O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1996 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/232048 |
Resumo: | Os campos dos Estudos Gays e dos Estudos Lésbicos podem propiciar aos/às teóricos/as pós-estruturalistas, feministas e póscolonialistas alguns raros vislumbres sobre o que significa reconhecer a simultaneidade da identidade e sobre como agir no interior dos perigos e dos prazeres da política identitária. Os/as educadores/as teriam muito a ganhar com uma familiaridade com esses campos, não porque isso possibilitaria o acesso a algum distante outro, mas, mais imediatamente, porque a leitura das pesquisas, das representações e das expressões gays e lésbicas poderia obrigálos/as a um renovado olhar para a sua própria e construída sexualidade e a um olhar diferente para aquilo que estrutura a forma como a sexualidade do outro é imaginada. Se a educação e as pedagogias que ela oferece puderem ''navegar as fronteiras culturais" do sexo e se puderem fazê-lo de forma a problematizar e a pluralizar, parte de nosso trabalho, então, deve consistir em repensar a representação e os discursos da identidade, do conhecimento e do poder cultural que circulam nas escolas e no interior do aparato de saber/poder. Isso significa construir pedagogias que envolvam todas as pessoas e que possibilitem que haja menos discursos nonnalizadores dos corpos, dos gêneros, das relações sociais, da afetividade e do amor. |
id |
UFRGS-2_94fb6dde05ddc6a6ed352f4668695916 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232048 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Britzman, Deborah P.Silva, Tomaz Tadeu da2021-11-19T04:55:13Z19960100-3143http://hdl.handle.net/10183/232048000175902Os campos dos Estudos Gays e dos Estudos Lésbicos podem propiciar aos/às teóricos/as pós-estruturalistas, feministas e póscolonialistas alguns raros vislumbres sobre o que significa reconhecer a simultaneidade da identidade e sobre como agir no interior dos perigos e dos prazeres da política identitária. Os/as educadores/as teriam muito a ganhar com uma familiaridade com esses campos, não porque isso possibilitaria o acesso a algum distante outro, mas, mais imediatamente, porque a leitura das pesquisas, das representações e das expressões gays e lésbicas poderia obrigálos/as a um renovado olhar para a sua própria e construída sexualidade e a um olhar diferente para aquilo que estrutura a forma como a sexualidade do outro é imaginada. Se a educação e as pedagogias que ela oferece puderem ''navegar as fronteiras culturais" do sexo e se puderem fazê-lo de forma a problematizar e a pluralizar, parte de nosso trabalho, então, deve consistir em repensar a representação e os discursos da identidade, do conhecimento e do poder cultural que circulam nas escolas e no interior do aparato de saber/poder. Isso significa construir pedagogias que envolvam todas as pessoas e que possibilitem que haja menos discursos nonnalizadores dos corpos, dos gêneros, das relações sociais, da afetividade e do amor.The fields of gay and lesbian studies offers post-structuralists, feminists and postcolonial theorists some rare glimpses into what it might mean to account for the simultaneity of identity and to act within the perils and pleasures of identity politics. Educators would signifieantly benelit from acquainting themselves with the fields of gay and lesbian studies, not because it would access some distant other, but more immediately, because lhis might compel a second look at one's own constructed sexuality and a different look at what it is lhat structures how the sexuality of anolher is imagined. If education and the pedagogies it offers can "navigate the cultural borders" of sex, and do so in ways that problematize and pluralize, then part of our work must be to rethink the representation and discourses of identity, knowledge, and cultural power lhat circulate in schools and within the knowledge apparatus. This means constructing pedagogies that implicate everyone and that can allow for the less normalizing discourses of bodies, of genders, of social relations, of affectivity, and of love.application/pdfporEducação & realidade. Porto Alegre. Vol. 21, n. 1 (jan./jun. 1996), p. 71-96Educação sexualHomossexualidadeCurrículoIdentidadeSexualidadeAmorCurriculum and identityEducation and homosexual identityPedagogyEducation and cultureO que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículoWhat is this thing called love : homosexual identity, education and curriculuminfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000175902.pdf.txt000175902.pdf.txtExtracted Texttext/plain78490http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232048/2/000175902.pdf.txt41f88f1816a79ce67648dc096d63c72aMD52ORIGINAL000175902.pdfTexto completoapplication/pdf387360http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232048/1/000175902.pdf40f267779f37c6308e54d73dc1ab1e50MD5110183/2320482023-04-27 03:29:49.276264oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232048Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-27T06:29:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
What is this thing called love : homosexual identity, education and curriculum |
title |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
spellingShingle |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo Britzman, Deborah P. Educação sexual Homossexualidade Currículo Identidade Sexualidade Amor Curriculum and identity Education and homosexual identity Pedagogy Education and culture |
title_short |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
title_full |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
title_fullStr |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
title_full_unstemmed |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
title_sort |
O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo |
author |
Britzman, Deborah P. |
author_facet |
Britzman, Deborah P. Silva, Tomaz Tadeu da |
author_role |
author |
author2 |
Silva, Tomaz Tadeu da |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Britzman, Deborah P. Silva, Tomaz Tadeu da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Educação sexual Homossexualidade Currículo Identidade Sexualidade Amor |
topic |
Educação sexual Homossexualidade Currículo Identidade Sexualidade Amor Curriculum and identity Education and homosexual identity Pedagogy Education and culture |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Curriculum and identity Education and homosexual identity Pedagogy Education and culture |
description |
Os campos dos Estudos Gays e dos Estudos Lésbicos podem propiciar aos/às teóricos/as pós-estruturalistas, feministas e póscolonialistas alguns raros vislumbres sobre o que significa reconhecer a simultaneidade da identidade e sobre como agir no interior dos perigos e dos prazeres da política identitária. Os/as educadores/as teriam muito a ganhar com uma familiaridade com esses campos, não porque isso possibilitaria o acesso a algum distante outro, mas, mais imediatamente, porque a leitura das pesquisas, das representações e das expressões gays e lésbicas poderia obrigálos/as a um renovado olhar para a sua própria e construída sexualidade e a um olhar diferente para aquilo que estrutura a forma como a sexualidade do outro é imaginada. Se a educação e as pedagogias que ela oferece puderem ''navegar as fronteiras culturais" do sexo e se puderem fazê-lo de forma a problematizar e a pluralizar, parte de nosso trabalho, então, deve consistir em repensar a representação e os discursos da identidade, do conhecimento e do poder cultural que circulam nas escolas e no interior do aparato de saber/poder. Isso significa construir pedagogias que envolvam todas as pessoas e que possibilitem que haja menos discursos nonnalizadores dos corpos, dos gêneros, das relações sociais, da afetividade e do amor. |
publishDate |
1996 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1996 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-11-19T04:55:13Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/232048 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0100-3143 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000175902 |
identifier_str_mv |
0100-3143 000175902 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/232048 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Educação & realidade. Porto Alegre. Vol. 21, n. 1 (jan./jun. 1996), p. 71-96 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232048/2/000175902.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232048/1/000175902.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
41f88f1816a79ce67648dc096d63c72a 40f267779f37c6308e54d73dc1ab1e50 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801225043275939840 |