A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Slovinscki, Luciano
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Alves-Brito, Alan, Massoni, Neusa Teresinha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235086
Resumo: A presente pesquisa, de caráter descritivo-explicativa, apresenta um diagnóstico das Licenciaturas em Física no Brasil, examinando particularmente no tocante à presença de disciplinas de Astronomia nos seus currículos. O diagnóstico foi feito a partir da análise de informações sobre as Instituições de Ensino Superior (IES) e das matrizes curriculares das licenciaturas autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), e com base em dados sobre o quantitativo de licenciados em 2019 disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Classificamos as IES quanto ao tipo de administração e à região onde estão localizadas; os cursos, segundo a modalidade de ensino e quanto à presença de disciplinas relacionadas à Astronomia; e também quanto ao acesso a tais disciplinas pelos professores que concluíram sua formação em 2019. As informações foram comparadas, organizadas e relacionadas de forma a tentar estimar o percentual de profissionais formados em 2019 que tiveram acesso a disciplinas de Astronomia em sua formação inicial. Os resultados mostram que, neste recorte, cada IES formou, em média, menos de dez professores por curso, com os maiores índices de formação sendo observados nas IES privadas da região Sudeste, e os menores nas IES Estaduais da região Norte. A análise mostra que um número reduzido de Licenciaturas em Física no nosso país oferece disciplinas de Astronomia em sua arquitetura curricular. A região Sul possui a maior oferta de disciplinas de Astronomia, mas isso tem pouco impacto no cenário nacional, pois a região responde por apenas 15% dos professores formados no País, ao passo que as demais regiões destacam-se mais pela não oferta de tais cursos. Com relação às IES, o melhor cenário é observado nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF) e o mais preocupante, nas IES privadas. Ao final comentamos sobre a importância de uma revisão nos currículos dos cursos de formação de professores de Física, prevendo a inclusão de disciplinas de Astronomia como forma de torná-los mais atraentes aos futuros professores, e a fim de diminuir a evasão escolar e o déficit de professores no Brasil.
id UFRGS-2_892dec0911372cb7dcdf3111fdf6fb1b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235086
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Slovinscki, LucianoAlves-Brito, AlanMassoni, Neusa Teresinha2022-02-12T04:52:05Z20211806-1117http://hdl.handle.net/10183/235086001131564A presente pesquisa, de caráter descritivo-explicativa, apresenta um diagnóstico das Licenciaturas em Física no Brasil, examinando particularmente no tocante à presença de disciplinas de Astronomia nos seus currículos. O diagnóstico foi feito a partir da análise de informações sobre as Instituições de Ensino Superior (IES) e das matrizes curriculares das licenciaturas autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), e com base em dados sobre o quantitativo de licenciados em 2019 disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Classificamos as IES quanto ao tipo de administração e à região onde estão localizadas; os cursos, segundo a modalidade de ensino e quanto à presença de disciplinas relacionadas à Astronomia; e também quanto ao acesso a tais disciplinas pelos professores que concluíram sua formação em 2019. As informações foram comparadas, organizadas e relacionadas de forma a tentar estimar o percentual de profissionais formados em 2019 que tiveram acesso a disciplinas de Astronomia em sua formação inicial. Os resultados mostram que, neste recorte, cada IES formou, em média, menos de dez professores por curso, com os maiores índices de formação sendo observados nas IES privadas da região Sudeste, e os menores nas IES Estaduais da região Norte. A análise mostra que um número reduzido de Licenciaturas em Física no nosso país oferece disciplinas de Astronomia em sua arquitetura curricular. A região Sul possui a maior oferta de disciplinas de Astronomia, mas isso tem pouco impacto no cenário nacional, pois a região responde por apenas 15% dos professores formados no País, ao passo que as demais regiões destacam-se mais pela não oferta de tais cursos. Com relação às IES, o melhor cenário é observado nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF) e o mais preocupante, nas IES privadas. Ao final comentamos sobre a importância de uma revisão nos currículos dos cursos de formação de professores de Física, prevendo a inclusão de disciplinas de Astronomia como forma de torná-los mais atraentes aos futuros professores, e a fim de diminuir a evasão escolar e o déficit de professores no Brasil.The present research, of a descriptive-explanatory character, presents a diagnosis of the Teaching Physics Programmes in Brazil, examining particularly the presence of Astronomy disciplines in their curricula. The diagnosis was made from the analysis of information about Higher Education Institutions (HEIs) and the curricular matrices of Physics teacher training courses authorized by the Ministry of Education (MEC), as well as based upon data on the number of graduated students in 2019, made available by the National Institute of Educational Studies and Research Anísio Teixeira (INEP). We classify HEIs according to the type of administration and the region where they are located; the courses, according to the teaching modality and regarding the presence of disciplines related to Astronomy; and also regarding access to such subjects by teachers who completed their training in 2019. The information was compared, organized, and related to try to estimate the percentage of professionals trained in 2019 who had access to Astronomy subjects in their initial training. The results show that each HEI trained, on average, less than ten teachers per course, with the highest training rates being observed in private HEIs in the Southeast region, and the lowest in public HEIs