Avaliação do conhecimento de intensivistas sobre morte encefálica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schein, Alaor Ernst
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Carvalho, Paulo Roberto Antonacci, Rocha, Tais Sica da, Guedes, Renato Rostirola, Moschetti, Laura, La Salvia, João Caron, La Salvia, Pedro Caron
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/62570
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A falha ou atraso no diagnóstico de morte encefálica resulta na ocupação desnecessária de um leito hospitalar, em perdas emocionais e financeiras e na indisponibilidade de órgãos para transplante. O médico intensivista tem fundamental papel nesse diagnóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento sobre morte encefálica entre os intensivistas. MÉTODO: Estudo transversal em 15 unidades de terapia intensiva (UTI) em oito hospitais da cidade de Porto Alegre, Brasil. RESULTADOS: Duzentos e quarenta e seis intensivistas foram entrevistados em uma amostra consecutiva entre abril e dezembro de 2005. Encontrou-se prevalência de desconhecimento do conceito de morte encefálica de 17%. Vinte por cento dos entrevistados desconheciam a necessidade legal de exame complementar para o seu diagnóstico. Quarenta e sete por cento se consideraram no nível máximo de segurança para explicar o conceito para a família de um paciente. Vinte e nove por cento desconheciam a hora do óbito legal para os pacientes em morte encefálica. Os intensivistas pediátricos tiveram menor conhecimento do conceito em relação aos intensivistas de adultos (p < 0,001). CONCLUSÕES: O atual conhecimento sobre morte encefálica é insufi ciente entre os profi ssionais que mais freqüentemente se deparam com pacientes nessa situação. Há necessidade de educação sobre o tema a fi m de evitar gastos desnecessários, diminuir o sofrimento familiar e aumentar a oferta de órgãos para transplantes.
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