Características de suicídios em estudos brasileiros de autópsia e autópsia psicológica : uma revisão sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/236004 |
Resumo: | O suicídio é uma das principais causas de morte, com evidências sugerindo o aumento das taxas de suicídio no Brasil nas últimas décadas. Estudos de autópsia psicológica são considerados o padrão-ouro para a investigação retrospectiva de mortes por suicídio. O objetivo deste estudo foi descrever as características dos suicídios em estudos brasileiros de autópsia psicológica e autópsia. A revisão sistemática foi feita e descrita de acordo com o guideline PRISMA e registrada no PROSPERO. As referências foram identificadas por meio da busca em seis bases de dados: PubMed/MEDLINE, Embase, PsycInfo, Web of Science, Scielo e Lilacs. Estudos revisados por pares publicados em qualquer idioma, relatando dados originais sobre mortes por suicídio de amostras brasileiras e com base em métodos de autópsia ou autópsia psicológica foram incluídos. Os estudos eram excluídos se descrevessem dados de estudos de intervenção, relatassem dados sobre suicídio assistido, ou não fosse possível extrair dados de interesse. As características dos estudos incluídos foram descritas de forma narrativa, com o relato de proporções agregadas sempre que relevante. 6051 referências foram verificadas inicialmente e 54 estudos foram incluídos (15 de autópsia psicológica e 39 de autópsia). Nos estudos de autópsia psicológica (120 casos de suicídio), o enforcamento foi o método de suicídio mais comum, aproximadamente 75% dos casos foram relatados em homens, e a proporção de transtornos/sintomas psiquiátricos variou de 58,3% a 100%. Em estudos de autópsia (12949 casos de suicídio), 74,7% dos casos foram relatados em homens, apenas alguns estudos relataram a presença de condições/sintomas psiquiátricos, e o enforcamento também foi o método de suicídio mais comumente relatado. Deste modo, políticas públicas de saúde mental no Brasil devem focar no controle de métodos de suicídio como enforcamento, e no tratamento de quadros psiquiátricos e abuso de substâncias, o que pode contribuir para a prevenção de futuras mortes por suicídio. |
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