in the North region. The analysis shows that a small number of Physics Degree Courses in our country offers disciplines of Astronomy in its curricular architecture. The South region has the largest offer of Astronomy disciplines, but this has little impact on the national scene, as the region accounts for only 15% of teachers trained in the country, while the other regions stand out more for not offering such courses. Regarding HEIs, the best scenario is observed in the Federal Institutes of Education, Science and Technology and the most worrying in private HEIs. We comment on the importance of a revision in the curricula of Physics teacher training courses, foreseeing the inclusion of Astronomy subjects to make them more attractive to future teachers and to reduce school dropout and deficit of teachers in Brazil.application/pdfporRevista brasileira de ensino de física. São Paulo. Vol. 43 (2021), e20210173, 20 p.Ensino de físicaEnsino de astronomiaFormação de professoresPhysics teachingAstronomy teachingTeacher trainingCurriculaA Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnósticaAstronomy in curricula for the initial training of physics teachers : a diagnostic analysisinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131564.pdf.txt001131564.pdf.txtExtracted Texttext/plain93552http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235086/2/001131564.pdf.txta072807cce0ef28c475a57162d12e00cMD52ORIGINAL001131564.pdfTexto completoapplication/pdf4765671http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235086/1/001131564.pdffa568531910a26cdcd4d28449e4a03f7MD5110183/2350862023-05-14 03:24:10.865182oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235086Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-05-14T06:24:10Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Astronomy in curricula for the initial training of physics teachers : a diagnostic analysis
title A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
spellingShingle A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
Slovinscki, Luciano
Ensino de física
Ensino de astronomia
Formação de professores
Physics teaching
Astronomy teaching
Teacher training
Curricula
title_short A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
title_full A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
title_fullStr A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
title_full_unstemmed A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
title_sort A Astronomia em currículos da formação inicial de professores de Física : uma análise diagnóstica
author Slovinscki, Luciano
author_facet Slovinscki, Luciano
Alves-Brito, Alan
Massoni, Neusa Teresinha
author_role author
author2 Alves-Brito, Alan
Massoni, Neusa Teresinha
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Slovinscki, Luciano
Alves-Brito, Alan
Massoni, Neusa Teresinha
dc.subject.por.fl_str_mv Ensino de física
Ensino de astronomia
Formação de professores
topic Ensino de física
Ensino de astronomia
Formação de professores
Physics teaching
Astronomy teaching
Teacher training
Curricula
dc.subject.eng.fl_str_mv Physics teaching
Astronomy teaching
Teacher training
Curricula
description A presente pesquisa, de caráter descritivo-explicativa, apresenta um diagnóstico das Licenciaturas em Física no Brasil, examinando particularmente no tocante à presença de disciplinas de Astronomia nos seus currículos. O diagnóstico foi feito a partir da análise de informações sobre as Instituições de Ensino Superior (IES) e das matrizes curriculares das licenciaturas autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), e com base em dados sobre o quantitativo de licenciados em 2019 disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Classificamos as IES quanto ao tipo de administração e à região onde estão localizadas; os cursos, segundo a modalidade de ensino e quanto à presença de disciplinas relacionadas à Astronomia; e também quanto ao acesso a tais disciplinas pelos professores que concluíram sua formação em 2019. As informações foram comparadas, organizadas e relacionadas de forma a tentar estimar o percentual de profissionais formados em 2019 que tiveram acesso a disciplinas de Astronomia em sua formação inicial. Os resultados mostram que, neste recorte, cada IES formou, em média, menos de dez professores por curso, com os maiores índices de formação sendo observados nas IES privadas da região Sudeste, e os menores nas IES Estaduais da região Norte. A análise mostra que um número reduzido de Licenciaturas em Física no nosso país oferece disciplinas de Astronomia em sua arquitetura curricular. A região Sul possui a maior oferta de disciplinas de Astronomia, mas isso tem pouco impacto no cenário nacional, pois a região responde por apenas 15% dos professores formados no País, ao passo que as demais regiões destacam-se mais pela não oferta de tais cursos. Com relação às IES, o melhor cenário é observado nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF) e o mais preocupante, nas IES privadas. Ao final comentamos sobre a importância de uma revisão nos currículos dos cursos de formação de professores de Física, prevendo a inclusão de disciplinas de Astronomia como forma de torná-los mais atraentes aos futuros professores, e a fim de diminuir a evasão escolar e o déficit de professores no Brasil.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-02-12T04:52:05Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/235086
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1806-1117
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001131564
identifier_str_mv 1806-1117
001131564
url http://hdl.handle.net/10183/235086
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de ensino de física. São Paulo. Vol. 43 (2021), e20210173, 20 p.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235086/2/001131564.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235086/1/001131564.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv a072807cce0ef28c475a57162d12e00c
fa568531910a26cdcd4d28449e4a03f7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225050215415808