metabolismo do cálcio e da vitamina D e perda de massa óssea no pós-operatório são efeitos adversos importantes que têm sido relatados nos últimos anos. A deficiência da vitamina D leva à diminuição da absorção intestinal de cálcio, redução da calcemia, seguida de elevação do paratormônio, que determina então aumento da mobilização do cálcio ósseo e diminuição da sua eliminação renal, juntamente com aumento na depuração do fosfato. Indivíduos obesos que se submetem a procedimentos que promovem restrição e/ou disabsorção de nutrientes são os que apresentam maior risco de alterações no metabolismo do cálcio, fósforo e deficiência de vitamina D. A perda de massa óssea se inicia já nos primeiros meses de pós-operatório As técnicas cirúrgicas que causam disabsorção constituem-se em risco elevado para desenvolvimento de doenças ósseas. Entretanto, há estudos demonstrando alterações no metabolismo ósseo em técnicas puramente restritivas. Em relação ao risco de fraturas, sabe-se que baixo peso corporal é fator de risco para fraturas, principalmente em idosos. Entretanto, poucos estudos têm demonstrado a ocorrência de fraturas após a cirurgia bariátrica, os quais apresentam resultados controversos. Com base nesta revisão, a cirurgia bariátrica está associada com redução na absorção de cálcio, deficiência de vitamina D, perda de massa óssea e, possivelmente, aumento no risco de fraturas. |
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Sarmento, Roberta AguiarCasagrande, Daniela SchaanSchaan, Beatriz D'Agord2017-08-30T02:34:38Z20141983-2567http://hdl.handle.net/10183/165937001045422A obesidade é um problema de saúde pública de proporções epidêmicas que atinge parte significativa da população mundial. O aumento da morbidade associada à obesidade é particularmente importante por estar relacionado com o aumento no risco de doenças crônicas não transmissíveis. Dietoterapia e estímulo à prática de atividades físicas, associados à terapia comportamental, constituem a abordagem inicial do problema, que pode incluir o uso de medicamentos antiobesidade. Esgotadas as chances de sucesso do tratamento clínico, indica-se o tratamento cirúrgico. Além do benefício de significativa redução de peso, a cirurgia bariátrica se associa com redução na incidência de diabetes, melhora da dislipidemia e redução de mortalidade. Entretanto, paraefeitos da cirurgia bariátrica devem ser considerados, os quais podem ocorrer tanto em curto prazo quanto tardiamente. Alterações no metabolismo do cálcio e da vitamina D e perda de massa óssea no pós-operatório são efeitos adversos importantes que têm sido relatados nos últimos anos. A deficiência da vitamina D leva à diminuição da absorção intestinal de cálcio, redução da calcemia, seguida de elevação do paratormônio, que determina então aumento da mobilização do cálcio ósseo e diminuição da sua eliminação renal, juntamente com aumento na depuração do fosfato. Indivíduos obesos que se submetem a procedimentos que promovem restrição e/ou disabsorção de nutrientes são os que apresentam maior risco de alterações no metabolismo do cálcio, fósforo e deficiência de vitamina D. A perda de massa óssea se inicia já nos primeiros meses de pós-operatório As técnicas cirúrgicas que causam disabsorção constituem-se em risco elevado para desenvolvimento de doenças ósseas. Entretanto, há estudos demonstrando alterações no metabolismo ósseo em técnicas puramente restritivas. Em relação ao risco de fraturas, sabe-se que baixo peso corporal é fator de risco para fraturas, principalmente em idosos. Entretanto, poucos estudos têm demonstrado a ocorrência de fraturas após a cirurgia bariátrica, os quais apresentam resultados controversos. Com base nesta revisão, a cirurgia bariátrica está associada com redução na absorção de cálcio, deficiência de vitamina D, perda de massa óssea e, possivelmente, aumento no risco de fraturas.Obesity is a public health problem of epidemic proportions that affects a significant portion of the world population. The increase of morbidity associated with obesity is particularly important because it is related to increased risk of chronic diseases. Diets and stimulation to physical activity, in association to behavioral therapy, are the initial approach to the problem, which may include the use of pharmacological agents. Exhausted the chances of success of clinical treatment, surgical treatment is indicated. Besides the benefit of significantly weight reduction, bariatric surgery is associated with reduction in the incidence of diabetes, dyslipidemia and mortality. However, adverse effects of bariatric surgery should be considered, which can occur both in the short term, as in the long term. Changes in calcium and vitamin D metabolism and bone loss in post-operative care are significant adverse effects that have been reported in recent years. Deficiency of vitamin D leads to decreased intestinal calcium absorption, reduced calcium levels and parathyroid hormone rise, determining increased bone calcium mobilization and decreased renal elimination, along with increased phosphate clearance. Obese subjects who undergo procedures that promote restriction and/or malabsorption of nutrients are at greatest risk of changes in the metabolism of calcium, phosphorus and vitamin D deficiency Bone loss begins in the first months after surgery. Surgical techniques that cause malabsorption are at the higher risk levels for developing bone diseases. However, there are studies demonstrating changes in bone metabolism in purely restrictive techniques. Regarding fractures risk, it is known that low body weight is a risk factor for fractures, especially in the elderly. However, few studies have demonstrated the occurrence of fractures after bariatric surgery, which is controversial. Based on this review, bariatric surgery is associated with reduced calcium absorption, vitamin D deficiency, bone loss and possibly increased risk of fractures.application/pdfporRevista HUPE. Rio de Janeiro : Equipe portal e-Publicações UERJ. Vol. 13, n. 1 (jan./mar. 2014), p. 87-93Cirurgia bariátricaObesidadeDeficiências nutricionaisDensidade ósseaCálcioVitamina DObesityBariatric surgeryDeficiency diseasesBone densityCalciumCirurgia bariátrica no tratamento da obesidade : impacto sobre o metabolismo ósseoBariatric surgery in the treatment of obesity: impacts on bone metabolisminfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001045422.pdf001045422.pdfTexto completoapplication/pdf245489http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/165937/1/001045422.pdffe3ad4c855704c970ba29b1c21fa2a65MD51TEXT001045422.pdf.txt001045422.pdf.txtExtracted Texttext/plain38015http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/165937/2/001045422.pdf.txt43bf5532fb46a78e6c7c096071db9fe4MD52THUMBNAIL001045422.pdf.jpg001045422.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2100http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/165937/3/001045422.pdf.jpg5858e80278e21eb40b8bafdc1aa6b02fMD5310183/1659372018-10-23 08:43:39.224oai:www.lume.ufrgs.br:10183/165937Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-23T11:43:39Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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