O que é esta coisa chamada amor : identidade homossexual, educação e currículo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Britzman, Deborah P.
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Silva, Tomaz Tadeu da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/232048
Resumo: Os campos dos Estudos Gays e dos Estudos Lésbicos podem propiciar aos/às teóricos/as pós-estruturalistas, feministas e póscolonialistas alguns raros vislumbres sobre o que significa reconhecer a simultaneidade da identidade e sobre como agir no interior dos perigos e dos prazeres da política identitária. Os/as educadores/as teriam muito a ganhar com uma familiaridade com esses campos, não porque isso possibilitaria o acesso a algum distante outro, mas, mais imediatamente, porque a leitura das pesquisas, das representações e das expressões gays e lésbicas poderia obrigálos/as a um renovado olhar para a sua própria e construída sexualidade e a um olhar diferente para aquilo que estrutura a forma como a sexualidade do outro é imaginada. Se a educação e as pedagogias que ela oferece puderem ''navegar as fronteiras culturais" do sexo e se puderem fazê-lo de forma a problematizar e a pluralizar, parte de nosso trabalho, então, deve consistir em repensar a representação e os discursos da identidade, do conhecimento e do poder cultural que circulam nas escolas e no interior do aparato de saber/poder. Isso significa construir pedagogias que envolvam todas as pessoas e que possibilitem que haja menos discursos nonnalizadores dos corpos, dos gêneros, das relações sociais, da afetividade e do amor.
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