Incidência de infecções por Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos em pacientes previamente colonizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Paula Lüttjohann
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/158084
Resumo: Introdução: Nos últimos anos, a incidência mundial de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) tem aumentado. A disseminação de ERC é preocupante considerando as limitações terapêuticas e a alta mortalidade de infecções associadas as mesmas. O objetivo deste estudo foi determinar a incidência de infecções por ERC em pacientes previamente colonizados. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, realizado em hospital universitário misto de Porto Alegre. Foram avaliados prontuários de pacientes internados no período de janeiro a dezembro de 2014, que coletaram, em algum momento da sua internação, swab retal para pesquisa de ERC. A mortalidade bruta foi analisada em 30 dias após o isolamento de ERC em swab retal. Resultados: No total foram coletados 2733 swabs retais em 2014, sendo 78 (2,85%) destes positivos para ERC (pacientes colonizados). A média de idade dos pacientes com ERC foi de 62,2 anos (±17,4), sendo que, 45% (35/78) estavam em Unidades de Tratamento Intensivo, e 63% (49/78) já tinham internação prévia no hospital. Um total de 33% (26/78) dos pacientes colonizados também apresentaram ERC em amostra clínica. O tempo médio entre o isolamento de ERC em swab (colonização) e em material clínico (infecção) foi de 14,9 dias (± 13,6). A maior parte das amostras clínicas positivas para ERC foi em urina (46,1%; 12/26). A mortalidade foi de 61% (16/26) nos pacientes colonizados com infecção versus 46% (24/52) nos pacientes colonizados que não desenvolveram infecção. Conclusão: Nossos dados demonstram que 1/3 de pacientes colonizados desenvolveram infecção por ERC sendo que a colonização prévia por ERC pode ser considerada como fator de risco para infecção. Foi possível observar uma mortalidade maior em pacientes infectados em relação a pacientes apenas colonizados por ERC.
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