Cinco anos de ações afirmativas na UFRGS : avaliação do desempenho da 1ª turma de ingressos na ESEF
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/87751 |
Resumo: | Nesse trabalho propomo-nos à discussão acerca da necessidade de termos políticas de Ações Afirmativas em nosso país. Pontuamos a trajetória de exclusão da população mais pobre de direitos básicos, como à educação pública de qualidade. Expropriação de direito que tem início na educação básica e continuidade, se olharmos para quantos conseguem ingressar no ensino superior público. E resgatamos também para essa discussão a necessidade desse tipo de política para reverter o processo de marginalização do negro enquanto grupo étnico, em uma sociedade que foi fundada através da exploração da mão de obra escrava e alicerçada em uma ideologia racista. O Programa de Ações Afirmativas foi implementado na UFRGS no ano de 2007 e passa a ter validade já no vestibular de 2008 com a previsão de ter sua primeira avaliação após cinco anos da política. Durante a avaliação dessa política foram constatadas diversas debilidades do Programa, como a dificuldade de garantir ações de permanência que atinjam mais estudantes cotistas, e até mesmo uma crítica ao método de avaliação do desempenho através da TIM (Taxa de Integralização Média do curso). Após cinco anos o Programa ainda está se adaptando, enquanto isso, os cotistas estão entrando. Na Escola de Educação Física da UFRGS no ano de 2008 nos cursos de educação física – bacharel e licenciatura – ingressaram 158 estudantes, desses 108 pelo acesso universal e 48 egressos de escola pública e negros, respeitando os 30% previstos na decisão da política. Desses 158 estudantes que ingressaram 38 evadiram, 64 ainda se encontram matriculados e 54 são egressos, desses apenas dois licenciados. Averiguamos também em nosso trabalho que os estudantes cotistas de escola pública e autodeclarados têm mais dificuldade de seguir a seriação proposta pelo Portal do Aluno e também maior índice de reprovações nas disciplinas. |
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