Novos estudos petrográficos e geoquímicos sobre a Suíte Alcalina Passo da Capela, Piratini - RS

• Autor(a) principal: Silva, Maurício Dias
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202389
• topic: Petrologia ignea; Magmatismo alcalino; Fonolito; Phonolites; Melanite Garnet; Alkaline Magmatism; Igneous Petology

O magmatismo alcalino no Brasil apresenta uma enorme variedade de ocorrências apresentando diversas litologias exóticas distribuídas em suítes e distritos alcalinos, principalmente relacionados à Bacia do Paraná. No Rio Grande do Sul a principal ocorrência de magmatismo alcalino são as rochas da Suíte Alcalina Passo da Capela, onde são descritos pelo menos 34 corpos hipabissais intrusivos em rochas do Escudo Sul Rio Grandense. Alguns trabalhos pioneiros caracterizaram a petrografia e a geoquímica dessas litologias e verificaram a presença de rochas subsaturadas em sílica representadas por fonolitos e fonolitos tefríticos e, em alguns casos, fonolitos peralcalinos. As idades relacionadas com esse evento são de 99.3 – 76.0 Ma, indicando um evento posterior ao magmatismo da Formação Serra Geral. Para este trabalho, foram estudados 25 corpos, dos quais 24 são classificados como fonolitos e uma ocorrência inédita de rocha menos diferenciada de composição basanítica/tefrítica, o que amplia o conhecimento dessa suíte. Os resultados deste trabalho contribuem para uma classificação e caracterização em detalhe dessas rochas a partir da petrografia, geoquímica e química mineral, o que permite subdividir as litologias entre fonolitos com textura porfirítica e fonolitos com textura afírica/subafírica. Além disso, o estudo mineralógico permitiu caracterizar as zonações composicionais complexas presentes nos minerais, principalmente, no piroxênio, no feldspato e na granada melanita que ocorrem junto com feldspatóides (noseana e hauína) como fenocristais. O presente trabalho traz uma contribuição importante de novos dados para esta suíte e revela que muitos estudos ainda precisam ser feitos para o entendimento do magmatismo alcalino mesozoico no Rio Grande do Sul.