Índice de qualidade da dieta mediterrânea em pacientes pós transplante renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Rebecca de Mello
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/223212
Resumo: A principal causa de morte dos pacientes pós transplante renal está diretamente ligada as doenças cardiovasculares (DCV), e a dieta mediterrânea é descrita como umas das principais estratégias dietéticas para manejo e prevenção dessas doenças. Objetivo: Analisar se pacientes transplantados renais adotam os princípios da dieta mediterrânea no período pós-transplante. Métodos: Estudo retrospectivo, onde foram incluídos pacientes transplantados renais, receptores de rim de doadores falecidos e idade maior de 18 anos. Foram coletados dados sócio demográficos, clínicos, laboratoriais, antropométricos e de composição corporal no pós-transplante imediato. A ingestão alimentar foi avaliada por no mínimo três recordatórios alimentares de 24 horas. O Índice da Dieta Mediterrânea, do inglês, Mediterranean Diet Score (MDS) foi utilizado para avaliar a adesão a este padrão alimentar. Para análise da associação entre o MDS e os desfechos secundários foi utilizado General Estimated Equations (GEE). Resultados: Foram incluídos no estudo 112 participantes, com média de idade de 49,08 ± 13,34 anos, onde 63% eram do sexo masculino e 76,8% eram de etnia branca. Quando classificados sobre a adesão da Dieta Mediterrânea, 97 foram classificados com baixa adesão, correspondendo a 86,6% e 15 foram classificados com moderada adesão, correspondendo a 13,4%. Nenhum participante foi classificado na faixa mais alta de adesão à dieta mediterrânea. Os parâmetros analisados não apresentaram diferença entre os grupos de baixo e médio escore da dieta mediterrânea quando analisados. Entretanto, peso, índice de massa corporal (IMC), % gordura corporal, colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos apresentaram diferenças ao longo do tempo, independente do grau de adesão ao padrão de dieta mediterrânea. No consumo alimentar separado pelas nove categorias de alimentos na classificação do MDS, três demonstraram diferença significativa, p=<0,05, são elas: Vegetais, frutas e nozes e legumes. Conclusão: No pós-transplante renal os princípios da dieta do mediterrâneo são pouco adotados. Devemos refletir sobre métodos que possam informar, e cuidadosamente, motivar estes pacientes a adotar o padrão da dieta do mediterrâneo na prevenção secundária.
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O Índice da Dieta Mediterrânea, do inglês, Mediterranean Diet Score (MDS) foi utilizado para avaliar a adesão a este padrão alimentar. Para análise da associação entre o MDS e os desfechos secundários foi utilizado General Estimated Equations (GEE). Resultados: Foram incluídos no estudo 112 participantes, com média de idade de 49,08 ± 13,34 anos, onde 63% eram do sexo masculino e 76,8% eram de etnia branca. Quando classificados sobre a adesão da Dieta Mediterrânea, 97 foram classificados com baixa adesão, correspondendo a 86,6% e 15 foram classificados com moderada adesão, correspondendo a 13,4%. Nenhum participante foi classificado na faixa mais alta de adesão à dieta mediterrânea. Os parâmetros analisados não apresentaram diferença entre os grupos de baixo e médio escore da dieta mediterrânea quando analisados. Entretanto, peso, índice de massa corporal (IMC), % gordura corporal, colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos apresentaram diferenças ao longo do tempo, independente do grau de adesão ao padrão de dieta mediterrânea. No consumo alimentar separado pelas nove categorias de alimentos na classificação do MDS, três demonstraram diferença significativa, p=<0,05, são elas: Vegetais, frutas e nozes e legumes. Conclusão: No pós-transplante renal os princípios da dieta do mediterrâneo são pouco adotados. Devemos refletir sobre métodos que possam informar, e cuidadosamente, motivar estes pacientes a adotar o padrão da dieta do mediterrâneo na prevenção secundária.The main cause of death in kidney transplant patients is related to cardiovascular diseases (CVD). The Mediterranean diet is a well established diet pattern that shows benefits over management and prevention of CVD. Aim: To analyze kidney transplant patients adherence to the Mediterranean diet in the post-transplant period. Methods: Retrospective study, included 112 adult (>18y) kidney transplant patients from deceased donors. Socio-demographic, clinical, laboratory, anthropometric and body composition data were collected in the immediate post-transplant period. Food intake was assessed by at least three 24-hour food records. The adherence to the diet was assessed by the Mediterranean Diet Score (MDS). General Estimated Equations (GEE) were used to analyze the association between MDS and secondary outcomes. Results: Of the 112 participants, the average age was 49.08 ± 13.34 years, 63% were male and 76.8% were white. Ninety-seven (86.6%) patients had low adherence to the Mediterranean diet according to MDS. Fifteen (13.4%) were classified as having moderate adherence and no participant had great adherence to diet. There were no statistical differences on the assessed outcomes between the low and moderate MDS groups. However, weight, body mass index (BMI),% body fat, total cholesterol, HDL cholesterol and triglycerides showed differences over time, regardless of the degree of adherence to the diet. MDS divides food intake into 9 different categories. The group with better adherence, showed higher consumption in three of these categories: vegetables, fruits and nuts (p = <0.001) as compared to the low consumption group. Conclusion: Subjects who underwent kidney transplant showed poor adherence to the mediterranean diet. Better educational and informative strategies are needed in order to improve patients adherence to the diet for secondary prevention.application/pdfporDieta mediterrâneaRegistros de dietaTransplante de rimPeríodo pré-operatórioMediterranean dietKidney transplantationDiet recordsÍndice de qualidade da dieta mediterrânea em pacientes pós transplante renalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2021Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001126764.pdf.txt001126764.pdf.txtExtracted Texttext/plain56723http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/223212/2/001126764.pdf.txt641836bd058cc13a86027c52da27dfe4MD52ORIGINAL001126764.pdfTexto completoapplication/pdf193379http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/223212/1/001126764.pdf4a294bb61ece04a0a1641262daa75f2fMD5110183/2232122023-07-01 03:39:41.112645oai:www.lume.ufrgs.br:10183/223212Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-07-01T06:39:41Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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